Capítulo 3 (Parte 33) Depois de muito irritar Rober e Dagmar, - TopicsExpress



          

Capítulo 3 (Parte 33) Depois de muito irritar Rober e Dagmar, Luan consegue com que o levem até o AP de Vanessa, mais com uma condição imposta por Dag, tinha hora pra voltar. As vezes odiava ser tratado como criança. Mais sempre perdia no final mas dessa vez foi diferente. Estava cansado de Dag controlar, tinha vontade de jogar tudo pro alto, fazer o que tem vontade, mais sempre tinha a voz da razão por trás disso tudo, ele tinha feito uma escolha, decidiu ter essa vida, não se arrependia, mais as vezes se tornava sufocante. Vanessa estava muito cansada, não entendia porque tinha tomado aquela atitude, mais de uma coisa tinha certeza, Luan chegaria dali a minutos, sabia da sua pontualidade. E no fim das contas, queria aquilo, queria que ele viesse, queria ele perto. Estava com um vestido de tecido leve, florido em formas pequenas, e uma sandália de dedo, bem a vontade, não mentiu quando disse que comeriam comida de geladeira, mais tinha tratado de ligar para um restaurante e pediu a comida. Chegaria quente e a tempo. Vanessa estava sentada, foleando uma revista até toca a campainha, ela já tinha liberado sua entrada na portaria, o prédio era reservado, não teria problemas. O toque era suave mais urgente, arruma os cabelos e vai até a porta. E lá estava ele, bermuda, camisa em “V”, boné, estava bem esportivo, ideal para o Rio, e diferente para um “encontro”, ou sair a dois, estava vestido realmente como quem visita a casa de um amigo, como quem se sente a vontade. - Entra. – Sorri. Luan obedece, e observa o apartamento, tinha um cheiro bom, era organizado, e tinha a cara de Vanessa, uma das primeiras coisas a observar é a orquídea, próximo a varanda do apartamento, estava linda, num local visível e bem cuidada. Vanessa percebe que ele a viu, mais não questiona, ele também fica em silêncio. - Bom, vim preparado pra cozinhar, posso? Não estou com vontade de comer comida de microondas. – Pergunta rindo. - J-A-M-A-I-S. Sujar minha cozinha? De forma alguma, já pedi nossa comida. - Pediu? – pergunta. - Claro, já deve tá chegando, e não quer ficar aí em pé, não é verdade? Vem senta. Ou quer conhecer o meu apartamento? - Conhecer e depois sentar.- Fala acompanhando Vanessa pela casa. Vanessa apresenta sua residência. Luan imaginava ela ali, sozinha todas as noites, deveria ser péssimo, mais pensa também que Sorocaba já esteve ali, a sós, com ela. Seus pensamentos aumentam quando vê o seu quarto, imagina os dois ali naquela cama, seria possível? Depois de muitos elogios em relação ao AP, ainda em pé passando pela cozinha os dois conversam. - Você parece cansada, eu não deveria ter vindo. – Luan fala comovido, ela estava mesmo cansada. - Não tá tudo bem, eu te disse que realmente não gosto de dormir, mais meu corpo ainda não entende isso, um dia eu chego lá, sabe, to pensando em começar a fazer alguns shows pra me habituar a essa vida. – Vanessa ri descontraindo Luan que a acompanha. - Pelo menos você canta bem, para de ser boba, você tá morta aí, mal anda. - Nem tanto tá? Mais você consegue, nem parece estar cansado. – Fala indignada. - Anos de prática, e mesmo cansado, eu dormi muito bem ontem. – A olha, ela entende o que quis dizer. - É...quer comer alguma coisa? Antes do jantar? Minha cozinha tem comida tá? Apenas é proibido fazê-las nela. – Vanessa ri mudando de assunto. - Eu, posso abrir a geladeira? – Luan pergunta duvidando do que ela falava, fazendo teatro. - Fique a vontade. – Ele caminha e ela o segue, abre devagar. – Nossa! – Fala maravilhado. - O que foi? Não acreditou que tinha comida de verdade? Muita besteira aí não é? – Pergunta envergonhada. - Isso é a geladeira dos meus sonhos, doce, doce e mais doce. Vanessa ri alto. – Sinta-se a vontade então, toda sua. - A Thalyta vai me matar, comer isso tudo é perder meses de academia, mais vou fazer esse sacrifício. - Thalyta? – Pergunta Vanessa. - Minha personal. - Ah tá expliclado. - Explicado o quê? - Você mais magro. – Vanessa ri, estava muito a vontade com Luan. - Hey! Eu sempre gostei de mim tá? Gordo como minhas fãs chamam, mais agora eu to ficando gostoso. – Luan ri. - Ah tá! - Ria alto – entendi, gostoso? Hum rum. – Vanessa observava Luan, ele estava lindo, seu corpo mais definido, realmente ele estava ficando mais...- balança a cabeça apagando os pensamentos e olha Luan que começa a tirar as coisas e a comer, parecia que não faia isso a anos, Vanessa o acompanha. Mais para quando Luan fala. - Posso perguntar uma coisa? - Duas. – Fala comendo. - Você não está incomodada comigo aqui? Fala a verdade, está se sentindo bem? Se é que me entende. - Você está se sentindo bem aqui? Comigo? – Rebate. - Sim, principalmente depois de ontem, me sinto muito a vontade, é como se nada tivesse acontecido. – Fala em duvida do que ela pode achar. - Digo o mesmo, amigos lembra? - Sim, eu propus isso. – Ele ri. – Mais de verdade, é estranho não é? - O que? Tudo que a gente viveu? E hoje estarmos assim? É sim isso é lógico. – ri. - Tá vendo? - Acho que foi ontem...- pensa. - Ontem? – Luan fica curioso. - É, eu tinha uma professora de Psicologia... - Lá vem teoria. – Vanessa o lha feio – parei. - Ela dizia que ela dizia que a mente humana é um computador, armazena tudo, só que não podemos deletar, mais existem situações que acontecem que de certa forma, algumas acabam indo pra lixeira. - Então esqueceu? De verdade? - Não, isso ainda não impede delas estarem lá, entraram num esqueciemento, adormecem no momento e e não quero acordá-las. Apenas não queria perder você daquela forma, sem estar aqui com você mais uma vez e tentar fazer isso que estamos agora, é bem melhor assim não é? - Certeza. – Fala com um tom decepcionado – Posso perguntar outra coisa? - Eu disse que eram duas não foi? - Você e o Sorocaba...- Vanessa estremece – continuam se vendo? Não dá rodeios para responder: - Não, já faz um tempo que não nos falamos. – Fala triste. Luan fica alegre mais não demonstra percebe que ela está decepcionada. - E você está mal por isso? – tenta confortá-la. - Sim, a culpa em parte é minha, não nos falamos desde seu último show aqui, que saiu toda aquela matéria, foto, enfim, eu fui chamada atenção no trabalho e liguei exaltada pra ele dizendo que era melhor não nos vermos mais. E estamos assim até hoje. Luan começava a enteder o que Bruna tinha falado sobre isso. - Você está triste? Gosta dele não é? - Ele é meu amigo. – Fala lembrando o quanto ele a ajudou. - Ele também te ama. - Eu sei, e isso não é bom, mas precisamos ficar assim, por um tempo. - Espero que essa situação se resolva. – Luan era sincero, não forçava nada. Vai sim, com o tempo, olhe pra nós? – Dá como exemplo, a campainha toca – deve ser nossa comida. – Levanta e vai buscar. Luan percebe, ela gostava dele, talvez o amasse e estava sofrendo por isso, pela distância, quer queira, quer não ele a ajudou muito, os dois tinham um laço forte, independentemente desse triângulo, dois homens apaixonados pela mesma mulher e ela dividida, era fácil de enchergar, era fácil se apaixonar por ela. Luan sente pena do “amigo” e “rival” a culpa não era dele, se um dia conseguisse voltar pro seu amor, talvez não impedisse uma relação de amizade dos dois, se isso fosse possível, apenas suposições. - Posso perguntar uma coisa? – Dessa vez é Vanessa quem diz. - Duas. – Luan ri. - Como vai você e o Anderson... - Apenas contato profissional, só. – Não conversa muito sobre. - Não se falam? - Não. - Conversam? - Não. - Isso é ruim sabia? - Ele é ruim sabia? - Eu sei, mais...todo mundo merece uma segunda chance, ele..errou, mais veja da forma que ele via a situação. - Você o perduou? – Pergunta curioso. - Em partes, apenas não sinto ódio, rancor, ele é humano, eu sou humana..enfim. - Eu mereço uma segunda chance? – Luan pergunta – desculpe. - Todos merecem, não é a toa que estou aqui, com você. O ódio só faz mal pra quem sente, e o Anderson, está sentindo isso na pele. É só uma dica, uma opinião minha, sei lá. - Isso é impossível. – Luan desacredita. - Não, olhe só para nós, isso era impossível a dois dias atrás? Veja hoje. Luan concorda, ela era diferente, boa demais, e resolvem encerrar o assunto, talvez mudasse em relação a Anderson, talvez, mais se ela pensava assim, porque ele o faria diferente? Vanessa tinha pedido comida japonesa, Luan estava feliz, ela sabia que era sua comida preferida e quis o agradar. Bom sinal. Mais também veio outro tipo de comida, Italiana. - Não vai comer sushi? – Luan pergunta já comendo. Vanessa ri alto e Luan fica sem entender. – Eu odeio comida japonesa. Ele ri também surpreso. – Não acredito! Sério? - Hum rum. E odeio creme de abacate também. – Ri mais ainda. - Sua mentirosa, e eu naquele dia em sua casa jurando que você gostava. – Fala incrédulo. - Minha mãe que gosta, você tava comendo tanto que nem percebeu que eu mal comi, detesto. – Vanessa ria da cara de Luan. - Os opostos se atraem não é? Vanessa fica desconcertada: - É isso que a teoria diz. - E a prática prova. Mais o que é isso? – Olha pra Vanessa pegando um molho e colocando na comida. - Não prove tá? Apenas digo isso. Luan tinha sérios problemas quanto a alguém dizer pra ele não fazer algo, e dá uma garfada da comida de Vanessa. Em segundos Luan levanta e vai direto a cozinha. Ele entende o que ele queria. - Joga fora vai, o lixeiro fica ali. – Vanessa fala enquanto abre a geladeira e pega água, enche um copo rápidamente e entrega a Luan que permanecia de boca aberta, o pega e toma em segundos. Vanessa não agüenta e começa a rir, ri de tal forma que senta no chão, não tinha forças para manter-se em pé. - Pimenta? Você é maluca? – Pega mais água e toma. - Eu...te avisei...pra não comer. – Risos – Sou nordestina poxa, gostamos disso. Bom a maioria pelo menos. Ah eu gosto mais você pegou na parte que tinha mais...- ria – deu no que deu. - Você é maluca, esse trem é muito forte, mais foi engraçado. – Luan também ri da propria situação. Vanessa o acompanha ainda sentada no chão. Luan pega a sua mão e a ajuda a levantar: - Vem, vamos comer. Ficam em pé e de frente um pro outro, não riam mais. Vanessa fica desconcertada e só consegue dizer: - Me desculpe por isso. Vamos continuar a comer? Mais Luan estava inquieto, suava ainda e as bochechas com um leve rosado. - Cla...claro. - Você tá bem? – Pergunta preocupada. - Agora eu entendo porque dizem que pimenta é afrodisíaca. - Vanessa fica sem entender – Calor, eu estou queimando Deus do céu. – Luan tentava fazer com mãos algo que amenizasse essa sensação. Vanessa ria. - Isso é só teoria Luan, quer tirar a camisa? Fique a vontade. - Sério? Você não se incomoda? - De forma alguma – mentia. - Se a Dag estivesse aqui – Fala passando a camisa pela cabeça – ela diria que é falta de educação, certeza. - Mais esquece a Dag Luan, vive! Isso era um conselho? – pensa Luan, mesmo indiretamente, Vanessa devia perceber que Dag as vezes o sufocava, todo mundo percebia afinal. Voltam a comer, foi difícil Vanessa voltar a concentração com Luan, sem camisa bem a sua frente, sim, era um teste de resistênvia, não tinha mensuração de tempo, aquele momento poderia ser eterno que não se dariam conta do restante do mundo, até que o telefone de Luan toca, ele já imaginava o que era. Rober. Já estava na hora de ir embora. - Pede pra ele subir. – Vanessa fala educada. - Não, é melhor eu já ir indo. Obrigada por tudo, até pela pimenta. – Falava enquanto caminhavam desconcertado até a porta Luan botava a camisa. - Ah, me desculpe por isso, de verdade, e...volte, quando sentir vontade. - Sério? - Sim. – Luan a abraça, era um abraço forte, quente, do qual nenhum queria se separar. Mais era necessário, mais uma vez deixá-la. - Estou mais uma vez te deixando, é tão familiar, mais não é como antes. - Não é? - Não, porque eu sei que...iremos nos ver em breve, e tenho isos como certeza - Luan a olha, puxa algo do bolso e a entrega. Vanessa fica sem entender. - Abra apenas quando eu sair. Menina de sol. Era uma carta. Luan a beija na testa, suave e terno vira-se e não diz mais nada, vai embora, falaria tudo através daquele pedaço de papel. CONTINUA...
Posted on: Sun, 25 Aug 2013 18:25:14 +0000

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