Como eu sempre falo, espiritualidade sem posiconamento quanto às - TopicsExpress



          

Como eu sempre falo, espiritualidade sem posiconamento quanto às questões social/política/cultural é alienação disfarçada de "evolução espiritual". Então, pra todo mundo que acha que ESPIRITUALIDADE INTEGRATIVA E CONSCIENTE é algo importante, leia, questione e reflita sobre o que VOCÊ pode fazer quanto à isso... seja "abaixo quanto acima". E que fique claro que aqui não há posicionamento partidário, pois isso nem existe mais na realidade de ninguém. Fox Via Claudio Quintino Crow: The Economist é uma das mais interessantes e confiáveis publicações do mundo. A Economia Medíocre do Brasil A queda do paraíso Como desperdiçar uma herança – e como seria fácil restaurá-la Edição de 8 Jun 2013 Quase 20 anos atrás, em maio de 1993, Fernando Henrique Cardoso fora indicado como o 13º Ministro da Fazenda em um número igual de anos – um trabalho aparentemente sem futuro num país aprisionado pela hiperinflação, dívidas e uma anacrônica economia estatal. O Plano Real do Sr. Cardoso rapidamente domou a inflação e guindou-o à Presidência. Dali ele lançou os alicerces de um novo Brasil, com estabilidade e reforma econômica liberal. Este sucesso foi reforçado por seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva – um ex líder sindical de esquerda, em cujo governo 30 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza. O problema reside no fato de que no segundo mandato de Lula (2007-10) e especialmente no de sua sucessora indicada, Dilma Rousseff, a fórmula do sucesso brasileiro foi paulatinamente abandonada. O segredo da política era simples: metas inflacionárias estabelecidas por um Banco Central verdadeiramente independente; contas públicas transparentes, uma meta fiscal rigorosa que reduziu o déficit público e uma atitude muito mais aberta ao comércio exterior e ao investimento privado. Contudo, a recessão global de 2008-09 levou Lula e a Sra. Rousseff a desdenhar do decadente modelo econômico liberal e a imitar o capitalismo estatal chinês. O ministério das finanças preencheu cheques polpudos para incentivar os empréstimos de bancos estatais; o governo desistiu da reforma de mercado e passou a gastar sem remorsos. Quando o superaquecimento da economia se transformou em estagnação (a economia cresceu míseros 0,9% no ano passado), a Sra. Rousseff constrangeu publicamente o Banco Central a baixar as taxas de juros. Quando a inflação chegou próxima da máxima prevista de seu spread (6.5%), ela disse que se preocupava mais com o crescimento. Ela desencadeou uma estonteante – e inconstante – onda de descontos em impostos (e aumentos de tarifas) para setores favorecidos da indústria, mas deixou de equilibrar a ação com cortes em gastos. E ao invés de uma meta fiscal clara, surgiram preocupantes maquiagens contábeis ao modelo argentino. Como conseqüência, os investidores ficaram confusos quanto às políticas econômicas brasileiras. Esta incerteza contribui para desempenhos medíocres: desde 2011, o crescimento brasileiro é menor – e a inflação, maior – do que a maioria dos outros países latino-americanos. Felizmente, o Brasil ainda tem alguns pontos fortes – incluindo-se sua agricultura e as indústrias de energia, mais ciência e inovação do que se pode supor e um mercado interno imenso, ainda que menos efervescente. E quaisquer que sejam os erros da Sra. Rousseff, eles ainda são pequenos se comparados aos de, digamos, Cristina Fernández, presidente argentina. Seja como for, o caminho do Brasil está ficando mais difícil. A explosão de consumo e crédito perdeu o fôlego, o balanço comercial entrou em déficit com a diminuição da importação chinesa de minério de ferro brasileiro e o fim iminente do dinheiro fácil no mundo rico está levando a uma queda do real. Se por um lado isso auxiliará as empresas brasileiras, por outro isso aumentará a inflação. Fique, Sr. Mantega, fique Assim, os insípidos sinais recentes de um retorno a uma política mais clara são bem vindos. Para deter a inflação, Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, elevou a taxa de juros (ainda que mais elevações sejam necessárias para restaurar a credibilidade perdida). Guido Mantega, o ministro da fazenda, afirmou que não usará mais a política fiscal para estimular a economia: em 4 de junho, ele reduziu um imposto sobre o fluxo de capital. Contudo, mais mudanças serão necessárias caso o Brasil almeje retornar ao caminho estabelecido pelo plano real. Acima de tudo, a equipe da Sra. Rousseff precisa conter os gastos e retirar a interferência do estado sobre as decisões sobre investimentos. Em dezembro, quando pela última vez apelamos para que o governo brasileiro parasse de enrolar e permitisse que o instinto animal rugisse, pedimos à Sra. Rousseff que substituísse o Sr. Mantega; foi amplamente dito no Brasil que nossa impertinência teve o efeito de blindar o ministro da fazenda. Agora tentaremos outra va: apelamos à presidente que mantenha o Sr. Mantega no cargo custe o que custar: ele é um tremendo sucesso. (tradução: © Claudio Quintino) economist/news/leaders/21579007-how-squander-inheritanceand-how-easily-it-could-be-restored-fall-grace
Posted on: Fri, 07 Jun 2013 18:45:06 +0000

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