Ataque na mídia, olho na grana Por Fernando Brito, no blog - TopicsExpress



          

Ataque na mídia, olho na grana Por Fernando Brito, no blog Tijolaço: A nota do Deutsche Bank falando em “má vontade” do mundo das finanças com o Brasil não veio do nada. Com o combustível fornecido por fatos reais – a queda no ritmo de crescimento – incendiado com o sopro de uma imprensa catastrofista, os falcões do mercado financeiro esticaram suas garras sobre o projeto brasileiro de crescer pela via da produção, não pelo ilusório caminho do volátil capital especulativo. É nesse quadro que se deve observar a manchete de hoje dos jornais – a perspectiva negativa da Standard & Poors quanto ao “rating” do Brasil – e a jocosa publicação daThe Economist, pintando um cenário de caos e, novamente, pedindo a cabeça do Ministro Guido Mantega. Falta, a um e a outro, lucidez. No caso da revista inglesa, porém, falta respeito e sobra prepotência. Ou, como dizia a minha avó, um “macaco olha o seu rabo, deixa o rabo do vizinho”. Porque a expansão de 0,6% do PIB brasileiro – de fato muito baixa pelas nossas potencialidades - é exatamente igual à do Reino Unido e maior do que a da França, da Espanha e da maioria da Europa. E não ficou muito abaixo do México, novo “queridinho” do mercado financeiro entre os emergentes, que registrou 0,8%. E The Economist não pede a cabeça de nenhum dos seus ministros da Economia. Talvez, quem sabe, porque sejam mais dóceis aos interesses do capital financeiro do que Mantega. O que os ingleses da The Economist querem está claro na própria matéria: aumento dos juros, corte nos programas sociais e mais leilões de petróleo. Aliás, não é nem original a hipocrisia inglesa quando se trata de encobrir com propósitos nobres seus interesses econômicos. Vem do Bill Aberdeen, lei que deu à frota britânica o “direito” de apreender navios suspeitos de tráfico de escravos e que, na verdade, era uma represália ao fim dos tratados ruinosos – para o Brasil – de comércio exterior com a Inglaterra. Aliás, quem conhece algo sobre as condições subumanas a que eram submetidos homens, mulheres e crianças nas fábricas inglesas no início século 19, sabe que não era propriamente a dignidade humana que estava no centro das preocupações britânicas. Mas The Economist é uma “canhoneira de papel”, como muitos jornais o são. Embora metam medo com seu barulho e já tenham conseguido fazer tremer o nosso BC, não têm força para mudar o rumo que este país escolheu.
Posted on: Sun, 09 Jun 2013 06:24:04 +0000

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