Aew Galera. Essa é a continuação da história que publiquei - TopicsExpress



          

Aew Galera. Essa é a continuação da história que publiquei alguns dias atrás. Esse é o terceiro capítulo, A GAROTA SELVAGEM. Espero que gostem e continuem curtindo e compartilhando com seus amigos para que meu trabalho possa ser divulgado. Em breve o quarto capítulo. Flw! CAPÍTULO TRÊS A Garota Selvagem Num grande castelo, no alto de uma montanha, um homem observava tudo ao redor. O homem era forte, tinha os cabelos pretos e espetados e uma barba bem ralinha. Usava uma camiseta branca, calça militar e botas. Tinha no pescoço um medalhão de quem havia servido ao exército. Seus olhos eram tão castanhos que pareciam ser vermelhos. Ele observava da torre mais alta uma cidade ao longe. Alguns segundos depois uma mulher bonita, trajando uma camiseta amarela mostrando a barriga, calças jeans, botas de soldado, com os cabelos curtos rosa choque, num penteado desfiado e exótico, entrou na torre e foi logo se dirigindo a ele. - Más notícias John. Os administradores do jogo entraram em contato e informaram que houve uma morte. - Uma morte? – Indagou John sem sequer virar-se para encarar a mulher – Na vida real? - Sim. – Disse a jovem parando atrás de John – Um garoto de apenas catorze anos estava farmando* sozinho quando um monstro de nível superior atacou e o matou no jogo. Ele voltou para o mundo real morto de verdade... John cruzou os braços e se virou para a mulher. Ele exibia um estranho sorriso no rosto. - Então a brincadeira ficará mais divertida daqui para frente Lilly. - Como assim? - Como Game Masters teremos que enfrentar os jogadores que nos desafiarem. Antes, quando esse hacker não havia burlado o sistema do jogo, os jogadores não enfrentariam risco algum ao nos enfrentarem, mas agora... Lilly baixou a cabeça pensativa. John passou por ela e dirigiu-se a porta da torre. - Aonde vai? – Perguntou Lilly seguindo John. - Preciso voltar para o meu lugar. – Disse John descendo as escadas da torre com Lilly em seu encalce – E você também deveria se preparar... - Você acha certo isso? Tipo, teremos de matar pessoas de verdade até que a DREAMING descubra uma forma de parar com isso. John parou de repente. Ele olhou para Lilly com cara de tédio. * Fazer dinheiro lutando contra monstros dentro de um jogo. - Você prefere matar ou morrer? Lilly ficou pensativa mais uma vez. Não sabia o que responder. John continuou fitando-a com aquela cara entediada e então falou mais uma vez: - Até que se resolva todo esse problema não teremos opção. Este jogo foi criado com o intuito de ser uma diversão sadia, mas alguém o transformou num jogo de vida ou morte e enquanto a DREAMING não conseguir parar esse alguém, teremos de lutar por nossas vidas. Mesmo nós que somos Game Masters não temos o que fazer, a não ser seguir as novas regras: mate ou morra... Lilly parecia espantada com aquelas palavras. John lhe deu as costas mais uma vez e continuou descendo as escadas. Lilly o seguiu até que chegaram numa espécie de terraço. John tirou uma carta do bolso de sua calça e segurou-a com a mão que calçava a luva cibernética. - Estou voltando a Paverin. Se precisar de mim, entre em contato. – Disse John sem encarar Lilly. - Ok. – Respondeu Lilly parando alguns passos atrás de John – E, por favor, fique vivo. John não respondeu imediatamente. Na verdade ele nem respondeu. Apenas virou a cabeça, encarou Lilly com um sorriso maroto nos lábios e disse: - Teleporte para Paverin, Ativar! John brilhou intensamente e sumiu numa explosão de luz segundos depois. Lilly continuou olhando para o ponto onde John havia estado segundos atrás. Do terraço onde se encontrava, Lilly podia ver a cidade de Paverin ao longe, quase no horizonte. - Por favor, fique vivo John... – Ela sussurrou. Tyson continuava correndo atrás dos Goblins na tentativa desesperada de salvar Gabriel. Eles eram rápidos apesar de estarem carregando um garoto gordo como aquele. Ray havia ficado para trás derrotando a massa de goblins que tinha se formado com o intuito de que Tyson ficasse livre para ir atrás do Gabriel. Os goblins chegaram a uma clareira e pararam. Um deles continuou correndo com o Gabriel nos braços e o outro avançou em Tyson. - Você quer lutar? Então venha! O goblin avançou. Tyson não recuou. O goblin tentou acertar Tyson com sua maça, mas errou por alguns centímetros. Tyson era muito mais rápido que o monstro. Ele se desvencilhou do ataque e acertou o braço do goblin em cheio com sua espada. O monstro urrou de dor e fez um movimento rápido com o outro braço acertando Tyson no peito, lançando-o três metros de distância. Ao ser atingido no peito, Tyson sentiu uma dor muito forte. “Mas como”?”, pensou ele ao cair no chão, “Nesse jogo não deveríamos sentir dor”. O goblin continuava urrando de dor. A mão dele que atingira Tyson segurando firme o ferimento, que este lhe causara com a espada. Tyson levantou-se trêmulo. A pancada havia sido forte, mas ele precisava derrotar aquele monstro e seguir. Ele avançou mais uma vez no goblin e lhe acertou dois, três, quatro golpes de espada, fazendo com que o monstro se desintegrasse em forma de dados. Tyson se ajoelhou arfando. Sentia que estava gravemente machucado. Mas não podia parar agora. Precisava salvar o Gabriel. Com um esforço sobre-humano, Tyson levantou-se e tornou a correr na tentativa de alcançar o último goblin. Ele correu até que chegou num campo aberto. Havia algumas montanhas ao redor e a floresta acabava naquele trecho. O goblin tentava remover uma rocha gigantesca que parecia ser a porta de uma caverna. - Ei seu monstrengo! – Gritou Tyson chamando a atenção do goblin. O monstro parou de tentar remover a rocha e urrou bem alto. Então algo inesperado aconteceu. A rocha tombou em cima do goblin fazendo este sumir e através da passagem que a pedra escondia surgiu um Troll. Ele era enorme. Tinha mais de dois metros de altura, pele marrom e era muito musculoso. Usava um capacete negro com chifres curtos, o peitoral de uma armadura negra com espetos nos ombros e carregava nas mãos um martelo anormalmente grande. O monstro se deslocou pesadamente indo na direção de Tyson que estava muito assustado. Aquele monstro devia ser nível vinte ou trinta. Quando o monstro chegou a uma distância de mais ou menos três metros do Tyson, ele parou e grunhiu. Tyson ficou na posição de espera, com a espada levantada, pronto para atacar a qualquer momento. O troll soltou um urro ensurdecedor e avançou em Tyson que ficara momentaneamente atordoado. O troll ergueu o martelo para golpear Tyson, mas este se recompôs e rolou para trás e no momento seguinte a arma acertou o ponto onde o garoto estivera, criando uma fissura no chão. O golpe levantou bastante poeira e grama e fez Tyson ficar mais assustado. Como ele poderia enfrentar uma criatura como aquela? E naquele instante, Tyson sentiu mais uma vez tontura. Seu corpo não queria responder, sua vista estava ficando turva. O ataque do goblin tinha lhe causado um sério dano. Ele tentou se levantar, mas parecia não ter forças nas pernas e seu corpo estava pesado. “Droga! O que está acontecendo comigo?”, ele pensou. “Porque estou sentindo dor? Tem algo errado acontecendo!”. O troll se preparou para atacar mais uma vez. O medo fez o garoto reagir e no momento em que o monstro tentou acertá-lo, Tyson mais uma vez se esquivou. Mas a arma do monstro tocou o garoto de raspão jogando-o longe. Mais poeira e grama foram levantadas. O martelo do troll havia acertado de raspão o braço esquerdo do garoto. Tyson sentiu uma dor aguda. Ele rolou na grama e ficou de bruços. Fez um esforço enorme para olhar o braço e constatar o que imaginara. Seu braço estava quebrado. O martelo do troll tocara-o de leve, mas causara um dano monstruoso. Sentiu náuseas e tontura. Estava ficando difícil respirar. O garoto foi perdendo a consciência aos poucos e a última coisa que viu foi o troll se aproximando dele, desta vez para o golpe final. Tyson viu a si mesmo ainda pequeno. Tinha deixado uma xícara cair no chão e a mesma havia se quebrado em pedaços. Viu seus pais parados em sua frente. Ele não conseguia vê-los nitidamente, mas sabia que eram eles. Lembrava-se daquele dia. Seu pai usando um terno preto, preparando-se para ir ao trabalho. Sua mãe com um vestido estampado, na altura dos joelhos. - Você não faz nada direito, garoto! – Dizia a mãe dele. - Não serve pra nada! Só faz besteira! – Dizia o pai de Tyson – Veja seu irmão, Tyson. Porque não se espelha nele?! - Seu pai tem toda razão Tyson! – Falou a mãe dele. Aquilo era uma lembrança? Sim, era, mas porque aquilo? Então Tyson lembrou que as pessoas costumavam dizer que quando se está morrendo, sua vida passa diante de seus olhos. Ele estaria morrendo. Olhando bem, aquela lembrança estava tão turva e escura... - Seu irmão tira boas notas, será o orador da turma esse ano, sabe aonde quer chegar, Tyson! – Disse o pai dele num tom de censura – Ele é um orgulho para nós, mas você... “Eu sou um erro...”, disse Tyson a si mesmo. “Eu sempre soube disso. Eu quis mostrar o contrário, mas agora... Estou prestes a morrer e provar que eles têm razão.”. A cena foi escurecendo e Tyson se viu num lugar escuro, silencioso. E então ele ouviu uma voz. Uma voz conhecida. “Não importa o que dizem Tyson. Você é capaz! Se você não acredita, vou provar pra você. Mostre que é capaz!”. E então ele recobrou os sentidos. Ao abrir os olhos, Tyson viu o troll com o martelo erguido, pronto para matá-lo. Seu corpo ainda pesava e seu braço não ajudaria muito. Apesar do impulso que sentia de reagir, era humanamente impossível fazer algo naquela situação. Deveria esperar e morrer? “Não!”, ele disse a sim mesmo, “Não posso desistir tão fácil!”. Tyson fez um esforço sobre-humano e conseguiu se esquivar de mais um ataque do monstro. Ele segurou a espada firmemente. Sentia dor, náuseas, tontura, falta de equilíbrio, mas também se sentia determinado a não morrer. Sentia-se com raiva de si mesmo, de ser tão fraco. Não podia desistir e perder tão fácil. Tirando forças de onde não tinha, Tyson parou de apenas se esquivar e avançou no troll. Seus movimentos estavam lentos, mas rápidos o suficiente para não ser atingido pelo monstro. E o garoto acertou o troll na perna esquerda. Logo em seguida foram dois, três, quatro golpes, mas estes não pareciam surtir nenhum efeito contra o monstro. Tyson começou a sentir o cansaço invadir seu corpo. Seus ferimentos estavam suprimindo seus movimentos mais uma vez. Mas não podia parar. Avançou mais uma vez e cravou a espada na coxa do troll. Naquele mesmo momento sentiu as pernas perderem as forças. Ele cambaleou e caiu sentado. O braço quebrado doía. A cabeça rodava. A determinação que estava sentindo fora embora. O troll parecia não estar sentindo nada. Olhou para a espada de Tyson cravada em sua coxa, segurou seu martelo com as duas mãos e o ergueu para o golpe de misericórdia. Tyson estava perdendo a consciência mais uma vez. Antes que desmaiasse, ergueu a cabeça para morrer dignamente. E então ele viu. Uma flecha acertou a cabeça do troll e o fez recuar. Uma segunda flecha o acertou no mesmo lugar e ele soltou o martelo, urrando alto de dor. Segundos depois, o troll se desintegrou. Tyson não sabia se aquilo era real ou apenas uma alucinação. Ele só conseguiu virar a cabeça a tempo de ver uma garota pulando de uma árvore. Sua vista estava ficando escura e cada vez que piscava Tyson a via mais perto. Ela era linda. Tinha cabelos cacheados amarrados em rabo de cavalo, pele morena, olhos castanhos. Usava camiseta preta com uma espécie de armadura simples no tronco e nos ombros, calças justas e botas de couro. Carregava um arco nas mãos e uma aljava cheia de flechas nas costas. - Onde está ele? Era a voz do Ray. - Está aqui! – Respondeu a garota. Sua voz era rude – Precisamos levá-lo para a cidade mais próxima rápido, antes que morra. Ao escutar isso, Tyson perdeu a consciência e desmaiou.
Posted on: Thu, 14 Nov 2013 16:18:50 +0000

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