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Boa Noite a todos e a todas! Inicialmente agradeço de coração a todos que me enviaram mensagens de um Feliz Aniversário, pelo Facebook, os que me enviaram torpedos, os que falaram diretamente comigo por telefone e perguntaram-me onde seria a festa. Aqui explico, por que não comemoro mais meu aniversário. Novembro tornou-se o mês mais difícil de ‘atravessar’. Há seis anos, (08 de novembro de 2007), numa quinta feira, quis o Onisciente que eu, não mais comemorasse a data do meu nascimento. Se nada é por acaso, se para tudo há um propósito sob o Céu, não entendi ainda, por que Deus não quer me perder de vista. Sabendo Deus que não sou nenhuma ‘Fortaleza’, mesmo assim, tem me colocado em tantas Provações. E neste 08 de novembro, mais do que os outros 08, me senti quase sozinho... Migrei de Pernambuco para São Paulo em 20 de agosto de 2001, minha mãe estava aqui e mais três irmão e de lá para cá, já tive seis irmãos, morando em São Paulo. Em 2007 minha mãe voltou e de um em um, os outros foram voltando, para acompanhar minha mãe, com o meu último irmão tendo voltado definitivamente para Pernambuco, no dia 1º de novembro. Não posso dizer que estou só em São Paulo, por que meus irmãos deixaram uma tonelada de sobrinhos comigo e os meus dois filhos se encontra lá com eles. Agora falo sobre três das grandes Provações de minha vida. A primeira no início de minha adolescência. Aos 13 anos fui com meu irmão Demétrio Neto, levar meu avô materno, José Francisco Ferraz, a estação de trem de Caruaru, cidade em que morávamos, para pegar o trem das 19:00h. Meu avô vindo de São Domingos, então Distrito da Cidade de Cabaceiras no Cariri da Paraíba, onde morava e minha mãe nasceu, viajaria para Vitória de Santo Antão. No momento em que o Trem chegava à estação, meu avô levantou-se do banco, não deu dez passos e caiu, eu e meu irmão tentamos segurá-lo, mas como segurar aquele Negro PO (puro de Origem), alto, forte, bonito (feito o neto)? Infarto fulminante faleceu em nossos braços. Era eu, o mais velho em casa, naquela fatídica noite, para tomar providências... 15 anos se passaram e vem outro ‘Raio’ em minha cabeça, meu irmão, Aulo Ferraz foi assassinado, aos 31 anos, em 30 de novembro de 1985 (seis dias sem dormir, acompanhando-o, no Hospital Português de Recife, ele na UTI). Tomaram-lhe mulher e filhos, (um casal), acharam pouco, tiraram-lhe a vida... Em 2007, 08 de novembro, último ano a comemorar a minha data natalícia. Naquela fatídica quinta feira, veio a terceira grande Provação de minha vida, meu filho Tiago Gomes Ferraz, foi assassinado, aos 16 anos. Portanto, o dia 08 de novembro, é para mim, um dia de reflexão, é um dia em que mais do que os outros, peço perdão a Deus, por não ter tomado conta do meu segundo ‘tesouro’, Tiago Ferraz (Dadiva Divina), embora acredito piamente que tentei, no entanto não consegui. E quando pai e/ou mãe falham, os filhos sempre pagam as consequências e para os pais, as consequências são eternas! Tiago perdoa teu pai, por não ter cuidado mais de você, como deveria e como você merecia. Não adianta Tiago, você me dizer, ‘não chores mais’, pois, às vezes do nada, lembro que você era meu ‘grude’, que raciocinava rápido, de um ‘feeling’ apuradíssimo, captava no ar qualquer coisa que eu estivesse precisando e providenciava, que em uma hora de estudos comigo, você aprendia muito, pois não era qualquer professor que estava pronto para te ensinar, por que era cansativo para você assistir aulas com professores lentos, a confiança e a admiração que você tinha por seu pai, embora, juntando seu pai e seus irmãos, Tertius e Tomezinho Ferraz não tínhamos dez por cento de sua inteligência, então meu filho, é impossível de se conter e não deixar as lágrimas caírem... E a Deus, já entendi que não adianta pedir para cortar um pedaço de minha pesada ‘Cruz’, parece-me, que vou precisar dela, lá na frente, para atravessar algum ‘precipício’. Deus já sabe que apesar de ter o nome do Discípulo incrédulo, eu, Tomé Sudário Gomes Ferraz dos Santos, acredito nele, sem precisar ver nem tocar, além disso, meu segundo nome corresponde ao Manto, com que ele foi ‘fotografado’ por Nossa Senhora, e no final do nome minha mãe ainda colocou dos Santos. Às vezes meu Deus penso que me abandonastes, mas aí vem à lembrança das “Pegadas na Areia” e de imediato, percebo que jamais abandonarias teus filhos nas horas das grandes tribulações do viver, dos sofrimentos e das ‘Provas’, pois são nestes momentos, que Vós carregais os filhos nos braços... A vida é assim, dia e noite não e sim, Deus está no comando e no comando continuará. Ser Tomé Ferraz é Fácil? Que Deus abençoe a todos nós, com um maravilhoso final de semana! Agora peço permissão ao poeta Carlos Drummond de Andrade, para trocar o JOSÉ, que é um nome Santo, por TOMÉ que também é. TOMÉ E agora, Tomé? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, Tomé? E agora, Você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, Você que faz versos, que ama, protesta? E agora, Tomé? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, Tomé? E agora, Tomé? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio, - e agora? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Pernambuco, Pernambuco não há mais. Tomé, e agora? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse, a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, Tomé! Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja do galope, você marcha, Tomé! Tomé, para onde?
Posted on: Sat, 09 Nov 2013 03:41:49 +0000

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