Ah!.. Vidas de não existir. Como são grandes as estrelas Da nossa estranha pequenez. como é tardio o lume Que torna as sombras em Homens. Como é excitanta a pressa... Que temos... de sucumbir... A verdade não tem culpa De só tomar forma na poeira invisível dos sentidos. E em paz incerta vens, e me despertas Das noites em que és a única lua. Procuro-te nos pensamentos, nas cores, Nos vestuários da luz. Que nem sempre podemos encontrar Os nossos olhares a tocarem-se, amando. Nos teus estudos vês a saída Que o meu coração vê em ti. No café onde os corpos repousam, Se descosem, embriagam, Aceno-te de longe, quase querendo Acenar o meu carinho no teu rosto. No abraço consumado fica o beijo Que deixámos por dizer, e sem perdão Ecoa no meu querer-te As memórias que brincávamos como pó De uma invulgar satisfação maior... Que teriamos atingido, certamente, Se as nossas capas de hesitação nos descobrissem, para nos ternarmos incêndio... Tão belo e tão contreto quanto um sonho.
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 17:44:38 +0000
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