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ANA LUISA FILHA LEIA ESSA MATERIA . Os efeitos dos sinais de radiofreqüências dos celulares no cérebro *Cinthia Vila Nova Santana Nesta última semana de maio a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, pela primeira vez, que existe a possibilidade de risco de câncer cerebral associado ao uso do telefone celular. De fato, existem inúmeras especulações sobre o assunto, porém os estudos apresentam resultados inconclusivos, que variam desde a demonstração de um aumento ou diminuição nas chances de mudança no fluxo sanguíneo cerebral ou até mesmo de nenhuma mudança constatada. Tais discrepâncias podem ser advindas do pequeno número da amostra estudada (entre 9 e 14 participantes), na qual existe uma grande variação das imagens fornecidas pela técnica de tomografia por emissão de pósitrons (PET). No intuito de esclarecer as conseqüências cerebrais causadas pelo uso dos celulares, um grupo de pesquisadores americanos recentemente publicou um estudo com a avaliação de 47 indivíduos saudáveis submetidos à avaliação do fluxo sanguíneo cerebral através do exame de PET com marcação pelo radioisótopo fluorodeoxiglicose (18FDG). Os voluntários foram recrutados por um período de 1 ano (entre janeiro e dezembro de 2009) e avaliados para a exclusão de quaisquer desordens psiquiátricas e neurológicas. A escolha da avaliação do fluxo sanguíneo do cérebro por 18FDG deve-se a este método ser o marcador mais próximo da atividade cerebral, possibilitando a análise tanto dos componentes vasculares quanto dos neuronais. Além disso, a atividade cerebral pode ser acompanhada em um período de até 30 minutos, suficiente para a verificação dos efeitos cumulativos provocados pela exposição da radiofreqüência dos celulares. O trabalho consistiu na realização de dois exames por paciente em dias diferentes (com 5 dias de intervalo entre os exames). Para ambos os escaneamentos do PET foram colocados dois celulares próximos ao indivíduo, um na orelha esquerda e outro na direita. Em um dos dias os celulares estavam desligados e no outro apenas o celular da orelha direita era ligado, porém sem som para evitar falsos resultados provenientes da estimulação auditiva. Durante os 50 minutos de exame, o paciente permanecia acordado e com os olhos abertos. Figura 1: Imagens de um único participante representativo da população em estudo. O metabolismo da glicose foi maior quando o celular estava ligado (modo “on”) quando comparado ao modo desligado (“off”). A análise das imagens fornecidas pelo PET demonstrou um aumento em torno de 7% no fluxo sanguíneo cerebral, principalmente nas regiões inferiores e anteriores do cérebro, localizadas próximas à antena dos celulares (Figura 1), sugerindo que a absorção das ondas de radiofreqüência pode aumentar a excitabilidade do tecido cerebral. No entanto, o mecanismo pelo qual a radiofreqüência afeta a atividade cerebral permanece incerto. Baseado em dados da literatura com experimentos in vitro e in vivo, os autores deste estudo sugerem que os efeitos do uso dos celulares no cérebro podem ocorrer devido à mudanças na permeabilidade da membrana, no efluxo de cálcio, na excitabilidade celular e/ou na liberação de neurotransmissores ou ainda na interrupção da barreira hematoencefálica. Uma ação térmica dos celulares também pode ser proposta, contudo parece um tanto improvável sua contribuição neste caso. Quanto ao surgimento de cânceres (principalmente glioma e menangioma) graças ao uso do aparelho celular, a literatura ainda é inconclusiva, alguns autores sugerem uma associação positiva enquanto outros afirmam não ter relação. Vale ressaltar que nesta pesquisa não foram analisados dados sobre os possíveis efeitos cancerígenos. A OMS reforçou que não tem provas de que as ondas de radiofreqüência dos celulares causem câncer e concluiu que este campo ainda precisa avançar nas pesquisas. Portanto, se você é o tipo de pessoa que usa o celular muito tempo por dia, fique alerta, apesar dos estudos ainda estarem caminhando na questão dos efeitos cancerígenos já se sabe que pelo menos o fluxo sanguíneo cerebral pode ser alterado. Na tirinha abaixo seguem algumas dicas de como utilizar o aparelho celular com um menor risco para a saúde:
Posted on: Mon, 19 Aug 2013 00:16:50 +0000

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