Antes de ir trabalhar hoje cedo, enquanto tava tomando café, lembrei dessa música. Fui correndo na prateleira do quarto pegar teu cd, Marcos, porque me bateu uma nostalgia profunda. Uma saudade absurda seguida de uma grande tristeza. Sei lá, de alguma forma a saudade é triste. Lembrei da Blended, do Pablo, do Ryan, do Fábio de você e de nossas conversas sobre coisas totalmente sem sentido na varanda de tua antiga casa. Lembrei de quando tudo que queríamos era um gole de qualquer coisa, porque aquele calor era um prenúncio do inferno. E de quando, além de alguns trocados no bolso, queríamos também um pouco de vento, uma caixa de som que prestasse e um microfone que não desse choque. A gente ficava tocando uns rocks malucos naquele espaço apertado e escuro, morrendo de medo de que os vizinhos se importassem (eles nunca se importavam). Pontualmente às seis horas (melhor parte do dia), largávamos as guitarras, desligávamos os amplificadores, guardávamos os cabos e suspirávamos, com sede. A gente estava morto. Todos com dor nas costas (principalmente o Pablo, haha). Aí a gente ia pra algum canto, nós 5, os cinco mosqueteiros, fazer planos sobre um futuro de fama, dinheiro, muitas guitarras e farra. Lembram? O começo dessa tua música me lembra muito quando Helton me dava carona na garupa da moto dele e, nas tardes de sábado, quando a ponte do São Francisco estava parcialmente vazia, acelerávamos e eu sentia o mundo nas costas e o vento nos cabelos. A vida era boa e tudo costumava fazer sentido. Tínhamos um bilhão de planos pra banda. Sinto muita saudade de vocês. De verdade youtube/watch?v=DZahgbBTOA0
Posted on: Thu, 06 Jun 2013 15:03:58 +0000
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