ANTIMATÉRIA Em seu texto “Antimatéria”, o professor Romeu - TopicsExpress



          

ANTIMATÉRIA Em seu texto “Antimatéria”, o professor Romeu C. Rocha-Filho explica algumas correlações entre matéria e energia bem como nos mostra que há fatos experimentais evidenciando essas correlações. Sintetizando o hidrogênio A existência de antimatéria é explicada pela equivalência matéria-energia enunciada por Einstein (E = mc2) e pelos princípios de conservação de energia e de carga. Assim é possível que um fóton (sem carga elétrica) de alta energia colida com um átomo na atmosfera e, ao atingir o núcleo atômico, se transforme num elétron (carga negativa) e num pósitron (carga positiva), gerando restos nucleares (pedaços de núcleo). Esse tipo de evento é conhecido como “criação de pares”, devendo ter-se claro que tanto o elétron como o pósitron foram criados a partir de energia e que não são partes dos restos nucleares. O pósitron é o par antimatéria do elétron. A antimatéria foi detectada pela primeira vez em 1932, com a descoberta do pósitron por Carl D. Anderson, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, EUA. O pósitron é em tudo igual ao elétron, exceto que sua carga é positiva. A sua existência foi prevista pelo físico teórico inglês Paul A. M. Dirac em 1928, ao desenvolver a teoria quântica relativística; sua teoria e previsão do antielétron não era, então, aceita por outros físicos (em 1928, Heinsenberg escreveu a Pauli: “O capítulo mais triste da física moderna é e continua sendo a teoria de Dirac”). Após 1932, descobriu-se que a toda partícula de matéria corresponde uma de antimatéria; a junção das duas leva ao aniquilamento mútuo, acompanhado da emissão de fótons (a ener¬gia das partículas e suas massas são convertidas em fótons). Entre setembro e outubro de 1995, uma equipe de físicos europeus deu um passo além: criou átomos de anti-hidrogênio, combinando antiprótons com pósitrons. A antimatéria já desempenha papel chave em diversas tecnologias. Na Medicina, a tomografia compu¬tadorizada por emissão de pósitrons é usada para análises do funcionamento do coração e do cérebro, por exemplo. Um composto contendo um átomo radiativo que emite pósitrons é injetado no paciente. Quando os pósitrons se encontram com elétrons próximos, essas partículas se aniquilam e surgem raios gama que são detectados pelo tomógrafo, permitindo a obtenção de uma imagem dos órgãos sob análise. Apesar dessas tecnologias, espaçonaves movidas pela energia liberada pelo aniquilamento mútuo de matéria e antimatéria ainda são assunto de ficção científica. Mas até quando? O problema-chave é como dispor de quantidades apreciáveis de antimatéria, sem grande consumo de energia para criá-la. (Romeu C. Rocha-Filho, 1997, pg.12)
Posted on: Sun, 03 Nov 2013 19:44:56 +0000

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