Com o reaquecimento da economia americana, os fluxos de capitais voltaram à terra do Tio Sam, apreciando a moeda americana e depreciando, em consequência, as moedas de paÃses altamente dependentes do capital yankee, como a moeda do Brasil e de demais paÃses em desenvolvimento. No Brasil, ainda temos outra variável influenciando diretamente no câmbio, que é o déficit na balança comercial que já somatiza US$ 5,392 bilhões no acumulado dos últimos 5 meses. Com a balança comercial deficitária, ou seja, o nÃvel de importações sendo maior que o de exportações; a demanda pelo dólar aumenta, fazendo com que o preço da moeda americana em reais também aumente. A consequência do dólar apreciado é empurrar a inflação para cima, uma vez que o mercado interno vai depender mais da produção nacional (pois os bens importados ficarão mais caros). No intuito de conter a inflação, o Banco Central anunciou na semana passada a decisão tomada pelo COPOM, de reajustar positivamente a taxa de Juros em 0,50%, trazendo a Selic à casa dos 8%. Na verdade, o que o Sr. Alexandre Tombini, presidente do Banco Central deveria fazer, era dar um chute na taxa de Juros, movendo a taxa à nÃveis altos. Com a taxa de juros alta, o Bacen atrairia capital externo, apreciando novamente o real; além de também conter a inflação, uma vez que freará o consumo ao tornar mais caro o acesso ao capital. Mas, quem é que vai pensar em aumentar taxa de Juros em véspera de ano eleitoral?! Não creio que a redução à zero do IOF para investimentos em renda fixa seja o remédio correto (e mais eficaz) para atrair dólares, e, de forma indireta, conter o avanço da inflação. Em adição, para conter o déficit na Balança Comercial, o Ministério da Fazenda poderia temporariamente impor algumas barreiras alfandegárias (como o Imposto de importação), freando/dificultando as importações; buscando, dessa forma, recuperar o saldo da balança comercial. Ps.: se eu escrevi alguma abobrinha, por favor avisar.
Posted on: Wed, 05 Jun 2013 11:36:59 +0000
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