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CARTA À MERULA Carta à sra. Merula Steagall, Presidenta da Abrale, Associação Brasileira de Leucemia e Linfoma, Maior ONG Brasileira na Luta Pelos Direitos das Crianças Portadoras de Leucemia, a Cerca de seu Silêncio ante a Instituição da Portaria N° 844, Maior Causa de Morte Entre as Crianças Brasileiras Portadoras de Leucemia. Caríssima Merula, Quantos anos se passaram, quantas coisas ocorreram ao longo destes anos que nos separam do dia 3 de outubro de 2011, dia em que, após ser absolvido em um processo de cárcere privado, em que tentei negociar, com a Secretaria de Segurança do Estado da Bahia, a transferência de minha sobrinha portadora de leucemia para o Hospital Sírio-Libanês, citei o seu nome, em entrevista ao Bergisch Gladbach On Line, em homenagem aos seus preciosos serviços prestados aos pacientes onco-hematológicos de todo o Brasil. Te conheci no tempestuoso ano de 2006, via internet, quando pesquisava, navegando como um marinheiro prisioneiro em um barco à deriva, uma solução para o maior problema que me afligia à época: um transplante de medula óssea para a minha sobrinha Evelyn, uma princesinha linda de apenas 3 aninhos de idade que sofria nas garras cruéis de dois monstros terríveis: a leucemia e o descaso criminoso de nosso Estado Suinocrata. Te admirei assim que li sobre sua biografia: uma mulher portadora de talassemia que havia criado uma associação para defender os direitos dos portadores desta doença sanguínea incurável e que havia expandido essa luta em benefício dos portadores de leucemias e linfomas, na luta contra os desmandos de nossa suinocracia. Para que não nos prestemos a equívocos, faço questão de explanar sobre esta minha insólita expressão: suinocracia ou ditadura dos porcos, é a expressão que uso para desvirtuar esta nossa sacrossanta democracia, composta por homens admiráveis, como esse vosso singular amigo, ministro da saúde e genocida, Alexandre Padilha. Antes que a voz de 10 mil idiotas e bajuladores de pessoas abastadas, como vós, se ergam em uníssono em apoio ao teu direito de teres por amigo quem quiseres, cara Merula, em detrimento da seriedade e profundidade irrefutável de minhas acusações, faço questão de salientar que esta vossa amizade com o nosso ministro genocida é anacrônica e simplesmente extravagante, imoral e mortal, em detrimento das crianças brasileiras portadoras de leucemia. Não tenho nada a ver com tuas amizades ou teus ídolos. Sou um homem inteligente e razoavelmente culto para respeitar o direito de teres amizade com quem quiseres. O problema em questão não é com quem tens amizades, mas o produto final de tais laços afetivos. O produto desta vossa amizade e admiração por este nosso genocida – este vosso silêncio calculado - tem aberto, a golpes de machado, chagas irreversíveis, incuráveis, nos corpinhos frágeis, seviciados, de nossas crianças brasileiras portadoras de leucemia e outros cânceres cujo tratamento é passível de transplante de medula óssea. (...) Por seres quem és, presidenta da Abrale, maior ONG do Brasil na representação dos direitos dos pacientes onco-hematológicos, e, principalmente, por te manteres calada ante a maior violação aos direitos destes pacientes em toda a história do Brasil, fica mais do que claro que tua relação com o ministro Alexandre Padilha é mais do que incestuosa... Sei que não és a única, mas sei que és a principal, por conta do cargo que ocupas. Merula!, como foi triste, para mim, ao ser informado da vigência da Portaria n° 844!!! Assim que me deparei com esta aberração jurídica, comecei a varrer a Internet, esperançoso, acreditando que encontraria, ou no site da Abrale ou em qualquer entrevista, sua indignação contra a assinatura desta sentença de morte contra a nossa infância brasileira, maior vítima da leucemia e da portaria bestial do ministro-monstro, Alexandre Padilha. Durante dias e meses percorri centenas de sites, à procura de uma entrevista sua, da dra. Carmen Vergueiro, dra. Juliana Venâncio Pereira, da Ameo, da dra., Lúcia Silla, presidenta da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, a do ex-presidente da SBTMO, dr Frederico Dulley, do Dr. Cármino de Souza, presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, do dr. Nelson Hamerschlak, da dra Yana Novis e de todas as outras meninas e meninos mudos de nossa onco-hematologia brasileira. Como foi triste ter meus pedidos de amizade no Facebook negados, por você, querida amiga, e por cada uma destas pessoas citadas e tantas outras da área de onco-hematologia. (...) (...) Ao invés de encontrar algo concreto teu contra a portaria, achei no site da Abrale teu encontro com Alexandre Padilha, em Brasília, no dia 8 de agosto de 2012, em que você entregou, toda sorridente e no ápice de um orgasmo social - tua satisfação em tirar uma foto com um ministro de Estado, o maior violador dos direitos das crianças portadoras de câncer brasileiras é visível na fotografia - o Manifesto do NAT, algo muito importante, a meu ver, para o progresso do tratamento onco-hematológico brasileiro, mas não tão importante quanto o assunto Portaria n° 844, o qual, calculadamente, destes como inexistente. Sei que tens uma grande história na onco-hematologia brasileira, e, por conta disso, muitos de teus sectários te defenderão, mas, desde já, desafio a cada um de teus defensores a contestarem, juridicamente, cada uma de minhas palavras. Artigo 13, Código Penal Brasileiro: "O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou OMISSÃO sem a qual o resultado não teria ocorrido." Depois da ação, cara Merula, a OMISSÃO é o segundo fator determinante para a perpetração de uma barbárie. (...) (...) Li, no decorrer destas minhas investigações, uma entrevista tua à revista Pequenas Empresas Grandes Negócios, do mês de outubro de 2009, uma frase que me causou calafrios: "Sempre gostei de negociar. Agora, em vez de garrafas térmicas, negocio vidas." Diante da evidência de tais circunstâncias, eu diria, sem titubear, que você negocia mortes. Negociaste com o ministro Padilha o teu silêncio neste holocausto. Que vergonha, senhora mercadora da morte! (...) Hoje pela manhã – há alguns dias me mantenho afastado da internet, por razões profissionais – recebi uma mensagem de minha amiga e companheira de luta no Movimento Evelyn Sousa da Silva, Jacklena Montenegro, que me causou um asco insuportável: o anúncio da participação do ministro Alexandre Padilha como principal palestrante no VIII Congresso Brasileiro de Onco-Hematologia, a cerca dos Direitos dos Pacientes Portadores de Câncer!!! Que vergonha, Merula! Terias coragem de participar de tal espetáculo?! Assim que li esta mensagem, me senti afrontado, como homem, como ser humano. Que tipo de gente é a brasileira? Adornamos púlpitos para que assassinos deem palestras! Deus!, quantos assassinos reunidos para falar dos direitos das crianças portadoras de leucemia!!! Quantas crianças tiveram suas chances de vida covardemente subtraídas pela portaria n° 844 e pelo silêncio de cada um de vocês, ASSASSINOS????????!!!!!!!!!! Quantas crianças brasileiras morrerão por terem seu direito ao transplante de medula óssea covardemente ceifados por vocês, ao longo destes dois dias em que vocês estarão reunidos no Sírio-Libanês, palestrando, cobertos de sangue e de secreções purulentas das vítimas infantis deste covarde holocausto, sobre os direitos dos mortos??????!!!!!!!!!!!!!!! ASSASSINOS!!!!!!!! VAMOS DERRUBAR ESTA PORTARIA ANTES DO FINAL DESTE ANO, COMO PROMETIDO. POR VIVERMOS NUM PAÍS EM QUE O POVO SE CALA COVARDEMENTE ANTE A VIOLAÇÃO, O ESTUPRO DE SUA PRÓPRIA INFÂNCIA, SABEMOS QUE NENHUM DE VOCÊS SERÃO PUNIDOS JURIDICAMENTE. MAS, POR DEUS!, ESTEJAM CERTOS DE QUE OS NOMES DE CADA UM DE VOCÊS ENTRARÃO PARA A HISTÓRIA DA ONCO-HEMATOLOGIA BRASILEIRA COMO MONSTROS COVARDES E CRUÉIS. NÃO PERMITIREI QUE ASSASSINOS SEJAM TRANSFORMADOS EM HERÓIS. Sincera e envergonhadamente, Ivo Sotn - Movimento Evelyn Sousa da Silva.
Posted on: Fri, 07 Jun 2013 11:44:56 +0000

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