COMO CONTROLAR NOSSAS EMOÇÕES E USAR A FORÇA DA EMOTIVIDADE A - TopicsExpress



          

COMO CONTROLAR NOSSAS EMOÇÕES E USAR A FORÇA DA EMOTIVIDADE A NOSSO FAVOR? Segundo Chaplin em sua obra “O Grande Ditador”: A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo muralhas do ódio, e tem feito marchar a passos de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina que produz em abundância, tem nos deixado na penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos, nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem estas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido. Emotividade é a capacidade que possuímos não só de sentir acontecimentos, situações e fatos que ocorrem em nossa vida, mas também de reagir a eles. Assim, pode-se dizer que o Ser Humano tem a capacidade de se emocionar, porém há diferenças na intensidade com que cada um “sente as emoções. O fato é que possuímos diferentes graus de emotividade : uns são mais emotivos e outros menos, mas a capacidade de se emocionar faz parte do “temperamento” de cada um, sendo um dos elementos que compõem nossa “lente interior”. Sentir e Expressar EMOÇÕES seria a mesma coisa ? A emotividade é fisicamente sentida pela pessoa, podendo ou não ser expressada em: palavras, gestos, fisionomias. Uma pessoa pode “sentir” fisicamente essa energia através de alterações nos batimentos cardíacos, respiração alterada, cor e temperatura de pele, tom de voz e até mesmo chegar a alterações metabólicas (dependendo do grau de intensidade), como: náuseas, tonturas, dores abdominais, de cabeça, etc. A pessoa muito emotiva pode ser comparada a uma bomba atômica ambulante que pode explodir a qualquer momento, por meio de sua impulsividade. O excesso de emotividade leva muitos a tomar atitudes sem pensar nas consequências, podendo se arrepender depois. Já a pessoa com “baixa emotividade”, pode ser até classificada como sendo fria e insensível, por não se envolver tanto com coisas que não lhe interessa. O ideal é buscarmos o “equilíbrio”, conseguindo encontrar formas de controlar nossas emoções, usando a força da emotividade a nosso favor, de forma saudável e positiva, pois ela é a força do motor do barco de nossa vida”! Por isso, devemos acioná-la, mas também controlá-la para que atinjamos nossos ideais.É como uma pedra preciosa que precisa ser lapidada com cuidado e carinho. Este final de milênio ficou marcado, por extraordinárias descobertas, que identificam no homem as chamadas “múltiplas inteligências”- que revelaram um “novo homem”- com as “inteligências emocionais” que, se conhecidas e treinadas, podem levá-lo a superar limitações antes consideradas impossíveis, imutáveis, estáticas. Segundo Celso Antunes (2002) o temperamento não é destino, por isso podemos construir novos “valores e estímulos” em nossa personalidade. É importante que haja a ampliação : da autoestima, da administração das emoções e da empatia nos níveis de relacionamento. As inteligências emocionais estão presentes em nosso cérebro e estudos feitos, demonstraram que acidentes com traumatismos cranianos, ou derrames cerebrais, podem afetar funções da ação e da inteligência, dependendo da parte do cérebro afetada (lesionada). Um exemplo disso foi o de “Phineas Gage”, que há cerca de cento e cinquenta anos, foi vítima de um acidente de trabalho, o qual somente agora pôde ser compreendido. Phineas Gage era operário de uma construção de ferrovias nos EUA e certo dia, ao pisar acidentalmente numa porção de explosivos, usada para dinamitar rochas, provocar a impulsão de uma barra metálica de três centímetros de diâmetro que, atirada ao ar, atravessou sua cabeça na parte “média de seu lobo frontal”. Porém, por incrível que pareça, ele resistiu e foi levado a um hospital, onde pôde ter a barra extraída de sua cabeça. Naturalmente, teve muitos ferimentos, muitos estragos, porém nada vital. Depois de um tempo, recuperou-se e voltou a trabalhar, mas algo de estranho havia acontecido com Phineas, ou seja, ele que sempre fora um cara legal, muito educado, amigo de todos, ótimo papo e muito bem humorado; acabou por tornar-se : prepotente, estúpido, agressivo, irreverente, desonesto, arrogante – características impossíveis de serem percebidas em seu temperamento, antes do acidente. Durante muito tempo, neurologistas e psicólogos perguntavam-se :O que teria feito Phineas mudar tanto, sem estabelecer relação alguma com o acidente e seu antigo temperamento ? Recentemente, uma neurologista portuguesa Hanna Damásio, revendo fotos do cérebro de Phineas – guardadas no Museu da Universidade de Harward , nos EUA –aliada a novos avanços tecnológicos, promover uma verdadeira autópsia digital nessas fotos, descobrindo que a barra atravessou e provavelmente arrancou uma pequena parte da massa encefálica, localizada exatamente no ponto onde ficam as inteligências emocionais. Nesta parte do cérebro existem dois setores diferentes, ligados entre si, com conexões de neurônios : uma guarda a inteligência espacial e o outro, guarda o ponto onde se processam as emoções. Com essa perda, Phineas deixou de ser a pessoa que era, pois suas emoções foram violentamente afetadas – não pela recordação do acidente, mas por perder uma pequena parte de seu corpo, responsável pelo sentimento de afeto, estima, respeito, ética e assim por diante. Diante do até aqui exposto, desnecessário aqui dizer o quanto essa pesquisa ajudou a analisar anomalias semelhantes, encontradas no cérebro de: assassinos, prisioneiros, estupradores, etc. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Considera-se assim, de suma importância para o Ser Humano, que desde muito cedo, a criança receba os primeiros contatos educativos com a mãe, para que se organize num esquema corporal adequado e suficiente. Tal esquema refere-se à introjeção, à incorporação, ao adentramento da figura materna (corpo e rosto) - sendo o “imprinting” da configuração, do gestalt materno no cérebro infantil. A sensação de gratificação mútua entre mãe e “feto”, desde o início da gravidez; aquela linguagem doce – que demonstra e manifesta um extravasamento de carinho, amor e calor humano, de ternura que invade o “feto” inteiramente, preparando-o para vivências futuras, para ser um indivíduo melhor no futuro, mais reconciliado com a realidade humana de quem se pode esperar algo mais, ajudando-o transformar-se num Humano melhor e a encontrar-se consigo mesmo por toda a vida. Talvez a missão ou tarefa mais difícil que a vida impõe ao ser humano seja a árdua tarefa de cada um “CONVIVER” consigo mesmo. Isso fica claro quando observamos os sites de relacionamentos superlotados de “amigos” ou a grande quantidade de pessoas com dificuldades de relacionamentos reais duradouros, dando preferência aos chamados “virtuais”. O fato é que mesmo sem que tenhamos passado por nenhum tipo de acidente físico, podemos observar o fato de que cada vez menos temos contatos reais. Além disso, há pesquisas que também mostram como nossos jovens tem-se tornado cada vez mais agressivos e aparentemente “menos” afetivos. Deixo aqui algumas inquietações aos leitores: A que devemos atribuir esse distanciamento entre os SERES, tornando cada vez mais as relações afetivas meros “adicionamentos ou cutucadas” virtuais? Onde foi que deixamos a essência de SER HUMANO esquecida em nossos lares, escolas e sociedade como um todo?. Nesse sentido acredito na afirmação de que a melhor caridade não é a que se faz por substitutos, mas cabe a cada SER HUMANO executá-la por SI e para SI mesmo. Urge a necessidade de cada um resgatar o que ainda sobrou dentro de si e de seus círculos relacionais de real e verdadeiro enquanto essencialmente SER e HUMANO - intelectualizado sim, mas sobretudo, solidário, afetivo e sensível ao OUTRO SER. Para encerrar aqui esses questionamentos, talvez também devêssemos repensar o que Shakspeare muito bem registrou: Por querer o melhor, freqüentemente estragamos o bom, ou é comum perder-se o bom, por querer o melhor. Luciene Martins Tanaka
Posted on: Sat, 09 Nov 2013 11:42:59 +0000

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