Carta aberta à comunidade acadêmica. São Luís, 27 de - TopicsExpress



          

Carta aberta à comunidade acadêmica. São Luís, 27 de novembro de 2013. Compreendendo a atual situação da Universidade Federal do Maranhão após adesão ao REUNI, programa que estabelece a ampliação do acesso e permanência na educação superior, verifica-se que a UFMA estabeleceu uma política de ampliação do número de vagas para estudantes na educação superior, porém, não garante a permanência destes, indo de encontro ao objetivo principal do referido programa. Muitas lutas já foram travadas com o intuito de pressionar a administração superior a cumprir com seu papel e garantir a permanência dos estudantes nos seus cursos de graduação. Em 2007, após ocupação da reitoria, a Universidade Federal do Maranhão comprometeu-se a entregar a RESIDÊNCIA ESTUDANTIL no CAMPUS, visto que a obra estava em fase de conclusão. Mesmo depois de todo o investimento feito até então, a casa que já deveria ter sido entregue aos estudantes que dela necessitam, permanece por concluir, contrariando o acordo firmado na JUSTIÇA FEDERAL, através da Ata de Audiência de Conciliação (em Anexo), datada de 13 de Junho de 2007. Diante dessa situação e de inúmeras tentativas fracassadas de diálogo com o reitor o coletivo formado por residentes das três casas vinculadas à Universidade Federal do Maranhão (REUFMA, CEUMA e LURAGB) com o apoio do DCE (Gestão Ninguém Pode Nos Calar) , dos Centros Acadêmicos de: Filosofia, Comunicação, Direito, Ciências Sociais, Serviço Social, Química Industrial, Pedagogia, Ciências Imobiliárias, Biblioteconomia e outros seguimentos da comunidade acadêmica, reivindicou na época, a entrega da Casa de Estudantes no Campus do Bacanga, numa segunda tentativa de se fazer cumprir a decisão judicial, em 7 de maio de 2013, após assembléia geral de estudantes, decidiu-se mediante votação, pela ocupação da reitoria até que o reitor se comprometesse a discutir as pautas referentes a assistência estudantil com o intuito de que os recursos financeiros e os esforços do movimento estudantil não fossem perdidos. Assim, dez dias após o final da ocupação foi realizada uma reunião no palácio Cristo Rei em que estavam presentes: representantes; Comissão de Ocupação, Comissão Direitos Humanos, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil.), Defensoria Pública da União, além do Reitor Natalino Salgado Filho e outros representantes da administração superior. Na reunião em questão além de ser evasivo quanto às reivindicações no que se referia à questão da residência estudantil no campus ignorando a pauta, limitando-se a dizer apenas, que nas casas de estudantes só existiam incivilizados. O único resultado desta reunião foi uma promessa de agendamento de uma outra reunião com data a ser definida pelo reitor, passados mais seis meses tal reunião nunca ocorreu. É em face de todos estes desmandos que nós estudantes, moradores de residência estudantil, imbuídos de extremo repúdio pelos descumprimentos das leis vigentes em nosso país, e com a falta de respeito para com os bens públicos, é que estamos mais uma vez nos manifestando no sentido de não deixar passar ileso este crime administrativo que fere diretamente um direito garantido por lei à comunidade estudantil, e principalmente para que afastemos de nós o sentimento de cumplicidade com este crime. NÃO ACEITAMOS QUE NUM AMBIENTE O QUAL SE PROPÕE A SER UM PONTO GERADOR DE CONHECIMENTO POSSA OCORRER TAMANHO RETROCESSO NO QUE DIZ RESPEITO AO ATO DE GERIR OS BENS DO POVO. Foi transbordando desse sentimento de repulsa à este ato criminoso que o estudante do curso de Ciências Sociais, morador de casa de estudante, Josemiro Oliveira, natural da cidade de São José dos Basílios, interior do Maranhão, acorrentou-se à estrutura física a qual deveria abrigar mais de 150 (cento e cinquenta) estudantes inscritos e ativos nesta instituição. Estudantes estes, que assim como Josemiro estão em situação de vulnerabilidade financeira e não possuem núcleo familiar em São Luís-MA. A luta se dá no sentido de que haja de fato expansão da assistência estudantil de veradade às centenas de estudantes que compartilham de tal situação no Campus do Bacanga e nos outros sete Campins da Universidade Federal do Maranhão. REITERAMOS E TRANSFERIMOS AO MAGNÍFICO SENHOR REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO, NATALINO SALGADO FILHO, TODA E QUALQUER RESPONSABILIDADE SOBRE POSSÍVEIS DANOS FÍSICOS, PSICOLÓGICO, OU DE QUALQUER ORDEM QUE ESTA AÇÃO POSSA TRAZER AO ESTUDANTE JOSEMIRO OLIVEIRA, OU QUALQUER OUTRO ESTUDANTE QUE ASSIM COMO ELE DECIDA ADERIR À GREVE DE FOME. Coordenações da REUFMA (Residência Universitária da UFMA), do LURAGB (Lar Universitário Rosa Amélia Gomes Bogéa), da CEUMA (Casa do Estudante Universitário do Maranhão.)
Posted on: Thu, 28 Nov 2013 04:47:26 +0000

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