Ao piloto Christian Heins, uma singela homenagem dos - TopicsExpress



          

Ao piloto Christian Heins, uma singela homenagem dos automobilistas brasileiros, que tiveram o prazer de participar junto as pistas e os que não tiveram esse prazer, mas com certeza a homenagem tem o mesmo valor, porque foi um brasileiro que elevou o nome do Brasil e do automobilismo brasileiro. Christian Heins nasceu no ano de 1935 em São Paulo, filho de um bem-sucedido homem de negócios alemão. Se formou no colégio em 1953, foi para Stuttgart, onde frequentou a Technische Hochschulean (Instituto de tecnologia) e também fez um curso de engenharia na Mercedes Benz antes de ir trabalhar na Mahle, também na Alemanha. Com o incentivo de Victor Losacco, teve uma estréia bem-sucedida, vencendo em sua classe com um Porsche 356, em Interlagos no dia 16 de Maio de 1954. Na época com 19 anos, era considerado muito jovem para ser um piloto profissional. Obteve outra vitória no Campeonato Paulista em Interlagos com o 356 em agosto e no final do ano nas 100 Milhas do IV Centenário. Christian foi apelidado de Cometa devido à sua velocidade, mas mudou logo, para ¨Bambino” devido à sua idade e parte à sua herança italiana do lado materno, que foi devidamente encurtado para Bino. Ele fez algumas aparições em 1955 em provas nacionais pilotando um Porsche 550RS, que Hans Stuck tinha trazido para o Brasil. Com este carro correu mais freqüentemente em 1956. Inclusive chegou em segundo lugar no I Prêmio Benedicto Lopes com o mesmo 356 no mês de agosto e com o 550 em novembro teve seu melhor resultado, com um segundo geral da Mil Milhas Brasileiras, onde teve Jorge Lettry como companheiro. Foi um resultado notável contra a oposição muito mais poderosa, tendo liderado por grande parte a prova. No início de 1957 he correu um 550RS em parceria com Ciro Cayres, os 1000 km de Buenos Aires, no Circuito de la Costanera Norte em Buenos Aires, na Argentina. Esta prova de grande importância, pois fazia parte do Campeonato Mundial de Carro esporte F.I.A. Foi seu primeiro contato real com a concorrência internacional, mas teve que abandonar logo na metade, com problemas mecânicos na caixa de câmbio do seu Porsche. Também correu na Europa pela primeira vez nas 12 horas de Reims em Julho, desta vez teve companhia de Carel de Beaufort e novamente abandonou com problemas de motor. Em 1958 Bino mudou-se para a Europa e se estabeleceu na Alemanha. Adquiriu um Porsche Carrera 356A em parceria com Hans Harzheim, para estreiar nos 1000 km em Nürburgring em Junho. Bino foi uma grata surpresa, mesmo tendo a dupla Eugenio Castellotti e Cesare Cabianca como favorita, eles foram derrotados por um desconhecido brasileiro, que garantiu a vitória. Bino venceu também a corrida 10 horas em Messina na Sicília, compartilhando um Porsche 550 com Paul Strähle. Depois de vencer também o ‘Giro delle Calabria’ em agosto recebeu um convite para ser parceiro de Beaufort em um Porsche RS no Tourist Trophy em Goodwood, na Inglaterra. Chegaram em segundo, somente atrás da dupla Jean Behra/Edgar Barth com um modelo 718 RSK. Em maio de 1959, Christian sofreu um sério acidente na pista belga de Spa-Francorchamps. Neste mesmo ano fez sua estréia nas 24 Horas de Le Mans, mantendo dupla com Beaufort num Porsche 718RSK. Ele também dirigiu uma série de outros carros, incluindo um Fórmula Júnior Stanguellini, onde chegou em segundo lugar no ‘Gran Premio di Messina’ no Lago Ganzirri atrás de colega brasileiro, Fritz dOrey. Além da batida em Spa, Bino teve outro acidente, desta vez em Nürburgring, que o fez permanecer no Brasil o resto do ano. No seu regresso seus troféus foram apreendidos pelos serviços aduaneiros, pois ele não tinha uma nota fiscal de venda. Sua irmã, Ornella contatou o Presidente Juscelino Kubitschek, que imediatamente enviou um telegrama aos funcionários da alfândega exigindo que os troféus fossem devolvidos e pedindo uma explicação por que um “tesouro nacional” tinha sido tratado desta forma. Bino teve uma série de bons resultados no Brasil em 1960 com a Equipe Vemag pilotando um DKW. Entre estes, três vitórias: a primeira na inauguração de Brasília em abril: na clássica 24 Horas de Interlagos; e a mais importante nas Mil Milhas Brasileiras. Eugenio Martinez e Jorge Lettry, comandavam o departamento de competição da fábrica. No entanto, Bino acabou juntando-se a Chico Landi e juntos levaram o JK FNM/2000 para outras vitórias, tornando o modelo imensamente popular nas pistas Christian, em seguida, assumiu o papel de gerente do Departamento de competição da equipe Willys e introduziu o Interlagos, que foi na realidade uma Alpine A108 construído sob licença no Brasil. Em 1963, ainda dirigindo a Willys, ele recebeu um convite de Jean Redelé para correr na equipe de fábrica francesa com um M63 Renault Alpine em Le Mans. O carro foi pintado de verde e amarelo e deu o nome Interlagos Team – Alpina. No dia 8 de Junho partiu para a Europa com sua esposa com planos para ficar após a corrida para umas férias antes de voltar para o Brasil. Tudo correu dentro do plano no início da corrida e cerca de 5 horas de prova Christian e Jose Rosinski estavam em primeiro na sua classe. Mas as coisas estavam prestes a dar errado e em apenas alguns segundos o inesperado aconteceu. O carro do neo-zelandês Bruce McLaren teve um estouro de motor e o óleo derramado na pista provocou algumas derrapagens e batidas. O primeiro foi Roy Salvadori que acabou saltando do carro antes que este pegasse fogo.e em seguida Lightweight e Dewes também bateram, mas Jean Pierre Manzon não pode desviar e bateu forte, sendo atirado na pista. O Alpini Renault de Bino vinha a seguir e este conseguiu desviar do corpo de Manzon estirado no asfalto, com isso perdeu o controle do carro batendo forte com seu carro também explodindo em chamas. Os bombeiros lutaram com o fogo para tirar Bino do carro. Ele foi levado para o hospital, mas foi declarado morto logo a seguir. Um boletim post mortem revelou que ele provavelmente teve morte cerebral quase instantaneamente pelos ferimentos na cabeça. Bino estava com 28 anos e foi enterrado no dia 27 de Junho no Cemiterio Redentor em São Paulo. Assim o Brasil perdeu um dos seus melhores pilotos da época. *A equipe Willys em sua homenagem, deu o nome de Bino ao protótipo Renault que foi pilotado por Luis Pereira Bueno, considerado o carro de corrida que mais venceu provas no Brasil
Posted on: Fri, 14 Jun 2013 19:07:23 +0000

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