CRITICAR OU FAZER: O QUE É MAIS FÁCIL? Todos nós já passamos por situações em que fomos criticados. Todos nós também já criticamos. Criticar é emitir um juízo sobre algo, julgar, por vezes condenar ou não. Ter uma opinião sobre um fato, uma situação, algo que aconteceu a partir do nosso situar no mundo. A crítica tem por base uma compreensão e visão que temos do fato ao qual emitimos juízo. Também, não podemos negar, existem pessoas que criticam motivadas por sentimentos doentios como o ciúme, inveja, a raiva, por serem mal amadas, enfim por sentimentos negativos. Ainda há aqueles, que em minoria que não criticam, ou que são mais prudentes. Nem Jesus escapou da crítica dos fariseus e dos doutores da lei. Ele sabia que “buscar a ovelha perdida” fazia parte da sua missão. Ele veio para salvar todos. E nestes todos também estão pecadores e fariseus. A crítica pode ser benéfica ou maléfica. Outro dia escutei uma frase muito sábia dita pelo atual prefeito lá da minha cidade, Cruzeiro do Sul, o Sr. José Iran Maria: “- admiro aqueles que nos criticam. Eles nos ensinam onde podemos ser melhores.” Nunca mais esqueci esta frase. Quando alguém nos critica com a intenção de ajudar devemos agradecer. Obrigado por você me mostrar onde eu poderia ter melhorado. Revela gesto de entreajuda e zelo pelas mesmas coisas ou trabalho em equipe. Crescemos com critica e assim nós e os outros saímos ganhando. Olhando agora numa outra perspectiva existem os que criticam para destruir, ofender, magoar, prejudicar a pessoa e não ajudam a construir. Valem-se da autoridade, da sua formação, de uma arrogância que os coloca como superiores ou que os faz achar que são donos da verdade. São do tipo que falam, escrevem, inventam e divulgam opiniões para destruir o que outros fazem. Com isso acabam se prejudicando e também prejudicando a muitas pessoas. Revelam um sentimento doentio de inveja e ciúme. São motivados pelo seguinte pensamento: - eu teria vontade em fazer. Como eu não tive coragem ou iniciativa critico o que outro fez e que eu gostaria ter feito. Ilustrando o que eu estava escrevendo acima vou citar alguns exemplos. Numa comunidade assume uma diretoria nova. Eles se mobilizam e fazem uma obra, decidida em reunião, que vai reverter para o bem de todos. Quantas vezes o pessoal da diretoria anterior critica o que foi feito. Pergunto: porque não fizeram se tiveram as mesmas condições. Alguém da comunidade é músico e lança um CD. Muitos criticam músicas, letra, harmonia e musicalidade. Pergunto: se é tão fácil fazer certo, por que você não fez? Alguém cria algo diferente, por exemplo, blog, programa de rádio, algum invento, roupa, corte de cabelo, produto novo de limpeza, comida e vários criticam. Pergunto: será que não tinham condições para fazer da mesma maneira ou é o tal do ciúme, da inveja, e da raiva que dizem: - mas eu queria estar no lugar dele? Pior quando tem pessoas que são tão idiotas que sempre culpam fatores terceiros para justificar sua falta de iniciativa e empenho. São do tipo que falam: - mas este tem sorte. Eu queria ter a sorte dessa pessoa. E onde está o esforço e os méritos de quem conseguiu? Horas de trabalho, estudo, esforço, iniciativas,pensamento, dedicação enquanto neste mesmo tempo o que critica ficava tomando mate, na frente da TV, passeando, “na moita”, na internet, namorando, se divertindo, enfim ocupando-se com coisas secundárias. O pior das críticas negativas é que muitas vezes anulam-se sonhos de pessoas e cortam-se iniciativas. Deste jeito pessoas ficam desgostosas, escondem o talento que tem e talvez nunca mais se animem a fazer nada para os outros. Nas comunidades se perdem lideranças e cooperadores. Porque eu vou fazer se cada vez que eu procuro fazer algo diferente sou criticado. Cá entre nós pelos chamados “estraga prazer” que sentem muita inveja e ciúme de quem faz. Jesus não foi buscar a ovelha perdida porque ela tinha tanta importância quanto às noventa e nove? Se ele foi, sua atitude revela uma grande preocupa em zelar pelas coisas do Reino. Em poder contar com 100% daqueles pelos quais ele é responsável. Seria muito mais fácil ter culpado a ovelha pelo seu extravio e deixar ela longe do que ir buscá-la, mas não teria sido correto. Nós temos a preocupação em ter 100% ou fizemos um “gritedo” que espantamos aos outras noventa e tantas? Creio que eu, você devemos nos treinar para criticar com intenção de ajudar. Dizer as coisas para a pessoa com jeito e delicadeza não para machucá-la, não para condená-la pelo que fez, mas para que ela seja melhor. Motivar-nos por sentimentos como a compaixão que ensina a colocar-nos no lugar da outra pessoa. Dar valor o que ela fez motivada por uma idéia boa. Não devemos incorporar o espírito de que tudo que é feito por meus adversários ou aqueles com os quais não simpatizo é algo ruim. Concluo com mais outro pensamento do qual não sei a autoria. Diz assim: “Se você veio criticar o que foi devia ter estado aqui antes de fazer”. Assinado – aquele que fez quando ninguém sabia como fazer.
Posted on: Tue, 25 Jun 2013 16:11:11 +0000