Conto Espacial Orianos “presenciam” com aquilo que os - TopicsExpress



          

Conto Espacial Orianos “presenciam” com aquilo que os terráqueos supõem ser a alma. E nesta vil sintonia entre a alma e a saudades, a nota langorosa de todo pêsame fraterno, de toda angustia amorosa, o peso de cada lagrima ressoava pelas planícies nevadas de Merlich até o único abismo tão frio e negro quanto à própria tristeza; o vácuo espacial. Todo oriano alçava a superfície com um propósito. O propósito de vida, de fato valia a vida de qualquer um de nós, pois por ele demonstrávamos a honra e, sobretudo as virtudes naturais de um bom espécime, merecedor de pertencer à sociedade. Por trás do horizonte gélido , escuro e nevoado habitava o tenebroso “além”. O que na Terra é tido como o outro plano, um pós-morte considerado por todos nós insanidade, coube um sentido mais literal, porém não menos misterioso e significante: O Além. Além das planícies vastas, sem qualquer distinção de direção todos os Orianos partem para se formarem Ohichlinkans, novamente literalmente traduzido: “Os que fizeram a travessia”. Toda nossa sociedade, por incontáveis eras até atingirmos de fato o vácuo negro fora de Ohichlinkans, mesmo assim cada um de nós possuía uma ideia particular do que veria a ser esse titulo. Nenhum de nós falava, não era permitido, e a qualquer um era ensinado à tamanha falta de respeito que era simplesmente a menção da travessia para um ser que já a tivesse feito. Mesmo assim nos olhares, nos sentimentos de cada um que partia, e às vezes voltava... Nos olhares de todos que voltaram e para sempre mudaram, reluzia um prisma singular destinado apenas aos pontos celestes e a esfera mãe Otos. Ficamos surpresos após certo tempo, captarmos uma transmissão terráquea que resumia de forma simples nossa obstinação pela travessia, lembro-me bem dela, e de meu pai ao capta-la e mostra-la ao povo: “Fazemos não por ser fácil, mas justamente por ser difícil”... “Ao testarmos por gerações, o caráter e, sobretudo o físico, o auto controle, a magnificência de nossas virtudes ao nos depararmos com o medo e voltarmos vivos e são. Ao incorrermos literalmente até os limites de nosso mundo frio e voltarmos, provamos a nós e ao universo. O quão merecedores e preparados somos, o quão indômito é o ideal Oriano! Assim nossa raça perdura. Assim nossa ideia se estende. Raphael Godinho
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 14:32:42 +0000

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