Campinas é 10ª do País em serviços públicos Cidade, porém, - TopicsExpress



          

Campinas é 10ª do País em serviços públicos Cidade, porém, derrapa na área da mobilidade, em que é a 66ª segundo levantamento da Marplan Campinas é a décima melhor cidade com mais de 250 mil habitantes em oferta de serviços públicos, segundo a pesquisa Desafios da Gestão Pública Municipal, feita pela consultoria Macroplan. Mas isso não quer dizer que deve ser olhada como modelo por estar no topo do ranking. Quando se trata de mobilidade, por exemplo, Campinas vai do céu ao inferno com muita rapidez. A cidade tem a terceira melhor oferta de transporte coletivo, mas cai para o 18 lugar na relação entre ônibus e automóvel e não é surpresa que, com mais carros nas ruas, seja a 66 cidade onde as pessoas perdem mais tempo para ir de casa ao trabalho. Segundo a pesquisa, 52,71% dos moradores levam menos de uma hora por dia nos percursos de ida e volta ao trabalho — em São Paulo, símbolo do caos da mobilidade, 33,6% demoram menos de uma hora, o que coloca a capital paulista no 95 lugar. A pior cidade nesse item é a mineira Ribeirão das Neves, onde somente 26,5% gastam menos de uma hora no percurso, porque a maioria tem como local de trabalho Belo Horizonte. Com a oitava melhor remuneração mensal por habitante — salário de R$ 2,5 mil — e os incentivos governamentais, como a isenção do IPI, a frota de carro cresceu tanto que os congestionamentos já estão integrados à rotina urbana. “Se não houver uma mudança no modal de transporte, que agregue rapidez e pontualidade e uma interferência rápida no uso e ocupação do solo para privilegiar o adensamento urbano, Campinas terá muita dificuldade em mobilidade em pouco tempo”, afirmou o consultor em planejamento urbano, Gustavo Picci. Para ele, as grandes cidades como Campinas terão que adotar sistemas de transportes sobre trilhos. Nas maiores cidades brasileiras, metade da população perde ao menos uma hora por dia nos percursos de ida e volta de casa para o trabalho. E 17% das pessoas consomem 2 horas no vaivém. Isso ocorre, segundo o economista Gustavo Morelli, coordenador do estudo, por falta de planejamento. “No Brasil, a regra é o prefeito pautar a administração por obras. Sem planejamento, a agenda tende à dispersão.” Para melhorar a mobilidade em Campinas, o prefeito Jonas Donizette (PSB) levou para Brasília pedido de R$ 1,094 bilhão para a construção de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e R$ 25 milhões para a construção de vias nos bairros Taquaral, Jardim Chapadão, Jardim Quarto Centenário e Jardim Eulina. Caso o projeto seja aprovado, o corredor VLT terá 17 estações, uma estação terminal (no aeroporto) e uma estação de transferência. A intenção é que estejam em um intervalo máximo de 700 metros. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) federal investe atualmente R$ 340 milhões em Campinas. A verba é utilizada para projetar a implantação de corredoresde ônibus rápidos, os BRTs. Em Campinas, a frota de carro cresceu mais que a de ônibus. A referência internacional é Bogotá, na Colômbia, segundo o Banco Mundial. Lá há 394 habitantes por ônibus; Campinas tem 126,73 habitantes por ônibus O caso mais bem-sucedido de planejamento do transporte público nas grandes cidades brasileiras é o de Curitiba, segundo a pesquisa. A capital paranaense foi a primeira do mundo a adotar os ônibus rápidos em linhas exclusivas. Curitiba é ainda a campeã em ônibus acessíveis a cadeirantes: nove em cada dez coletivos curitibanos têm acesso especial. Indicadores Dois indicadores colocaram Campinas no topo do ranking em oferta de serviços: a mortalidade infantil, como uma taxa de 9,16 mortos por mil nascidos vivos e o Índice de Desenvolvimento do SUS, IDSUS, com a nota 6,41. Na mortalidade infantil, Campinas está na 11 posição e no IDSUS, em 13. A cidade só não está melhor posição por causa do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) que avalia três áreas de desenvolvimento — emprego e renda, educação e saúde. Com nota de 0,585, Campinas surge em 70 lugar. Campinas aparece na pesquisa em 30 lugar na taxa anual de homicídios, com 17,78 mortes por 100 mil moradores, superior ao considerado tolerável pela Organização Mundial de Saúde, de dez para cada 100 mil habitantes. Do grupo de municípios avaliados no estudo, apenas oito — dos quais nenhum é capital — têm taxa anual de homicídios menor que dez. correio.rac.br/_conteudo/2013/09/capa/campinas_e_rmc/97024-campinas-e-10-do-pais-em-servicos-publicos.html
Posted on: Thu, 05 Sep 2013 16:20:06 +0000

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