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AS SETE PRAGAS DO BRASIL midiaindependente.org/pt/red/2005/06/321766.shtml 01/07/13 CMI Brasil Por SOARES 30/06/2005 às 18:51 1- O ESTADO GIGANTE. O Estado brasileiro se agigantou de tal modo a se tornar no grande empecilho ao desenvolvimento.Isto , nas três esferas de poder ( executivo, legislativo e judiciário ), e nos três níveis da administração( federal, estadual, municipal ). A máquina estatal, com o seu cipoal de regulamentos, e sua pesadíssima carga de impostos – cerca de 40% do PIB - tira todo o estímulo ao livre empreendimento econômico e, portanto, contribui para a estagnação econômica e para o desemprego.Os empresários e os trabalhadores são tratados como se servos medievais fossem, tal o número de impostos, taxas e contribuições que são compelidos a depositar nos cofres estatais.Ao invés de ser um agente da promoção do desenvolvimento e do incentivo à livre-iniciativa, o estado brasileiro, ao impor estas barreiras acaba por desestimular a instalação legal de empresas, levando muitos à informalidade, o que faz com que a pesada carga tributária caia sobre um número menor de empreendedores, aqueles que permanecem na legalidade. E isto gera um ciclo vicioso pois os custos dos empreendimentos são repassados ao consumidor, com o encarecimento do produto final.Mas, o pior é o destino que é dado ao que o governo retira do povo:uma grande parte, é claro, vai para o custeio desta onerosa máquina estatal, onde a manutenção dos salários e mordomias de políticos, magistrados e funcionários dos altos escalões, outra parte, vai para as mãos do sistema financeiro, como forma de juros do pagamento de dívidas contraídas no passado.Tudo isto sem falar que o gigantismo do Estado é campo fértil para a proliferação da corrupção. A irracional complexidade do Estado é o que permite as relações promíscuas entre governo, Congresso, partidos políticos, empresas públicas e estatais e empresas privadas com interesses no setor público, nas quais o dinheiro público é disputado como os abutres disputam a carniça. 2- O DESCASO COM A EDUCAÇÃO. Nossos governantes sempre trataram a educação das crianças e dos jovens com desprezo. A educação pública sempre foi tema da demagogia eleitoral, mas passadas as eleições nada é feito para eleva-la à um nível de excelência.Os ricos se socorrem das escolas particulares , que ainda oferecem uma qualidade de ensino menos ruim do que as públicas. Os pobres ficam condenados a engolir um ensino de péssima qualidade, ministrado por professores desqualificados e desmotivados pelos baixos salários. O resultado é evidente:anualmente milhões de jovens concluem o ensino fundamental ou médio completamente despreparados tanto para o mercado de trabalho quanto para o exercício da cidadania. O principal meio para a sua ascensão social lhes é negado pela omissão do Estado, através dos sucessivos governos. 3- O ESTADO AUSENTE. Paradoxalmente, o estado brasileiro se faz ausente onde mais deveria se fazer presente. No campo social – educação, saúde, segurança e justiça – chega a ser criminosa a omissão dos agentes do estado no cumprimento de funções que lhes são inerentes. Ao invés de aplicar políticas efetivas no campo social, os sucessivos governos têm se esmerado em promover políticas meramente assistencialistas que só fazem perpetuar o problema. Exemplos desta omissão estão nas filas dos hospitais públicos, no crime organizado que toma conta das favelas e bairros periféricos, das escolas depredadas, dos bairros sem saneamento, e por aí vai. O paradoxo está em que o estado se torna presente e eficiente quando se trata de tomar o dinheiro do contribuinte ,e completamente ausente quando se trata de prestar serviços à população. 4- A ( PÉSSIMA ) QUALIDADE DOS POLÍTICOS. O nosso país tem sido castigado, eleição após eleição, com uma safra de políticos que nos dão pouquíssimas esperanças de que as coisas vão melhorar algum dia.Com as poucas e honrosas exceções de sempre, os nossos políticos têm se caracterizado pelo cultivo ao carreirismo, ao nepotismo,ao fisiologismo, à demagogia e ao populismo, quando não encontramos casos de corrupção explícita.Fazem da atividade pública menos um meio para se promover o bem coletivo do que um caminho para se alcançar e se perpetuar no poder, com tudo o que isso pode trazer de benefício pessoal. Alguém já disse que os políticos de um país são o retrato fidedigno do povo que os elegeu. Se assim for, o retrato do povo brasileiro não é nada dignificante.Prefiro acreditar que os nossos políticos sejam uma cópia corrompida do nosso povo, não um retrato fiel.E que a melhor qualificação do nosso povo através da educação tornará possível também um quadro de políticos mais qualificados e honrados. 5- A RENDA CONCENTRADA. O Brasil é um país extremamente desigual, onde a maior parte da renda está concentrada nas mãos de meia dúzia. Esta é um fato gritantemente óbvio, e o argumento preferido de setores da esquerda para desqualificar o sistema capitalista e o liberalismo econômico.Segundo eles é o sistema capitalista em sua versão mais liberal o grande gerador da concentração de renda e da conseqüente desigualdade social aqui existente.Ao contrário do que afirmam, é justamente a falta de tradição do país no campo da livre –iniciativa e dos empreendimentos lucrativos que geram empregos e democratizam a renda, é que possibilitou no país o crescimento das instituições parasitas, que são, estes sim , os verdadeiros responsáveis pela concentração da renda nacional.Falo do estado brasileiro que arrecada em impostos cerca de 40% do PIB nacional e do sistema financeiro especulativo( bancos ), beneficiado pelos empréstimos e pela política de juros altos. São estes os maiores responsáveis pela concentração de renda no país.Num país acostumado a viver das benesses do estado e da especulação financeira,os setores produtivos ligados ao capital e ao trabalho são os maiores prejudicados. Talvez aí esteja a explicação do porquê o governo e os bancos neste país se entenderem tão bem. 6- O CORPORATIVISMO. Outra herança do medievalismo que ainda se faz presente em nossa mentalidade é o corporativismo, que permeia a maioria das associações de classe, sindicatos profissionais e patronais, conselhos profissionais, partidos políticos e associações diversas.A maioria deles é incapaz de enxergar além dos próprios umbigos. Colocam a defesa dos seus interesses particulares acima de quaisquer interesses de ordem mais abrangente. O corporativismo é mais grave ainda quando ser tornam um “valor” de instituições públicas.É o que acontece quando congressistas e magistrados defendem descaradamente o aumento dos seus próprios holerites e de suas mordomias, ou quando tentam acobertar colegas pilhados em atos pouco dignificantes.Também no campo privado, a falta de tradição para a concorrência e para a liberdade de empreender, leva muitos a se associarem em alguma forma de cartel, que não tem outro objetivo se não o de impedir a entrada de novos concorrentes. Tudo isto é um entrave ao desenvolvimento. 7- O ESQUERDISMO JUVENIL. Costuma- se dizer que todos aqueles que têm hoje além dos quarenta anos foram, em algum momento da sua juventude, na juventude, esquerdistas. Alguns cresceram e amadureceram, outros permanecem impregnados desta visão “romântica”.Para estes, pareça que o muro de Berlim ainda está de pé, Cuba é uma ilha de justiça e de prosperidade, e a Albânia – alguém se lembra? – ainda é o farol do mundo. Continuam apegados às teses que a experiência provou serem completamente equivocadas. E parecem não ter percebido o significado das mudanças que o mundo viveu nestas duas últimas décadas.Por bizarro que possa parecer, a verdade é que o Brasil é um dos raros- talvez o único – países democráticos onde um partido comunista, da “linha albanesa” continua de pé, e -o que é fantástico!- com influência no atual governo.O fato é que perpetuou-se aqui a cultura do “esquerdismo”. Todos os partidos políticos, mesmo os mais escancaradamente conservadores gostam de se definir como de “esquerda”. Mesmo que seja “centro-esquerda”.Mas o que nos interessa agora é que este esquerdismo juvenil seria totalmente inofensivo, não fosse o fato de que grande parte dos que sofrem deste mal está hoje no poder. Cientes da impossibilidade de se promover uma revolução socialista e mudar a estrutura econômica com a abolição da propriedade privada,- o sonho juvenil de todos eles – se aprofundam naquilo que os regimes socialistas tinham de pior e que foi o motivo de sua falência, ou seja,a construção de um aparelho estatal oneroso,extremamente burocratizado, e sob forte controle do partido hegemônico, a pretexto de se promover a justiça social, a redenção dos pobres. Desta forma, a esquerda no poder abandona em parte os dogmas marxistas mas ainda se considera ungida da missão de conduzir o povo à “terra prometida”, não pelas suas próprias pernas, mas ancorados nas generosas muletas do Estado assistencialista.Na verdade, ao invés do paraíso prometido,pode nos conduzir ao inferno na terra. Concluindo, será possível se construir no Brasil uma sociedade livre, democrática e consciente, assentada num ambiente econômico de plena liberdade e de desenvolvimento integral ? Acredito que sim. Não à curto prazo, mas dentro de um período razoável, em que os jovens de hoje ainda possam usufruir dos frutos desta desejada nova era.Mas, nada de falsas utopias. Para se chegar lá é preciso de muito trabalho,estudo, esforço e poupança. E que nos livremos destas sete pragas que infestam o país e nos impedem de trabalhar e de construir.
Posted on: Tue, 02 Jul 2013 03:01:10 +0000

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