Carta aberta aos amigos! Existe alguma coisa pior do que se sentir traído, usado ou mesmo descartável? Provavelmente sim, mais o que essa explosão de sentimentos fizeram comigo, foram muito mais devastadores do que muitos podem imaginar. Mas porque falar disso em uma rede social. Covardia, oportunismo..., digo que não. Mas a única maneira que encontrei, pois ninguém, nem desse governo e nem do partido tiveram a dignidade nem a coragem de conversarem comigo e olhar nos meus olhos para responderem algumas das indagações que eu tenho guardadas desde das malditas eleições. Muitos podem se perguntar, porque somente agora? E até chegarem a conclusões precipitadas. Antes que isso possa acontecer eu mesmo as digo. Estou as fazendo agora em forma de esclarecimento, pois aceitei a pedido de um amigo o convite para ajudá-lo na secretaria a qual ele iria por acordos inimagináveis, assumir. Fiz algumas exigências que a princípio, pensei que não seriam aceitas mais como um milagre passaram despercebidas. Mais que as poucos foram sendo minadas, pois tudo não passava de uma peça de teatro um jogo de tabuleiro, tudo negociação, pois naquele momento os meus interesses eram tentar proteger algumas pessoas que assim como eu tinham sido enganadas, usadas no processo para reeleição e que estavam sendo perseguidas e para nossa surpresa a pedido do próprio prefeito, pelo menos essa era a fala da atual secretária nas suas reuniões de início de ano, reuniões essas que me obrigaram a mandar alguns recados diretos e indiretos para a própria, que com olhar de amiga e atitude de tirana pisava nas pessoas que estavam até aquele momento compondo a equipe que eu era o responsável direto. Algumas conseguimos remanejar, para SEMDES com pequenos cargos ou mesmo como servidores efetivos, outros se mantém no silêncio velado na própria secretaria. Outro motivo que tive para me manter até agora em silêncio é o fato que no início do ano, poucos sabem disso eu ainda estava cedido para o Município de Cachoeiro, por um erro administrativo não pude voltar para o Estado e nem me preparar para o fim do ano e exonerado,um efetivo desempregado, flutuando sem salário desde dezembro e pegando dinheiro emprestado no banco para cobri despesas, vi naquele convite uma oportunidade em saldar as dívidas. Firmei para mim um propósito, após saldar minhas dívidas saio e reinicio minhas lutas pessoais e coletivas por uma educação melhor no município e na rede estadual, mais como muitos que me conhecem sabem, quando pego algo para fazer faço e com padrão de qualidade, acabei me envolvendo de corpo e alma no trabalho e quando projetos importantes que diga-se de passagem estavam agarrados na semdes, começaram a tomar novas formas e rumos o prefeito me desliga novamente, sem diálogo mais com sorriso e tapinha nas costas. Mas deixo a secretaria com alguns projetos encaminhados e com sólida estrutura construída. Mas voltando a pergunta inicial, é de bom tom saberem que tanto eu quanto membros da minha saudosa equipe tentamos diálogo com o governo e com a equipe de transição e não fomos bem sucedidos. O que poucos sabem e os que sabem, prudentemente se mantém em silêncio, é que a SEB Subsecretaria de Educação Básica, ao qual eu era o subsecretário, estava desenvolvendo muitos projetos audaciosos e verdadeiramente comprometidos com o desenvolvimento da educação do município e que vínhamos conversando com a secretaria como um todo e com o próprio prefeito, pessoalmente. Os números/índices eram assustadores e tomamos uma decisão que sabíamos que iria dar resultados positivos, tínhamos a convicção, mais percebemos que não bastava conversar com gestores e pedagogos o processo tinha que iniciar na base, lá no chão da escola, pois tudo que planejávamos na SEME, não chegavam nas escola da maneira que queríamos ou gostaríamos que chegasse, nem os alunos nem os professores conseguiam experimentar os reflexos de nossos esforços e planejamentos . Iniciamos então intervenções pedagógicas em escolas prioritárias mediante avaliações externas e resultados testados e comprovados. Apresentando para a escola todas as ferramentas disponíveis e todos os projetos que poderiamos construir de acordo com a realidade de cada unidade de ensino respeitando suas peculiaridades. Mais como fazer isso em pleno ano eleitoral, que reflexos isso traria, fui chamado pelo prefeito, para explicações e lembro que lhe disse: é necessário fazer. Mais os resultados eram cada vez mais assustadores, crianças no 3º ao 6º que não sabiam ler nem escrever, números alto de defasagem, adolescentes e professores vulneráveis no ambiente que era para ser seguro. Fui chamado mais uma vez no Palácio para dar esclarecimentos pois o projeto começava incomodar estruturas vigentes e estabelecidas por décadas de descaso com a educação. Iniciaram-se então uma série de reuniões, até que eu entornei o caldo em uma dela, aproveito para pedir desculpas a secretária Deuceny, que bravamente me suportou, que não é fácil e agradecer todos que eram da minha equipe ou que com ela estavam comprometidos para o sucesso da educação. Comecei uma empreitada solitária, de conversas psicodramáticas, enquanto as intervenções continuavam, até que pós eleições o próprio prefeito na sala da secretária nos perguntou diante dos números e da enxurrada de informações o que era preciso para melhorar os índices e a qualidade da educação em Cachoeiro e inocentemente abrimos nossos corações, sem sabermos que uma política ordinária já estava sendo montada, planejada entre a atual secretária, o prefeito e alguns gestores e que desde a campanha a atual secretária visitou, segundo ela a mando do prefeito escolas e fez reuniões que eu Everton e Deuceny fomos impedidos de participarmos a pedido. E olhando para os nossos olhos na mesa o prefeito nos disse, algumas peças serão trocadas como é natural no processo de sucessão mais a base permanecerá, ali era o prelúdio do que estava por vir. Decepção ao perceber que a educação seria palco de uma política criticada pelo próprio partido dos trabalhadores, pois já sabiam que o que eles prometeram aos professores, gestores e a sociedade não era possível de ser cumprido então seria necessário retirar do tabuleiro as peças que destoavam que não aceitariam a nova proposta educacional da secretária para o Município. Tem situações que a derrota é a melhor vitória, pois não tem uma noite sequer que eu não deseje que os resultados daquela eleição tivesse sido outro. Tem um buraco aberto um caos instalado na educação municipal que só com coragem e determinação resolveremos. Chamar as escolas abertamente, para olhar suas feridas e se não curá-las amenizar as dores urge e se faz necessário, mais não é esse governo e nem será essa secretária. Agora eu digo, que ainda há tempo. E eu conheci um homem e uma mulher que não são esses que aí estão, que acreditavam na luta e pela libertação de todas as amarras. E que em algum lugar eles estão escondido. Será que um dia reencontram o caminho? Mantenho a minha esperança e minha disposição. Eu tenho muito para contar. E não nego a ninguém, quaisquer esclarecimento ou informação, sou transparente e comprometido com a justiça e a verdade. O que falo, tenho por hábito realizar, construir e sempre com; nunca só. Forte abraço! Eternamente grato a uma equipe de guerreiros e guerreiras que juntos enfrentamos todo tipo de situações adversas, mais que com dignidade e respeito mantiveram-se na luta.
Posted on: Sat, 19 Oct 2013 08:11:32 +0000
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