Apenas o autoconhecimento poderá nos levar a equilibrar devidamente o nosso ego. Primeiro, temos que poder enxergá-lo, no momento em que estiver agindo em nós. Caso contrário, enquanto permanecermos pensando que somos o ego, não será possível vê-lo. Da mesma forma como é impossível que um olho se veja. Nosso lado oculto e obscuro resulta da nossa idealização de nós mesmos. Ou seja, nossa negatividade, escondida de nós mesmos, resulta de nossa tentativa de nos melhorar. O Pequeno Eu se reforça, cada vez mais, com a energia vital retirada de tudo aquilo que estagnamos no inconsciente. Pois, equivocadamente e constantemente, nossa autoidealização realiza o descarte de aspectos da nossa inteireza genuína. O crescimento do Inconsciente Coletivo, ou melhor, o crescimento do mal destruidor do mundo resulta de nossa busca por evoluirmos para um eu melhor. Não é possível descartar nada, pois a nossa essência é una e não se divide. Tampouco é possível melhorar o que já é pleno. Apenas podemos compreender que o lado escuro não se deva a nenhuma ruindade, mas que ele apenas resulte de nossos equívocos infantis. Como há um elo a nos unir, comungamos o mesmo ser. Portanto, somente quando atingirmos o perdão incondicional a todos, perdoaremos a nós também, porque somos um. É essa a compreensão que poderá nos levar ao perdão incondicional a todos -- nossa inocência perdida. Somente então conheceremos a calma e a assertividade pertencente à nossa essência genuína em sintonia ao Nada-que-é-tudo: nossa sintonia ao transparente agora. Portanto, podemos entender que nossa comunhão com Deus somente seja possível pela nossa comunhão com todos: enquanto houver sequer uma exclusão, também não haverá conexão com Deus. Mas sim com o poder criador de dor e de caos, ou seja, com o demoníaco Inconsciente Coletivo. É a Ele que as religiões nos conectam. É por isso que, apesar de ser religiosa a maioria impactante da humanidade, o mal continua crescente no mundo. Afinal, sabemos ser insignificante o número de ateus, por todo o planeta. Basta olharmos à nossa volta, buscando ver quantos ateus conhecemos, de fato. Podemos saber de determinada celebridade, mas ainda assim, é raríssimo: mesmo entre as celebridades, não importando qual seja o credo religioso, o que impera é o número de pessoas religiosas. O mesmo resultado estatístico ocorre entre prisioneiros e criminosos, ou seja, a maioria deles possui religião. Portanto, o ateísmo não pode ser culpado pelo crescimento do mal que há no mundo.
Posted on: Sat, 03 Aug 2013 16:05:35 +0000
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