Daniel Freitas Plantas sentem dor? Publicado em 23 de junho de - TopicsExpress



          

Daniel Freitas Plantas sentem dor? Publicado em 23 de junho de 2010 em Artigos, FAQ +Aa | -Aa Tweet Print FriendlyImprimir | Salvar PDF | Enviar por e-mail Nós veganos, às vezes ainda ouvimos dos não vegetarianos algumas questões sobre senciência em plantas, apesar de serem argumentos bastante antigos e já fartamente debatidos. Talvez a questão seja se as plantas tem alguma maneira de expressar sentimentos ou emoções. Conversando com o filósofo Carlos Naconecy, perguntei sobre a origem de tais argumentos. Comentei que alguém não adepto ao vegetarianismo tinha me falado de um vídeo onde plantas “gritavam” quando sentiam dor e que, por esse motivo, vegetarianos não deveriam comê-las… Ele me informou então que essa noção foi popularizada pelo livro “The Secret Life of Plants”, escrito por Tompkins e Bird em 1972. O livro descreve “experimentos” nos quais se alega que as plantas responderam à ferimentos e até mesmo aos pensamentos e emoções dos humanos envolvidos. Porém as respostas consistiam de mudanças na condutividade elétrica de suas folhas. A verdade é que nada resultou quando tentaram reproduzir esses experimentos. Para algumas avaliações sobre tal experimento, veja a revista Science, 1975, 189:478 e o The Skeptical Inquirer, 1978, 2(2):57. Mas e as plantas que respondem à presença de um inseto invasor? O que isso significa? Ora, nenhum livro publicado ou artigo em revistas cientificas tem sido citado para apoiar a alegação de que “plantas sentem dor”. Existem dados interessantes sugerindo que as plantas reagem a ferimentos nos tecidos locais e até mesmo emitem moléculas que servem para estimular os mecanismos de defesa das plantas vizinhas. Mas isso implica que as plantas sintam dor e sofram? Onde estariam os experimentos repetidos e as citações e revisões da comunidade cientifica sobre esse alegado fato? Não há nenhum. Nas palavras da filósofa Sônia Teresinha Felipe: ”…os frutos, os cereais, as sementes e os grãos, embora estejam vivos, no sentido de que mantém processos físico-químicos de produção e absorção de energéticos, não são vivos no mesmo sentido em que os animais . O que lhes acontece passa imediatamente em seu sistema orgânico, não restando lugar do processo qualquer imagem ligada a emoções, pensamento e consciência(…) Se não comemos os vegetais maduros, ou frutos grãos e sementes, sua energia vital não será aproveitada de qualquer modo, no máximo pode nutrir o solo. O mesmo não se pode pensar dos animais que matamos. Se precisamos matá-los é porque não tinham ainda concluído seu processo vital.” Esticando um pouco a questão do sofrimento, segundo os cientistas e biólogos, também alguns animais não tem capacidade de sofrer. Por exemplo, a minhoca. Mas se a pegarmos veremos que ela tentará fugir… quanto à formiga e outros invertebrados acontecerá a mesma coisa, provando dessa forma, que os invertebrados, embora não possuam a capacidade de sofrer, têm consciência da própria vida, vontade de viver e escolhas a fazer – movimentar-se, onde ir, quando, o que fazer, entre outros (seguindo seu instinto de sobrevivência, é claro). Creio que isso tira o direito dos seres humanos de explorá-los. “ Pessoalmente defendo uma concepção ética baseada no seguinte: minhocas e insetos, por exemplo, têm capacidades biológicas, que se revertem em necessidades, que implicam em vulnerabilidades. Neste caso, quanto maior a vulnerabilidade do indivíduo, mais ele terá a perder com a violência, e mais precisará de proteção. Essa concepção transcende a sensciência e articula uma Ética de Respeito pela Vida, que acabará abrangendo os 93% dos animais que a Ética Animal deixa de fora” (Carlos Naconecy). vista-se.br/redesocial/plantas-sentem-dor/
Posted on: Sun, 14 Jul 2013 22:56:10 +0000

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