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CONFIRA A REPORTAGEM DO GLOBO REPÓRTER SOBRE O FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILLE Maior festival de dança do mundo ocorre na cidade de Joinville. Cerca de 6.5 mil estudantes e profissionais de todo o país vão para o lugar em peregrinação. São 11 dias de devoção à dança. Este ano, o pátio da Penitenciária de Joinville também virou palco. Cidade dos príncipes, das flores, das bicicletas. A maior cidade de Santa Catarina tem muitos apelidos. Mas se há um que define Joinville é o de cidade da dança. Para o pessoal mostrado em vídeo, dançar é como uma religião. E Joinville é uma espécie de meca. Seis mil e quinhentos estudantes e profissionais de todo o país vão para o lugar em peregrinação. É o maior festival do mundo em número de participantes. São 11 dias de devoção à dança. “Aqui a gente respira dança, está conversando sobre dança, é uma experiência sensacional, extremamente sensacional”,descreve Jonathan Ferreira Silva, dançarino. É uma maratona de apresentações, com coreografias para todos os gostos. Cada noite com seu estilo. O que há de melhor na dança está na mostra competitiva do festival. E para estar nela, vale qualquer esforço. Posição: goleiro. Time: Palmeiras. Técnico: o pai. Você deve estar se peguntando: o que isso tem a ver com a dança? Com o Festival de Joinville? Mas tem sim. Porque um dia, o Vítor viu Michael Jackson dançar. “Eu me encantei com os paços do Michael Jackson, aí eu comecei a copiá-lo no meu quarto, escondido, mas o difícil foi contar pro meu pai que eu desisti do sonho do futebol pra ir pro sonho da dança", conta João Vítor, dançarino de 14 anos. "Fiquei chateado no começo, porque pensei que fosse ter um grande goleiro na família", lembra Edi Palmas, pai de João Vítor, que ganhou um dançarino de seleção. Quer dizer, selecionado pro festival. Antes da apresentação, muita ansiedade. E lá vai Vítor, 14 anos, para seu batismo no palco de Joinville. Se apresentar no palco imenso de Joinville é o sonho de todos que amam e vivem para a dança. A grandeza do Festival de Joinville também tem relação com abraçar a diversidade: balé clássico de repertório, balé clássico moderno, dança contemporänea, jazz, danças populares, sapateado, danças urbanas. Nenhum outro festival no mundo joga luzes sobre tantos estilos de dança. Nenhum outro festival é tão generoso com a plateia. Há também um festival de emoções que acontece longe dos olhos do público. Tensão, expectativa, concentração, lágrimas. No palco, tudo isso vira descarga de adrenalina. Ou a mais pura suavidade. A participação especial de grandes nomes é uma das marcas do festival. Veja em vídeo o Ballet Nacional do Uruguai, a companhia convidada para a abertura. O grande nome, no caso, é o do diretor da companhia: Julio Bocca, argentino, um dos maiores bailarinos do século XX. "Para nós, esta apresentação é uma grande responsabilidade, porque o público já ouviu falar do nosso trabalho e também porque é a noite de abertura. Então, todos os olhos estarão voltados para o festival", diz Julio. E três brasileiros estavam no palco: Tauler, Renata e Fábio foram revelados no festival. “A gente já está contente de trabalhar com uma estrela como o Julio Bocca e de dançar as obras que a gente está dançando”, diz Fábio dos Santos, bailarino. Sonhos estão sempre nascendo. Por isso, o festival também dá espaço para as crianças. Depois de mais de 30 anos revelando talentos, o festival tem até uma calçada da fama. Mayara Magri é uma estrela da novíssima geração do balé. Só 19 anos e já brilha nos palcos do mundo. E tudo começou com uma vitória em Joinville. “Eu não poderia agradecer mais ao Festival de Dança de Joinville, por ter proporcionado isso pra mim”, diz Mayara Magri, bailarina do Royal Ballet. O talento levou a menina carioca, na pontinha dos pés, até o Royal Ballet de Londres, uma das mais prestigiadas companhias do mundo. Ao aplauso e ao reconhecimento do público. Mas nem tudo é glamour para quem escolhe a estrada da dança. Boa parte dos bailarinos fica alojada em escolas. Em uma sala, fica alojada o grupo que veio de longe para participar do Festival de Joinville, da cidade de Colinas, norte de Tocantins. Eles dormem em colchão, mas tomam café da manhã, almoçam e jantam fora. Mas ninguém reclama. Lona na praça, circo da dança. O Festival de Joinville é democrático. São 15 palcos alternativos espalhados pela cidade. Você gosta de dança? É só entrar. Não conhece e quer aprender como é? Entra também. Os espetáculos são todos de graça. Este ano, até quem perdeu o direito de ir e vir participou da festa. O pátio da Penitenciária de Joinville também virou palco. “É uma dança que a gente nunca viu, é uma dança diferente. Bastante legal mesmo”, diz o presidiário Alison Santana Amaral. “Eu acho que eles se identificaram com o hip hop, se identificaram bastante com a dança de rua. Eu acho que é mais a característica deles. E na apresentação eles gostaram muito, porque a gente trouxe um pouquinho de brake, um pouquinho de acrobacias e é o que o pessoal gosta de ver”, conta o bailarino Jackson Pinheiro. Esta é a magia da dança. E quem é tocado por ela sente o doce sabor da liberdade. Fonte: G1 - Globo Repórter g1.globo/globo-reporter/noticia/2013/07/maior-festival-de-danca-do-mundo-ocorre-na-cidade-de-joinville.html
Posted on: Sun, 28 Jul 2013 16:37:32 +0000

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