AS MENINAS DA APUB Peço perdão aos companheiros da - TopicsExpress



          

AS MENINAS DA APUB Peço perdão aos companheiros da Associação do Professores Universitários da Bahia – APUB -, cujo nome ainda é este mesmo, pois nasceu da pretensão de unificar todos os docentes das várias instituições de ensino superior do Estado da Bahia. Assim, chegou a ter na sua diretoria representação da Universidade Católica do Salvador – UCSAL – e da antiga Escola Técnica Federal da Bahia, depois CEFET, hoje IFBA, além de membros da Universidade Federal do Recôncavo – a UFRB. Tudo isto apesar destas instituições terem optado pela constituição de suas entidades representativas “por local de trabalho” Mas este é um problema que escapa aos limites destas memórias quintalenses. Como estava dizendo, e volto a insistir, me perdoem os companheiros da APUB freqüentadores assíduos do nosso reduto sindical, dentre os quais destacam-se Luís Umberto, ex-deputado estadual, eleito no “Comitê Conjunto”, Joviniano Neto, ex-presidente da Associação dos Sociólogos do Estado da Bahia, Altino Bonfim, além de Antônio Câmara e José Sérgio Gabrielli, todos eles figuras políticas bastante significativas e lideranças da UFBA e das várias áreas dos movimentos sociais da Bahia. Porém, quem nos alegrava mesmo as noites e povoavam nos desejos e sonhos, e por isso são o tema destas mal-traçadas linhas, eram as “meninas da APUB”. Elas sempre chegavam em revoadas, saídas que eram, quase sempre das assembléias gerais, da APUB, da CUT ou mesmo da reuniões do “Muito Prazer, eu sou PT”, agrupamento dos petistas independentes que se reuniam em torno de Gabrielli, candidato a deputado federal pelo PT, em 1982, e que iria se constituir em um núcleo basilar da fundação baiana da “Articulação dos 113”, corrente hegemônica reunida em torno de Lula e dos sindicalistas de São Bernardo, tido como o berço no “novo sindicalismo”, matriz da CUT e do Partido dos Trabalhadores. Vale lembrar que esta “Articulação” nasceu matizada, além dos “igrejeiros”, oriundos das “comunidades eclesiais de base”, também pela presença de algumas organizações clandestinas, ou de alguns de seus sobreviventes da resistência á ditadura, que se incorporariam, e até se dissolveriam, primeiro dentro das várias tendências que passaram a compor o novo partido, e, por fim. dentro deste grande universo que formou o chamado “campo majoritário”, sempre em torno do carisma de Lula. Deste modo, vinha um expressivo grupo de feministas, emancipadas e na maioria “livres, leves e soltas” que formavam, via de regra, uma grande mesa central, com raras, invejadas e malvistas figuras masculinas, para nosso desencanto. Assim em torno de Sofia, que desassombradamente festejou seus 40, e depois 50 anos, com direito a festa e cordel comemorativo, o primeiro no “Bar do Pinho” e o segundo no próprio Quintal do Raso da Catarina. Enquanto “as Elisas”, uma “Rosa” e a outra “Maior”, iluminavam nossos olhares e sonhos com suas raras e deslumbrantes alegrias e belezas. Por outro lado, estas “meninas da APUB” passaram a realizar grandes e animados bailes que passaram a competir e até desbancar as promovidas pelo antigo “partidão” que migrara para o “Comitê Conjunto”, da qual a comemoração conhecida como “festas das geminianas”, marcou esta época em Salvador. Assim, passamos a ter nesta “disputa pela hegemonia festeira” um tema agregador de nossas demonstrações de capacidade de produzir eventos. Deste modo, passamos a dispor de nossas programações sócio-etílicas e políticas que saiam do Rio Vermelho e, passando pelo Quintal, se fixavam na “Casa de Itália” que se tornou um ponto de referência para nossos encontros políticos e comemorativos. Além de local em que os vários agrupamentos anunciavam suas potencialidades de realização de mobilizações sócio-culturais. Pena que logo depois tenham criado o “Núcleo de Mulheres do PT” que passou a causar calafrios de terror nos “galos do Quintal”. Porém este já é tema para um outro dia. Obs: Lembro que só citei pessoas falecidas, pois, por um lado, espero que elas não reclamem, e, por outro lado, se falassem das “vivas” teria muito problemas com as nominadas e creio que, mais ainda, com as “esquecidas”. Deste modo, garanto que todas aquelas que se “apressarem” no passamento, serão devidamente “reparadas”, desde que “requeiram em termos”. Beijos e saudades. Sérgio. At.te, Sérgio Guerra Licenciado, Mestre e Doutor em História Professor Adjunto da UNEB. Conselheiro Estadual de Educação - BA. Colunista Político Semanal do Portal Mais Bahia.
Posted on: Tue, 20 Aug 2013 18:30:12 +0000

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