BRASILEIRÃO 2014 Normalmente sou o advogado do diabo. O time - TopicsExpress



          

BRASILEIRÃO 2014 Normalmente sou o advogado do diabo. O time perde um jogo e eu tento ver o lado positivo. Tento justificar a derrota, evitar terra-arrasada. Aí o time sai de uma bela vitória e eu evito o oba-oba. Mantenho uma postura pés no chão, aponto defeitos da equipe. Enfim, procuro buscar um equilíbrio. Não sou analista de resultado. Mas dessa vez perdemos e não serei otimista. Quero fazer aqui um favor ao já cansado torcedor gremista. Quero comunicar a todos: larguem o Brasileirão de mão. Esqueçam. Não se iludam. É um aviso de amigo. Acreditem em mim e evitarão desilusões futuras. O Grêmio não será Campeão Brasileiro 2013. Não estou dizendo para largarem o Grêmio de mão. Não. Sigamos indo à Arena. Sigamos apoiando o time, acompanhando os passos do Tricolor. Nossa participação é importante para que o time não seja rebaixado e quem sabe até garanta uma vaga no G4. Tudo pode acontecer. Depende dos rumos que a coisa vai tomar daqui pra frente. Acho mais provável uma zona intermediária. Talveeeeez um G4 suado. Z4 só se a maionese desandar muito. Mas, título? Esqueçam. Não vou analisar a derrota para o Corinthians aqui. Não vou falar de táticas, da ausência do Zé Roberto, de nada disso. Existem mil sites falando disso já. E não vou me aprofundar nisso até porque uma derrota para o Campeão Mundial, na casa deles, é totalmente normal. Vou me aprofundar em outras questões. Vou falar, por exemplo, do Dida dando gargalhadas com o Pato ao final da partida. Alguns analistas sentenciaram: “o time do Grêmio foi sonolento”. Concordo. Acontece que o time do Grêmio é sonolento. Sempre foi, durante todo esse 2013. O time do Grêmio não tem sangue no olho. É um amontoado de figurão acomodado. Começamos a escalação com Dida, por exemplo, que já ganhou tudo na carreira: tanto pela Seleção quanto por clubes. Chegou até a se aposentar e voltou atrás. Ainda tem Elano, Zé Roberto, Barcos. Tudo já foi de Seleção também. Não precisam mais provar nada a ninguém. Riveros e Vargas ainda são de Seleção. E essas são as maiores referências técnicas do time. Todos com o sangue bem morninho. Pra deixar claro: não acho que os jogadores não tenham VONTADE. Muito menos que façam corpo mole. Falo de uma acomodação inconsciente. Um time resignado. Podem até se esforçar, suar a camiseta. Mas é diferente de um time OBCECADO pela vitória. É diferente de um R10 querendo provar ao mundo que seu futebol ainda está vivo. De um Jô querendo provar que sua dispensa do Inter foi injusta. De um Bernard, guri novo, querendo provar TUDO ao mundo para o qual recém foi apresentado. Um CUCA querendo provar que não é azarado e tem competência. E por aí vai. Esse time, com o apoio de uma torcida que não ganhava nada desde 1971, COMEU GRAMA. Teve sorte, é claro. Todo campeão tem. Mas teve muito coração e competência pra abraçar essa sorte e fazer sua parte. O Horto rugiu, o Mineirão também. E os 11 atletas em campo entenderam o recado. Abraçaram a causa. Uma causa que também era deles. No Grêmio, quem está jogando pela nossa causa? Quem está preocupado com nosso jejum de 12 anos? O Dida, que tava de abraços e risos com o Pato após a derrota no Pacaembu? Acho que não. Acho que só nós, torcedores, estávamos abatidos após o apito final. E o Dida é só o exemplo emblemático que me vem à mente. Outros jogadores não estavam fazendo o mesmo porque não foram colegas do Pato no Milan. Mas o espírito, podem ter certeza, é o mesmo. Com algumas poucas exceções. E com esse espírito não se ganha Brasileirão. Um campeonato morno em que, ao mesmo tempo, cada jogo é uma Final. Só um time abnegado, obstinado e sanguíneo pode vencer essa competição. Um time imbuído na causa. Um time que não precisa provar nada a ninguém, como é nosso caso, se deixa levar pela temperatura amena da competição e entra sonolento numa partida aleatória em São Paulo, numa quarta-feira à noite. “Uma partida qualquer”. Três pontos perdidos. Motivos de risada para o Dida. Motivos suficientes para me fazer desacreditar no título. Infelizmente. E não falo só dos currículos dos jogadores. A personalidade conta também. Muito figurão consagrado segue jogando com o sangue fervendo nas veias. Acho que nossos atletas têm um perfil mais ameno mesmo. Talvez o Kleber seja uma exceção a essa regra. Pra terem uma ideia, o Zé Roberto é o líder que motiva o vestiário. Eu quase durmo nas entrevistas do Zé. Imagina a vibração que ele não passa para o grupo. Falta uns “loucos” nesse time. Que se metam em confusão, que tenham brios, sangue nas veias, vontade de vencer. Sei lá. Se o Renato fizer um bom trabalho com essa equipe, tenho um pingo de esperança na Copa do Brasil. Uma competição que por si só é mais sanguínea. O mata-mata tem esse caráter. Os jogos pegam fogo. De repente os jogadores embarcam nesse clima, mesmo sendo figurões “consagrados”. Sei que não o fizeram na Libertadores, mas talvez com o Renato seja diferente. Vamos focar nesse Penta, pois o Brasileirão 2013, infelizmente, é quase impossível. Talvez ano que vem, com outros nomes na equipe. Dá pra ganhar esse Gre-nal. O clima da Arena estará à flor da pele. Não vai ter acomodação que resista ao calor do Clássico. É no que me apego. É para o que torço. Vamos, Grêmio! Saudações azuis, pretas e brancas,
Posted on: Thu, 01 Aug 2013 22:31:49 +0000

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