Bolsa Social da reitoria e a Caridade, Assistência de Verdade não é Caridade! Surgiu um novo texto para alterações na Bolsa Permanência, que começaria a ser chamada de “Bolsa Social”, da a entender que esta tem como referência a bolsa permanência criada pelo MEC. No Art. 6º - O valor da Bolsa Social pago mensalmente aos estudantes terá como referência os valores das bolsas correspondentes pagos pelas agências oficiais de fomento à pesquisa, conforme o disposto no artigo 4º do Decreto Nº 7.416 de 31 de Dezembro de 2010, ou seja, a maioria das bolsas para alunos de ensino superior são de R$ 400,00 , poderia haver diminuição do valor? Querem colocar novos critérios para seleção de bolsas, entre eles o de que estudantes não poderão ultrapassar dois semestres da duração média do curso em que estiver matriculado. Ou seja estão apertando o calendário para quem é pobre, pois, normalmente pode se formar em uma vez e meia a duração do curso. Outro ponto é a de que a nova bolsa é restrita a quem não se formou ainda, o que prejudica quem já tem um curso superior e está em situação de vulnerabilidade. Muitos desses passam pelas mesmas dificuldades que os outros alunos e estudam em cursos diurnos e não tem como arranjar um trabalho/estágio de forma imediata. Quem está a dois semestres de se formar perde a oportunidade de concorrer a Bolsa, o que é um absurdo, qual o critério para esta posição aberrante? Se se está próximo de se formar se enriquece? Se ganha emprego automaticamente? Além de no novo texto colocar várias restrições relacionadas as notas dos alunos. Como por exemplo: 1)não ter obtido nenhuma menção SR no semestre anterior;2)ter a aprovação de no mínimo 60% de todas as disciplinas. Muitos do DAC ou da Reitoria parecem não saber a realidade que nós estudantes com vulnerabilidade econômica passamos, e nem querem ouvir. Não é possível manter notas tão altas como exigência, haja vista a multiplicidade de cursos e dificuldades enfrentadas por estudantes, precisamos de tutoria, não repressão, há cursos com dificuldades enormes, estudantes que precisam de maior acompanhamento, parece que a intenção da reitoria é restringir o direito a permanência não oferecer condições para a mesma. O interessante é que eles querem ter como referência outras bolsas no que se refere a valores, no resto, querem incluir várias restrições dificultando ainda mais o acesso a universidade pela qual, como está descrito no texto da Bolsa Social: “contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico, permanência e conclusão do curso de graduação.” E como eles usam como referência a bolsa permanência concedida pelo MEC, a última não coloca esse tipo de restrição para recebimento de bolsa. Para nós se se é estudante regular da Universidade de Brasília, está em vulnerabilidade sócio-econômica é o suficiente para ser beneficiado. Além de no novo texto colocar várias restrições relacionadas as notas dos estudantes muitos do DAC ou da Reitoria não sabem a realidade que nós, com vulnerabilidade econômica, passam e não é possível manter notas tão altas como exigência. A reitoria meritocrática e com ar de caridade cria uma bolsa esdrúxula, só nome já diz qual a proposição: dar uma esmola(Bolsa Social). A bolsa tem que ser um auxílio aos estudantes, o nome de “bolsa” poderia ser mudado e ser um “auxílio permanência”. Queremos que seja possível a acumulação com PIBIC ou estágios. Isso tem que ser um auxílio verdadeiro aos estudantes. Essa nova “bolsa social” não nos representa! Nós sabemos o que precisamos e o DAC deveria se reunir com os estudantes em vulnerabilidade econômica e seu Movimento, o CASSIS, para conjuntamente haver as mudanças que precisamos.
Posted on: Tue, 15 Oct 2013 03:01:43 +0000
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