“Até a viagem de milhares de milhas começa com um único passo” – è o que diz na minha camiseta. Eu considero meu primeiro passo como viajante um acampamento lá em Itatiaia no Rio de Janeiro, Outubro de 2004... e as milhas não param de acumular.... Hoje foi meu derradeiro dia em Bogotá pra quem quiser saber um pouco mais sobre essa cidade e a fantástica Catedral de Sal, situada em uma cidade próxima à Bogotá, aí vai o meu relato. Antes de falar da Catedral, apenas algumas outra considerações sobre Bogotá. Além do Transmilênio, que é o ônibus que parece metrô a cidade também conta com “busetas” os ônibus de menor porte que fazem os trajetos de menor distância, aparentam ser velho e são coloridos, engraçado, mas não utilizei nenhum. Outra coisa que me chamou atenção, e posso dizer que todos os colombianos à quem eu me dirigi foram educadíssimos, mas assim, bem educados é uma mescla dessa hospitalidade brasileira (querer ajudar sempre) mas com um pouco mais de formalidade no tom de voz. E me parece que Bogotá também sofre com a poluição, nessa época do ano pelo menos qdo o tempo está muito seco, vi muitas pessoas na rua usando mascaras Peguei o tal do Transmilenio (1400 pesos, uns dois reais) até a beira da cidade e de lá um ônibus até a cidade de Zipaquirá, uma cidade de uns 100,00 habitantes, cuja principal atração é a Catedral de Sal. A tal catedral foi instalada nas áreas “abandonadas” de uma mina de sal existente na cidade. A mina de sal ainda está ativa, mas obviamente não na região onde a Catedral está instalada. A Catedral está instalada à 180 metros de profundidade, fiz uma passeio guiado muito bom, há uma via crucix bem bacana, (quase) todas as estruturas dento da mina, incluindo pilares e esculturas foram feitas diretamente da rocha de sal (75% de sal na rocha), é impressionante também ver os “tuneis” que foram utilizados para a extração de sal no local, cada um com 120 metros de comprimento por 16 de altura e 10 de largura, infelizmente na foto não dá pra ter a magnitude certa do local. A área na nave central e a maior cruz de sal do mundo (existem quantas alias ahaha¿) é ainda maior, é impressionante, para quem não segue nenhuma religião (como eu) vale mesmo assim o passeio, é uma estrutura impressionante, feito de sal e embaixo da terra. O local tem uma boa estrutura, e até os claustrofóbicos podem ir sem medo, existem outras atrações ainda. Pra quem gosta de história e conhecimento geral (como eu) me ensinaram que o a área da mina fazia parte de um antigo oceano (antigo = milhões de anos) e após movimento das placas tecnonicas, algumas mudanças na pressão interna das rochas foi possível a cristalização do sal, a reserva de sal nessa mina apresenta uma curiosa forma de cogumelo. A exploração do sal iniciou-se há mais de 1500 anos pelos indígenas locais, e acreditem para eles era mais valioso do que ouro, quando eles faziam escambo com tribos vizinhas, era um presente dos deuses o sal. Segundo estudos a mina ainda tem sal para mais 500 anos de extração (lembrando que o sal não é só para consumo humano, mas para centenas de aplicações industriais) e por isso o povo de Zipaquirá continuará salgado por pelo menos mais 500 anos. To no aeroporto, e graças a essa mania que herdei do meu pai cheguei milhões de horas antes do meu voo, por isso tenho muito tempo e escrevi bastante novamente. Ainda tenho tempo, vou ler um livro gigante que comprei por 22 reais com todas as tiras já publicadas da Mafalda (hq argentia, para quem não sabe), uma barganha... comprei na rua. Pra falar a verdade eu escrevi isso no aeroporto e só consegui postar agora em Medelín.... amanha é dia de labuta. Beijos.
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 05:27:28 +0000
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