Caros amigos Há tempos contaram-me o caso de um impasse entre as - TopicsExpress



          

Caros amigos Há tempos contaram-me o caso de um impasse entre as alegações de defesa e de acusação ocorrida no julgamento de um homem a quem era atribuído um crime muito grave. O Juiz, sábio e experiente, mandou conduzir o réu a seu gabinete para uma entrevista pessoal. Entre perguntas simples e objetivas sobre as acusações que eram feitas ao homem, o magistrado ofereceu-lhe um charuto, o que, prontamente e de bom grado, ele aceitou. Texto completo Texto completo O Juiz, diz a história, deu por encerrada a entrevista e, voltando à Sala do Júri, condenou o acusado! Este fato obviamente é ficção, mas serve ao objetivo de caracterizar a análise do comportamento humano. Na oportunidade em que o criminoso, na condição de réu e sob a pressão de graves acusações, alegadamente falsas, aceita de bom grado a gentileza do principal agente do processo, evidencia-se a falha e o indício de fraude na argumentação da defesa. Um homem honrado e honesto, quando injustiçado, difamado, caluniado e ameaçado em seus direitos não tem outra reação, outra atitude, que não a indignação e, diante desta, não confraterniza com 2 quem o julga, acusa ou dele duvida, pois está diante da ameaça a um valor maior que a liberdade ou que a própria vida! Não sou réu de qualquer acusação, mas faço parte do Exército Brasileiro, uma instituição acusada injustamente de truculência, tortura e desrespeito aos direitos humanos, agredida em sua dignidade com o inconfessável objetivo de desdourar sua imagem diante dos jurados, a opinião pública, e de intimidar qualquer iniciativa sua em defesa da liberdade da nação a que serve! A aceitação passiva dessas acusações, que não visam, absolutamente, aos militares seguidamente nominados e execrados, pública e judicialmente, pelos adversários derrotados, hoje no papel de acusadores e caluniadores, é, para os jurados do tribunal popular, nada mais nem nada menos do que uma clara admissão de culpa! A falácia acusatória e a inversão de valores permitida pela aparente indiferença institucional é que encorajaram até um Ministro de Estado (da Justiça!) a faltar com a verdade e transpor de um lado para outro os objetivos estratégicos do conflito armado que, nos anos 60/70, sangrou irmãos brasileiros, chamando de democratas os que contra a liberdade pegaram em armas e de ditadores os que as usaram para defendê-la! Diante dos “Juízes” da Comissão da Verdade e do “Corpo de Jurados” da Nação, a ausência de uma manifestação de repúdio à alegação de que excessos e arbitrariedades tenham sido cometidos de forma sistemática, generalizada e institucionalizada; a convivência complacente e cordial, não apenas profissional, com os acusadores; a troca de gentilezas, mesmo que efêmeras e formais; a crença em promessas vazias; a aceitação de falsos afagos e de migalhas orçamentárias sem, nem mesmo, o reconhecimento do valor do trabalho pela justa remuneração; antecipam o veredicto de culpado! Este alerta para o equivoco da postura passiva, feito com espírito construtivo, visa a chamar a atenção, a convidar para a meditação e a contribuir para as mudanças de atitudes que vejo necessárias, respeitando e prestigiando os que ainda detêm o Bastão de Comando. 3 Advogo por uma manifestação de repulsa, protesto e de indignação, não prego a rebelião, a quebra da disciplina ou o desrespeito às autoridades constituídas ou às decisões do Comandante, cuja postura reflete e representa, sempre, como aprendemos, sabemos e acreditamos, a posição e os interesses da Força e não os seus próprios, pessoais! As instituições, assim como os homens, vítimas de injustiça e injúria podem e devem conviver em harmonia com quem as julga ou acusa, mas não podem nem devem com eles confraternizar e têm a obrigação de manifestar-se com veemência em defesa da verdade e da sua dignidade, sob pena de serem condenadas, antes mesmo de serem julgadas... No livro “Indignai-vos!”, Stéphane Hessel nos ensina que a pior das atitudes é a indiferença; quando a sociedade, ou uma instituição, assim se comporta, perde o engajamento e a capacidade de se indignar. A Nossa Liberdade A Nossa Liberdade ossa Liberdade (General de Brigada Paulo Chagas) Liberdade para quê? Liberdade para quem? Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar? Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas? Falam de uma “noite” que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 26! Fala-se muito em liberdade! 4 Liberdade que se vê de dentro de casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fumê! Mas, afinal, o que se vê? Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos morros, negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia. Olhando mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos “bullying”, conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas, crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças assassinadas. Da janela dos apartamentos e nas telas das televisões vemos arrastões, bloqueios de ruas e estradas, terras invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos a mão armada. Vivemos em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e sequestros. Uma terra em que a família não é valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros. Mas, afinal, onde é que nós vivemos? Vivemos no país da impunidade onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em herói! Onde bandidos de todos os colarinhos fazem leis para si, organizam “mensalões” e vendem sentenças! Nesta terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos são assaltados e os caixas explodidos. 5 É aqui, na terra da “liberdade”, que encontramos a “cracolândia” e a “robauto”, “dominadas” e vigiadas pela polícia! Vivemos no país da censura velada, do “micro-ondas”, dos toques de recolher, da lei do silêncio e da convivência pacífica do contraventor e com o homem da lei. País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras destruídas e o gado dizimado, sem contar quando destroem pesquisas cientificas de anos, irrecuperáveis! Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê? Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla? Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz? E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem? Quanta falsidade, quanta mentira quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a auto estima e a própria dignidade? Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade? 08 de junho de 2013 6 Nós, do Exército Brasileiro Nós, do Exército Brasileiro (General de Brigada Paulo Chagas) Fomos nós, do Exército Brasileiro que lutamos nos Guararapes contra o invasor holandês, justificados e motivados pelo sentimento de pátria que o amálgama de raças e o amor à terra fazia surgir. Fomos nós que asseguramos a Independência, que lutamos na Cisplatina e que defendemos a honra, os interesses, a soberania e o patrimônio da Pátria nas guerras e conflitos internos que abalaram, ameaçaram e fixaram nossas fronteiras e asseguraram a unidade nacional. Fomos nós que, aliados a antigos adversários, fizemos malograr as intenções expansionistas de Solano Lopes. Somos nós, do Exército Brasileiro, que temos na consciência o peso da participação na derrubada do Império e que conhecemos a responsabilidade que nos cabe na instauração desta República que, até os dias de hoje, envergonha a história política do Brasil. Fomos nós que lutamos em Canudos, no Contestado e na 1ª Grande Guerra Mundial. Fomos nós que, ao morrermos movidos pelos ideais “tenentistas”, escrevemos a epopeia dos “18 do Forte”. Fomos nós, do Exército Brasileiro, que ajudamos a colocar Getúlio no poder e não o impedimos de implantar o Estado Novo. Somos os mesmos que, em 35, sofremos na carne a traição e a agressão assassina de comunistas fardados, falsos camaradas, idiotizados pelo internacionalismo vermelho. Fomos nós que lutamos na Itália e que trouxemos de lá lauréis de bravura e de abnegação que refletem nosso exacerbado amor à liberdade e à justiça. Somos os mesmos, os do Exército Brasileiro, que, em MARÇO DE 1964, assumimos a liderança do clamor popular que repudiava a ameaça comunista que, mais uma vez, nos rondava às escâncaras e à sorrelfa, 7 pregando mentiras e preparando o golpe de morte aos valores pelos quais sangráramos em guerras e revoluções. Fomos nós, do Exército Brasileiro, que lutamos nas matas do Araguaia contra uma guerrilha de lunáticos, preparados por fanáticos da utopia comunista e liderados por falsos profetas que pregavam o ódio e exploravam desigualdades e injustiças que nunca pretenderam ou seriam capazes de corrigir. Somos os mesmos que, atônitos, vimos surgir nos grandes centros a ação deletéria, covarde e assassina de terroristas treinados longe da Pátria que, misturados às próprias vítimas, as usavam como escudo e camuflagem. Aprendemos, não sem perdas e sem o sacrifício de pessoas inocentes, a conhecê-los, a combatê-los e a vencê-los! Fomos nós que, com o espírito aberto e pacificador de Caxias, assistimos ao retorno dos banidos, dos fugitivos da justiça e dos exilados e que, inocentemente, alimentamos a crença de que, anistiados, voltavam ao convívio e ao aconchego da Pátria para ajudar na construção do Brasil livre, desenvolvido e democrático que o desejo da maioria impunha construir. Fomos nós, do Exército Brasileiro, que, como Soldados da Paz, arriscamos nossas vidas na África, no Timor Leste e na Bósnia. Fomos nós que, ao levarmos a paz e a solidariedade ao sofrido povo do Haiti, morremos com ele, soterrados no cumprimento do dever. Fomos nós, do Exército Brasileiro, que conduzimos e executamos as operações que resultaram na retomada de áreas ocupadas por facínoras e traficantes no complexo de favelas do Alemão, devolvendo e assegurando àquelas comunidades os direitos de cidadãos que a covardia, a omissão, os interesses e a conivência de políticos, governantes e até de policiais lhes haviam tirado. Este rápido, superficial e incompleto passeio pela história de nossos feitos, faz ver que nós, do Exército Brasileiro, desde Guararapes até o “Alemão”, carregamos e continuaremos a carregar a herança desses fatos e responsabilidades que não pertencem ao passado ou aos que lá estiveram naqueles momentos, mas a nós todos, soldados de ontem, de 8 hoje e do amanhã, porque é herança de honra, de glória e de responsabilidade! O que está feito não pode ser mudado e pertence a todos nós. Não há como apagar a história nem há como fugir à responsabilidade sem deixarmos de ser nós mesmos. Não há ordem ou desconforto, de quem quer que seja que nos possa fazer esquecer ou ser menos responsáveis ou orgulhosos dos feitos e fatos que compõem a nossa história, sob pena de termos que abdicar do orgulho de sermos nós, os do Exército Brasileiro! Que viva a história! Que viva o inesquecível 31 de março de 1964!
Posted on: Tue, 02 Jul 2013 19:27:33 +0000

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