Céu e Inferno O que diz a Bíblia? Parte 3ª. Quando são - TopicsExpress



          

Céu e Inferno O que diz a Bíblia? Parte 3ª. Quando são Punidos os Ímpios? Podemos perguntar, quando ocorrerá esta punição? Como vimos antes, Jesus citou o profeta Isaías, que escreveu acerca do que acontecerá depois do Messias estabelecer o Seu reino na terra. Somente então irá toda a humanidade “. . . a adorar perante Mim” (Isaías 66:23). Somente então é que esta profecia será cumprida. Jesus usou o lugar de jogar o lixo bem familiar na Sua época—a lixeira no Vale de Hinom, que ficava fora dos muros de Jerusalém—para ilustrar o destino final dos ímpios, e que é conhecido nas Escrituras por ‘lago de fogo’. Tal como as coisas rejeitadas da cidade, eram consumidas por vermes e fogo, também os iníquos serão queimados—consumidos—por um futuro fogo, como o fogo de Gehenna, que terá lugar mais de mil anos depois do retorno de Cristo (Apocalipse 20:7-9, 12-15). Pedro acrescenta que naquele tempo “os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (2 Pedro 3:10). A implicação é que a superfície da terra se tornará como uma massa fundida, eliminando qualquer evidência de impiedade humana. Que acontecerá depois disto? O apóstolo João escreveu: “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1). Toda a terra será transformada numa habitação digna para os justos que, por esse tempo futuro, terão herdado a vida eterna. A Destruição da Alma e do Corpo no Inferno Um outro lugar onde Jesus falou do fogo de gehenna está em Mateus 10:28: “E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno [gehenna] a alma e o corpo” (Mateus 10:28). Devemos observar que Jesus não falava das pessoas sofrendo um tormento eterno. Ele disse que Deus pode destruir—aniquilar—ambos: o corpo e a alma no Gehenna. Jesus aqui explica que, quando um homem mata outro, o resultado da morte é apenas temporário porque Deus pode ressuscitar a vítima para a vida outra vez. Mas, quando Deus destrói alguém no inferno (gehenna), o resultado desta morte é eterno. Não há ressurreição neste caso, ao qual a Bíblia chama “a segunda morte”. A Bíblia diz que os impenitentes serão jogados no lago de fogo, ou Gehenna, no final dos tempos. “Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte” (Apocalipse 21:8). Como esclarecemos antes, os iníquos serão destruídos. Eles não viverão eternamente num outro lugar ou estado, em permanente angústia. Eles terão a sua destruição no lago de fogo no fim dos séculos. Eles serão consumidos virtual e instantaneamente pelo calor e chamas do fogo, e não viverão mais. O Ímpio Reduzido a Cinzas Uma outra passagem bíblica que ilustra graficamente a completa destruição dos ímpios encontra-se no livro de Malaquias: “Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo” (Malaquias 4:1). Isto ocorrerá no fim dos tempos em que Deus retribuirá aos iníquos as suas rebeliões e os seus modos de vida repreensíveis. Mas para aqueles que se submetem a Deus e que vivem em obediência, a eles, Deus diz: “E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que farei, diz o Senhor dos Exércitos” (versículo 3). Os ímpios se farão cinza debaixo das plantas dos vossos pés. Por estas palavras do profeta Malaquias, o Eterno deixou claro qual é o ‘destino final’ dos ímpios. Serão desarraigados como uma árvore improdutiva, não ficando nem raiz nem ramo; serão consumidos pelas chamas do lago de fogo, restando somente cinzas. A Bíblia realmente ensina que os ímpios serão punidos por fogo—mas não num inferno mítico tal como é imaginado pelos homens. Deus é um Deus de misericórdia e amor e somente aqueles que rejeitam o Seu caminho de vida caracterizado pela obediência à Sua Lei de amor morrerão (Romanos 13:10), não sofrerão para sempre. Serão consumidos pelo fogo e esquecidos. Não serão torturados por toda a eternidade, nem Deus permite que a Sua preciosíssima dádiva de vida eterna seja para aqueles que persistem na rebelião contra Ele. Até mesmo a morte final pelo fogo é um ato de justiça e misericórdia da parte de Deus. Permitir que os não arrependidos continuem a viver na sua rebelião persistente durante a eternidade, causaria neles próprios, e nos outros, grande aflição e angústia. Deus não permitirá que recebam a vida eterna, e tampouco os torturará por toda a eternidade. A encorajante verdade da Bíblia mostra-nos que Deus é realmente um Ser de grande misericórdia, sabedoria, e juízos justos, tal como lemos no Salmo 19:9: “Os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente.” Escrituras Mal Entendidas A déia de que o inferno é um lugar de tormento por meio de uma chama de fogo eterno resulta parcialmente de um mau entendimento do que se lê em Apocalipse 14:9-10: “Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal... será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.” Repare que o versículo 8 indica- nos o tempo do cumprimento do que acabou de ler. Relaciona-se com a queda iminente da moderna “Babilônia” que será destruída quando do regresso de Cristo. Em Mateus 25:31, temos a informação que Cristo, no seu regresso, virá acompanhado de todos os santos anjos; nessa altura Ele destruirá o sistema idólatra chamado Babilônia, e aqueles que nele participaram ficarão sujeitos à ira de Deus. Esta escritura não nos diz que estas pessoas estão sendo atormentadas no inferno; antes afirma que “a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre” (Apocalipse 14:11). À medida que o fumo sobe mistura-se com o ar, tornando-se mais e mais diluído no espaço. David escreveu que “os ímpios perecerão [não torturados para sempre no inferno]... e em fumaça se desfarão” (Salmo, 37: 20). O versículo em análise não diz nada a respeito de pessoas que sejam punidas eternamente no inferno; o que a Bíblia claramente ensina acerca da punição para os obstinadamente maus é muito diferente, como pretendemos demonstrar neste livreto. Quem acredita que a Bíblia ensina a existência de um castigo sem fim e eterno pelo fogo, deve perguntar-se se uma tal crença é concordante com o que aprendemos nas Escrituras acerca de Deus. Quem acredita que a Bíblia ensina a existência de um castigo sem fim e eterno pelo fogo, deve perguntar-se se uma tal crença é concordante com o que aprendemos nas Escrituras acerca de Deus. Por exemplo: Como procederá Deus, de modo justo, com aquelas pessoas que viveram e morreram, e nunca tiveram a oportunidade de serem salvos? Esta situação inclui tanto os milhões que morreram quando crianças como os milhões de milhões de incrédulos ou idólatras que viveram e morreram, e nunca tiveram conhecimento de Deus e Seu Filho. Infelizmente a esmagadora maioria das pessoas que alguma vez viveram englobam-se nesta categoria. Alguns Teólogos raciocinam a respeito desta dificuldade e concluem que, àqueles que nunca tiveram a oportunidade de conhecer Deus ou ouvir o nome de Jesus Cristo ser-lhes--á dado uma espécie de ‘livre transito’. Argumentam ainda, que por causa da sua condição de ignorantes, e, ou por circunstâncias que escapam ao seu controle, Deus permitir-lhes-á que entrem no céu, descurando a necessidade de arrependimento. A ser verdade, levanta--se aqui a questão da possibilidade de os esforços missionários nesta área, serem a causa de ‘perdição’ das pessoas que não aceitaram os seus ensinamentos! Dilemas tais como este tem silenciado muitos Teólogos e outros sinceros Cristãos por não encontrarem resposta. Consequentemente, alguns têm desafiado durante séculos o conceito tradicional de um inferno de tormento eterno, “… Em todas as gerações há sempre alguém que questiona a crença ortodoxa de um tormento consciente por toda a eternidade” (Quatro pontos de vista sobre o Inferno [Four views on Hell], editado por William Crokett, 1996, pg. 140). Não obstante, como vimos, os Concílios Eclesiásticos têm sustentado através dos tempos esta doutrina e idéias que, firmemente enraizadas na crença Cristã tradicional, nunca irão mudar. “Um estudo recente feito nos EUA mostra que mais Americanos crêem no inferno, hoje, que nos anos de 1950 ou mesmo nos 10 anos anteriores” (Revista U.S. News & World Report, Jan. 31. 2000, pg.46). A antecipação do inferno continuará a perseguir as pessoas. Como a revista US News reportou: “As poderosas imagens do inferno continuarão, sem dúvida, a perseguir a humanidade, tal como tem feito há mais de 2000 anos, como uma sinistra e inquietante recordação da realidade do mal e suas conseqüências” (ibid.). Lázaro e o Homem Rico: Prova o Céu e o Inferno? Jesus deu uma parábola: “Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele. E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. “E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. “Disse, porém, Abraão: Filho lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tão pouco os de lá, passar para cá. “E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. “Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. “E disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam”. “Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite” (Lucas 16:19-31). Quando olhamos para esta narração à luz das Escrituras e seus contextos históricos, percebe-se imediatamente que se trata de uma alegoria, uma história familiar daquele tempo, que Jesus usou para destacar uma lição espiritual para aqueles que conheciam, mas não a praticavam. Nunca houve intenção que fosse entendida literalmente pelos que O ouviam. O Comentário Vencedor de Plano de Fundo da Bíblia [The Victor Bible Background Commentary] do Novo Testamento, por Lawrence Richards, tratando desta passagem, esclarece que Jesus usou o pensamento contemporâneo Judaico sobre a vida depois da morte para destacar uma lição espiritual: “Não somente pensavam que o Hades era dividido em dois compartimentos, como, segundo as crenças populares, eram possíveis conversações entre as pessoas que estavam no ‘Gan Éden’ [morada dos justos] e no ‘Gehinnom’ [morada dos injustos]. Antigos escritos Judaicos descrevem o primeiro como uma terra verdejante, com águas frescas caindo por numerosas cascatas; enquanto que Gehinnom é não só uma terra árida, como, também as águas do rio que o separa de Gan Éden se distanciam sempre que, desesperado e sequioso, o injusto se ajoelha e tenta beber. “. . . Na história que Jesus contou, Deus foi o único socorro do mendigo, porque certamente o rico nunca faria nada por ele! . . . É importante ver esta parábola de Jesus como que uma continuação do seu conflito com os Fariseus sobre as riquezas. Cristo tinha dito: ’Não podeis servir a Deus e a Mamon’ (16:13). Quando os Fariseus se mostraram sarcásticos (16:14), Jesus respondeu: ‘. . . o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação’ (16:15). “Não há duvida que os Fariseus não se convenceram . . . Então Jesus contou uma história na intenção de sublinhar a importância do que tinha acabado de dizer. “Se vivesse hoje em dia, o homem rico seria, seguramente, protagonista nos programas de TV intitulados: ‘Estilos de Vida de Ricos e Famosos’. As câmaras focariam a sua maravilhosa mansão com seus decorativos portões de ferro forjado. . . e as fabulosas festas que ele deu para regalo dos seus amigos importantes. “Enquanto o equipamento de TV era levado para a casa do rico, um dos operadores de câmara poderia ter tropeçado no rastejante mendigo, mísero e abandonado que teimava permanecer no lado de fora da casa do rico. . . Certamente ele era indigno de ser notado pelo dono da casa que nunca pensou no faminto que estava lá fora; apesar de tudo Lázaro suspirava por uma migalha caída das abastadas mesas... “Então, Jesus disse que ambos morreram. E assim, repentinamente, as suas posições são invertidas! Lázaro encontra-se no ‘seio de Abraão’, uma expressão que o mostra reclinando-se, no lugar de honra, num banquete que simboliza benções eternas; enquanto que o homem rico encontra-se em tormento, separado do lugar de benção por ‘um grande abismo’ (16:26). Ainda que ele implore por uma gota de água, Abraão tristemente abana a cabeça. Não há alívio possível ou apropriado! “. . . O rico tinha recebido muitas coisas boas e tinha-as usado egoisticamente só para seu proveito . . . a indiferença do rico para com Lázaro mostra quanto o seu coração estava afastado de Deus, e seus sentimentos estavam longe dos caminhos de Deus; Tinha riquezas e usava-as unicamente para si . . . “Assim o primeiro reparo de Jesus é dirigido ao modo como sentiam; vós Fariseus não podeis amar a Deus e ao dinheiro, o amor ao dinheiro é detestável para Deus e vos levará a fazer decisões que são totalmente reprovadas por Ele . . .“ Mas Jesus não termina aqui. Ele ilustra o homem rico como suplicando a Abraão para mandar Lázaro prevenir os seus irmãos que vivem uma vida de egoísmo, tal como ele viveu. Novamente Abraão recusa, dizendo: Eles têm ‘Moisés e os Profetas’ (16:31), isto é, as Escrituras. Se eles não dão atenção às Escrituras tampouco responderão se alguém voltar da morte. . . “Em essência, então Jesus faz uma acusação importante: A dureza e indisponibilidade dos Fariseus e doutores (mestres) da Lei em relação às palavras de Jesus refletem um endurecimento para com as Palavras do próprio Deus a quem estes homens pretendem honrar. . .“ Todo este capítulo nos adverte que, se levarmos a sério as realidades nele contidas, estas afetarão o nosso modo de ver e de usar o dinheiro [e outros bens], e o nosso comportamento face aos pobres e oprimidos” (Programa QuickVerse de Lawrence Richards, 1992-1998). Serão Algumas Pessoas Torturadas para Sempre num Lago de fogo? “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está [foram lançados] a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre” (Apocalipse 20:10). Diz este versículo que a besta e o falso profeta serão atormentados eternamente? A besta e o falso profeta são seres humanos e serão lançados vivos no lago de fogo. “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre” (Apocalipse 19:20). Lemos em Malaquias 4:1-3 que qualquer ser humano lançado no lago de fogo será destruído, tornado em cinzas. Ele perecerá. A sua punição será eterna. Mas não será atormentado por uma eternidade. Notem que nas versões Rei Jaime e Novo Rei Jaime da Bíblia em Inglês, no Apocalipse 20:10, a palavra “are” [referindo- se aonde está a besta e o falso profeta] é escrita em itálico. O uso de termos em itálico nas versões bíblicas significa que a palavra não está no manuscrito original da qual a tradução foi feita; foi adicionada pelos tradutores para tornar o versículo mais legível, pois o verbo foi deixado inexpressivo no texto Grego. A expressão correta devia ser “foram lançados” [em vez de está], o plural da expressão “foi lançado” no mesmo versículo. Neste caso, a versão da Bíblia na Linguagem de Hoje [BLH] traduz mais corretamente “já haviam sido lançados”. Assim o versículo indicaria apropriadamente que o demônio será lançado no lago de fogo que já tinha consumido e destruído a besta e o falso profeta. Os tradutores inseriram incorretamente a palavra “está” no texto Português por causa da idéia não bíblica da ‘imortalidade da alma’. Satanás, como ser espiritual que é, de fato sofrerá longo tormento depois dos ímpios estarem reduzidos a cinzas. Os anjos que se rebelaram—demônios—partilharão o tormento juntamente com Satanás (Mateus 25:41). A besta e o falso profeta deixaram de existir mais de mil anos antes. A Bíblia permite-nos entender que Satanás optou por ser um adversário contra Deus e contra o Seu Plano, e tem liderado milhares de outros anjos em semelhante rebelião e oposição a Deus. Unicamente Deus em Seu soberano saber é capaz de exercer um julgamento justo para estes espíritos adversos. Os detalhes deste julgamento não estão completamente explicados na Bíblia, mas nós podemos e devemos ter fé que serão justos e verdadeiros, e com retidão e equilíbrio. O que está bem claro na Bíblia é o julgamento eterno que Deus tem determinado para a sua criação humana O tormento dos Ímpios Durará para Sempre? “E será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso, nem de dia nem de noite, os que adoram a besta e a sua imagem e aquele que receber o sinal do seu nome” (Apocalipse 14:10-11). À primeira vista parece confirmar a idéia tradicional de um escaldante inferno de fogo sulfuroso, atormentando impiedosa e eternamente as indefesas almas imortais. Mas, se não tivermos por irrefutavelmente certa a preconcebida figura mental do inferno, apercebemo-nos rapidamente que esta Escritura descreve uma circunstância bem diferente. Primeiro notemos que no contexto desta passagem vemos que os acontecimentos sendo descritos não são no inferno nem numa situação depois da vida, mas são acontecimentos aqui na terra entre os terríveis incidentes imediatamente antes ou após a segunda vinda de Cristo. Este aviso descreve o castigo que cairá em todos os habitantes da terra “que adoram a besta e a sua imagem e aquele que receber o sinal do seu nome.” O capítulo 13 descreve esta “besta”—um super poder ditatorial da era final que se oporá a Deus—e a sua marca. Aqueles que aceitarem esta marca demonstrarão que a aliança deles é a este sistema poderoso e não para com Deus, e no capítulo 14 Deus revela as conseqüências dessa escolha de lealdade—prevenindo dos castigos terríficos que precederão a vinda de Cristo (veja versículos 14-20 e os dois seguintes capítulos). Notem também nesta passagem que o fumo destes incidentes subirá para sempre—ela não diz que o próprio tormento dessas pessoas continuará para sempre. O fumo é sem dúvida associado com a ira de Deus derramada na terra como é descrito no capítulo 16—o qual incluirá destruição à volta do mundo, grandes temperaturas, guerra e um enormíssimo tremor de terra. Todos estes incidentes farão fogos enormes e uma grande quantidade de fumo. As características deste fumo serão tais que “sobe para todo sempre”—significando que nada o evitará ou extinguirá. Sendo uma coluna de gás superaquecido com pequeníssimas partículas suspensas, ele subirá, expandirá e eventualmente dissipará. A palavra Grega traduzida “para todo sempre” não tem que significar eternamente ou infinitamente. Pode simplesmente referir-se a algo irreversível que não pode ser parado, que continuará enquanto as condições o permitirem. É o fumo destes incidentes que “subirá para sempre” - não diz que o próprio tormento dessas pessoas continuará para sempre Esta passagem está simplesmente descrevendo fogueiras associadas com esta devastação que queimarão enquanto haja combustível para ser consumido, após o qual essas fogueiras se dissiparão. A referência no Apocalipse 14:11 aos ímpios que “não têm repouso, nem de dia nem de noite” é acerca daqueles que continuam a adorar a besta e a sua imagem durante este tempo. Eles estarão em constante terror e medo pelas vidas deles, e assim não terão um momento de descanso durante este tempo terrível da ira de Deus. Fala a Bíblia de um Fogo do Inferno Que Dura para Sempre? Uma Escritura que muitos referem como prova de que os ímpios serão torturados para sempre no inferno é Mateus 25:41. Mas, será assim? Examinemos mais atentamente esta passagem do Evangelho. Primeiro vemos que os acontecimentos aí narrados levam-nos ao tempo “quando o Filho do Homem [Jesus] vier em Sua glória” (versículos 31 e 32); quando Ele “apartará uns dos outros, como o pastor aparta os bodes das ovelhas”. As ovelhas representam os justos (versículos 34-40). Quando do Seu retorno “porá as ovelhas à sua direita” (versículo 33). Os bodes que, neste caso, representam os pecadores, os junta Ele ao seu lado esquerdo. Então Ele despacha os bodes “para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41). Os ímpios que forem lançados no lago de fogo perecerão; deixarão de existir de uma vez para sempre. É um castigo permanente, e o resultado desse castigo será para sempre—isto é, é a morte eterna! A palavra eterno usada neste versículo é uma tradução da palavra Grega ‘aíonios’. A chave para o correto entendimento deste versículo está em saber o que ocorrerá eternamente. Será que se refere a um fogo que atormenta sem ter fim, ou tem um outro significado? Em Mateus 25:46, notamos que Jesus falou numa só sentença: de ‘castigo eterno (aíonios)’ e de ‘vida eterna (aíonios)’. [Versões de Almeida, Revista e Atualizada e da Bíblia da Linguagem de Hoje]. Já que o justo herdará a vida eterna, muitos teólogos acreditam que a punição do mau também tem que durar o mesmo intervalo de tempo dos justos. Mas, como já vimos, isto não faz sentido com a declaração que aqueles que forem lançados no lago de fogo perecerão; eles serão mortos. Como vimos, eles sofrem a morte—a segunda morte (Apocalipse 2:11; 20:6, 14; 21:8). O significado, claro e simples de Mateus 25:46 que concorda com todo o ensino da Bíblia sobre este tema, é que os ímpios serão lançados no lago de fogo que os aniquilará, deixando, por isso, de existir de uma vez para sempre. Os iníquos jamais voltarão a viver novamente. Eles serão completamente destruídos. O fogo trás um ‘castigo eterno’ e não um castigo constante que nunca acaba. O castigo resultante de serem lançados no fogo aíonios é uma ocorrência que acontece uma única vez. É um castigo permanente, e o resultado desse castigo será para sempre—isto é, é a morte eterna! Não é um processo de castigo que continuará para sempre. Os iníquos jamais voltarão a viver novamente. Eles serão completamente destruídos. O fogo trás um castigo eterno e não um castigo constante que nunca acaba. Esta é a única explicação concordante com o resto das Escrituras. Neste ponto, precisamos fazer um esclarecimento adicional acerca da palavra Grega aíonios. Em Gênesis 19 encontramos descrita a destruição, por parte de Deus, de duas cidades Sodoma e Gomorra por causa das suas perversões: “Então, o Senhor fez chover enxofre e fogo, do Senhor desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra” (Gênesis 19:24). Aquelas cidades foram total e completamente destruídas—consumidas pelo fogo. No Novo Testamento, o livro de Judas descreve estas cidades como “sofrendo a pena do fogo eterno [aíonios]” (Judas 7). É óbvio que o fogo que destruiu Sodoma e Gomorra não continua ardendo hoje; no caso destas cidades e igualmente no caso dos ímpios que serão lançados no fogo aíonios, o fogo queima e destrói completamente. O que é eterno neste fogo é o seu efeito, nunca significando o tempo em que literalmente arde.
Posted on: Wed, 04 Sep 2013 12:05:35 +0000

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