Acabo de assistir o filósofo Zizek no Roda Viva. Boas ideias e algumas lições importantes aos nossos esquerdistas, politicamente corretos, tão comuns no Brasil. Colocou os países nórdicos (Europa), como exemplos de equilíbrio entre capital e social e equilíbrio ecológico talvez o modelo para o mundo em crise. América Latina economicamente inviável, com avanços sociais louváveis mas cujo capitalismo ainda padece na fase infantil. Não é exemplo. Europa realmente problemática, em decadência. Não vê avanços na União. Colocou Singapura como um exemplo para a China que vê como um novo imperialismo. Não quer se colocar como crianças, felizes em seu antiamericanismo primário, mas ainda vê os EUA como o motor do capitalismo, decadente, mas ainda força pragmática com a qual se tem de envolver-se de um jeito ou de outro. Viu a crise de 2008 como um processo socializante, de disseminação ou disperção das forças capitalistas, para mais pessoas e grupos. ainda quando inviáveis (em termos de lucro) e levando à crise inevitável. Não tem preconceito algum com a direita (como é comum no Brasil, onde capitalismo é necessariamente e falsamente selvagem, fascista, burguês etc). Coloca-se como comunista mas defende o capitalismo então não é um comunista convencional, por certo! Não tem problemo ético algum em ser sucesso e portanto, sujeito a qualquer tipo de exploração lucrativa. Crê que sua ética está em sua própria reflexão que vê como possivelmente fértil aqui ou ali, em algum momento. Gostei.
Posted on: Tue, 09 Jul 2013 03:00:17 +0000
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