Convocatória enviada por nossa vizinha Nilce Azevedo, militante - TopicsExpress



          

Convocatória enviada por nossa vizinha Nilce Azevedo, militante defensora do bonde há 33 anos: DIA:.NESTA 5ª FEIRA, DIA 20 DE JUNHO. ÀS 16 HORAS - PONTO DE ENCONTRO SAÍDA DO METRÔ DA URUGUAIANA, DO LADO DO CAMELÓDROMO. PREZADOS MORADORES: O bairro de Santa Teresa, há muitos anos, sofre com o descaso dos governos municipal, estadual e federal acerca da questão do transporte público. Nossos problemas são sobejamente conhecidos: Pagamos muito caro para descer do bairro até o Centro da cidade (menos de 10 km) por um serviço de péssima qualidade. Ao mesmo tempo, o empenho do prefeito e do governador em “turistificar” Santa Teresa, nos obriga a descer aos bairros vizinhos até para comprar um simples pãozinho fresco. Sem padarias, super-mercados, papelarias, açougues, etc. temos que nos sujeitar a pagar 3 vezes mais por qualquer produto de consumo doméstico, sem muita opção de escolha de marca ou qualidade, nos raros armazéns em que eventualmente podem ser encontrados. Sofremos a humilhação da recusa dos taxistas que usam todo tipo de pretexto para não subir o bairro, já que lucram com longas corridas, transportando grupos de boêmios que de todas as partes da cidade vem se divertir na Lapa. Somos vítima do monopólio da TRANSURB que nos brinda com irregularidade de horários, excesso de velocidade, má conservação dos veículos, pneus carecas, motoristas estressados e despreparados, e os freqüentes acidentes. Entregamos a alma a Deus quando vemos os motoristas dirigindo ladeira abaixo com uma das mãos e dando troco com a outra. Essa tarefa dupla de motorista e trocador nas ladeiras de Santa Teresa é simplesmente um escândalo! Por outro lado, as relações do Governo com os empresários do setor de transporte não são transparentes e nunca fomos atendidos em nosso insistente pleito de acesso ás informações que nos permitissem, por nós mesmos, fiscalizar o serviço prestado pela TRANSURB! Por outro lado, apesar de todos os esforços da AMAST e do Movimento O BONDE QUE QUEREMOS em discutir e decidir com o Governo um projeto de bonde que seja meio de transporte público, popular, que atenda igualmente a moradores, visitantes e turistas nunca fomos levados seriamente em consideração! De fato, o governo não abre mão de seu projeto de vender a cidade como mercadoria, transformando nosso bairro numa passagem exótica para turistas, com transporte integrado e monopolizado entre o Corcovado e o centro “revitalizado” . Um projeto de cidade e de bairro que não serve ao cidadão, mas à ganância de interesses especulativos e predatórios, tão afoitos em se apropriar dos ovos de ouro que vão acabar matando a galinha! Temos fartamente documentada uma longa série de ações encaminhadas pela AMAST, há muitos anos, em defesa da preservação do nosso sistema de bondes, como um elemento central e articulador de todo um modo de vida que dá identidade ao nosso bairro. Ninguém tem dúvidas de que a falta do bondinho prejudica o nosso dia-a-dia em variados aspectos, que vão desde a desordem urbana à questões de vigilância nas ruas. A quem beneficia as falsas promessas de felicidade e progresso que o governo alardeia? Queremos um bairro para morar, sem excluir visitantes e turistas, ou uma terra de ninguém, onde prevalecem, com a conivência das autoridades estaduais e municipais, os interesses dos espertalhões e dos amigos do rei? Temos fartas provas de que percorremos todos os caminhos convencionais em busca de interlocução com os governantes (apelamos ao Legislativo, Executivo e Judiciário, compensando com criatividade, estimulada pela consciência da justeza de nossa causa, a nossa indigência de recursos materiais: Além dos contínuos esforços de todas as diretorias da AMAST, desde 1980, em defesa de nosso bonde, desde o fatídico dia 27 de agosto de 2011, portanto há quase dois anos, temos trabalhado diariamente em busca do diálogo franco e honesto com as autoridades competentes e mesmo com o apoio de organizações e personalidades representativas da sociedade civil, dos artistas moradores e amigos de Santa, e de alguns, pouquíssimos, parlamentares, nossas inúmeras e variadas iniciativas ( atos religiosos, solicitações de audiência, 15 mil assinaturas no documento O BONDE QUE QUEREMOS, bravamente recolhidas em menos de dois meses, pelo empenho apaixonado de moradores voluntários, manifestações, recursos aos Ministérios Público, reuniões com diretores da CENTRAL, passeatas, marcha ao Palácio Guanabara, etc.) o governador, juntamente com seus secretários e apoiadores políticos se recusaram terminantemente a considerar com respeito as nossas reivindicações... Apesar de tudo isso, não desistimos da luta e hoje, às vésperas de completarmos dois anos sem o nosso bondinho, percebemos com absoluta clareza que o tratamento da questão da mobilidade urbana tem revoltado a toda a cidadania. Dentre todos os moradores dessa cidade, depois de tantas tragédias anunciadas ao Sr. Secretário Estadual de Transportes e por ele arrogantemente negligenciadas, nós, moradores de Santa Teresa, não exageramos ao afirmar que somos uma das provas mais concretas do desrespeito com que o governo estadual e municipal trata o cidadão. Por isso, não podemos deixar de estar presentes a essas manifestações que expressam os anseios de nossa população por uma DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, pressionando os pretensos representantes do povo a cumprir com grandeza o seu papel. Agora, quase dois anos depois, é dolorosamente nítida em nossa memória a imagem do Sr. Júlio Lopes, em seu primeiro pronunciamento público, após o criminoso acidente com o bondinho 10, fugir de suas responsabilidades e tentar colocar a culpa no motorneiro Nélson: “Soubemos que um tal de Sr. Nélson...” Que vergonha! Devemos ir como AMAST e como moradores independentes. Devemos convidar as outras associações de moradores a participar dessas manifestações e reiterar que queremos ser recebidos e ouvidos com seriedade pelo Sr. Prefeito e pelo Sr. Governador. Não desistiremos de nosso anseio por justiça. A hora é essa! Comparecer a essa manifestação de 5ª.feira, dia 20/06, com nossas camisetas, faixas e cartazes, nesse momento em que o clamor popular ecoa nos palácios, é a nossa grande chance de não perder de vez o bonde da História! GOVERNADOR, MAS QUE TRISTEZA, CADÊ O BONDE DE SANTA TERESA Nilce Azevedo – moradora, associada e ativista da AMAST há 33 anos.
Posted on: Thu, 20 Jun 2013 03:00:46 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015