DCI- Comércio, indústria e serviços Sorocaba quer criar polo aeroespacial Sorocaba ingressou de vez no setor aeroespacial e se prepara para se tornar uma referência neste segmento. Com um aguçado planejamento, o prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), engenheiro de formação, professor e diretor da Fatec local por 25 anos, traçou um plano de crescimento com uma política industrial agressiva e calcada em incentivos fiscais robustos. Isso sem deixar que a inteligência local seja privilegiada com a chegada de diversas universidades e faculdades de alto padrão de ensino. "A cidade está se tornando um polo de aviação executiva e de manutenção e atualização de aeronaves. Nosso aeroporto está sendo todo remodelado, algo fantástico. Até meados de 2013 estará todo equipado para essa nova fase", anima-se o prefeito que tem visto nos últimos tempos empresas como a Embraer, a fábrica de motores e turbinas Pratt & Whitney, entre outras grandes do ramo aportarem na cidade. A história de Sorocaba, berço da primeira siderúrgica das Américas, é de tradição fabril. O que deu ao município uma grande diversidade em seu parque industrial, inclusive no segmento metalomecânico, algo dificilmente superado em termos de Brasil. O impulso para o ingresso de tecnologias avançadas ocorreu em 2000, com a vinda de empresas de base tecnológica, como as focadas da produção de equipamentos para energia eólica. A Fundação Seade divulgou um levantamento que apresenta, na última década, as regiões administrativa de Sorocaba e de Campinas como as responsáveis por mais de 30% da produção industrial de São Paulo. A proximidade de ambas as cidades e seus entornos detentores de polos automotivos, de telecomunicações, materiais compostos, alimentação, automação industrial, informática deu uma condições estratégica de crescimento a esse eixo. O território paulista praticamente responde por 35% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e o Sudeste um total de 53,7%. Embora São Paulo permaneça sendo o estado preferido para abrigar empresas que necessitem de mão de obra altamente capacitada, como o setor aeronáutico. Sorocaba, além da vizinhança com centros de grandes pesquisas, ainda tem ao lado a cidade de Iperó, onde se encontra o Centro Experimental Aramar, local que desenvolve diversos projetos de ponta como o submarino nuclear e o Laboratório de Enriquecimento Isotópico e a Usina de Demonstração de Enriquecimento, todos do comando da Marinha, o que facilita a chegada de investimentos também na área de defesa e de tecnologias estratégicas. Pannunzio não só reconhece o potencial para competir por grandes investimentos, mas quer se posicionar como a melhor alternativa para empresas qualificadas como portadoras de alto valor agregado em seus produtos e projetos. A mão de obra está sendo preparada para isso, com a criação de um centro de competência tecnológica. Atualmente cerca de 30 empresas representam 70% da receita do município. "Queremos aqui a economia do conhecimento, a diversificação faz parte desse processo e assim não ficamos suscetíveis à crise. Trouxemos e vamos trazer ainda diversas universidades, temos hoje aqui a USP, Fatec, Unesp, Ufscar e estamos em conversação com a Unicamp. A PUC e universidades locais também fazem parte desse polo que já reúne 10 grandes centros acadêmicos", salientou. 29/08/2013
Posted on: Fri, 30 Aug 2013 10:48:17 +0000