Ao escrever, ontem, sobre a ida de Demétrio Costa para o andar de - TopicsExpress



          

Ao escrever, ontem, sobre a ida de Demétrio Costa para o andar de cima, cometi um pecado, do qual me penitencio. Falei de seus irmãos Ariovaldo e de Rogério, também, locutores de belas vozes. Na pressa de notíciar o há pouco ouvido na Globo-Rio, não citei o mais famoso dos Costas, Reinaldo, ex-Globo, Record, Capital e ESPN, além de cinco Copas do Mundo, também ex-Mantiqueira. Família de radialistas! Dos cinco irmãos, só Humberto não foi para o rádio, assim como as irmãs Cacilda e Zélia e sobrinho Sandro. Demétrio foi o primeiro a desfilar sua voz que, de tão boa, foi parar na Sapucaí e nos eventos da Riotur. Demétrio nunca foi convencional. Na década de 60 vivia dizendo pelos corredores da rádio (esquina da Nesralla Rubez com a Major Hermógenes) que daria de presente no Natal...um carro! Um carro de presente na época em que poucos tinham um?! O presente viria embrulhado. A campainha tocaria à meia-noite, ela abriria a porta e lá estaria o carro, estacionado, envolto por uma larga fita vermelha. Não sei bem o fim da história. A gente até levavans não levaram a sério e outros sim, pois Demétrio era surpreendente. Astro da época na cidade, não foiele o apresentador do nossos primeiros debate político e programa de auditório televisionados, na tv criada pelo Juca e pelo Indá! Mas, se não me falha a memória já meio de pilha gasta, o caro acabou não sendo comprado porque...o namoro terminou antes do Papai Noel chegar. Fui reencontrá-lo no Rio, anos mais tarde quando, logo após minha formatura na Faculdade de Comunicação Social. Fui me inscrever em um curso de formação da equipe de redação que estava sendo formada para a volta da TV Manchete. Diploma cheirando tinta, acho que fui mais ou menos, deram-me crachá e data para voltar. Só que o curso duraria três meses! Tinha mulher e filho pra sustentar aqui e nenhuma bala na agulha para ir e voltar do Rio toda semana. Encontrei-me com Demétrio lá na zona sul e acabei visitando seu apartamento. Eu tinha um fusca ou Brasília, não sabia o caminho, acho que pra Tijuca e Demétrio assumiu o volante. Chegamos vivos, graças a Deus...mesmo!!! Não o vi mais, só a voz, pela tv e quando fui assistir na Sapucaí um desfile, levado naquelas promoções dos meus amigos Darcy Lucas e Teresa Modas. E dele sabia somente pelas intervenções no programa do Carlos Coelho. Tivesse tido a oportunidade de um reencontro, sentar-nos-íamos para um chope e eu lhe diria: - Magreza, lembra daquele dia, em 1964, quando caminhávamos da rádio em direção a rua 5 e ali, na esquina da antiga padaria do Juca, pergunte o que deveria fazer para entrar para o rádio? E da sua resposta? Não entra!!! Tantos anos passados, tantas coisas vividas e vistas! Não o levei a sério e não me arrependi. A Mantiqueira foi e é grande parte da minha vida, devo muito àquela casa. Magreza, não levei você a sério, primeiro porque era um ídolo do rádio mas vivia brincando e, de mais a mais, não precisava ter medo de perder espaço porque Demétrio na Mantiqueira só existiu um. Para sempre! Só quem o viu em ação por aqui pode dizer. De mais a mais, sabia que eu não desistiria. Não levei a sério, entendi que quis dizer é que o rádio não dava futuro. Fui em frente e três anos depois tive minha carteira assinada pelo Luiz Pinheiro. Magreza, diz pra mim: você sabia que eu não desistiria, não é?
Posted on: Sun, 03 Nov 2013 14:16:58 +0000

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