De olho na cara do governador - Não, governador, a sua polícia - TopicsExpress



          

De olho na cara do governador - Não, governador, a sua polícia militar não mudou nada! A Brigada continua batendo pesando em pobre, preto, travesti. Os brigadianos esculacham as minorias, como sempre fez. O senhor tem que demitir toda sua equipe de assessores que mentem para o senhor dizendo que mudou! - Porque o senhor mandou os brigadianos proteger o prédio da Zero Hora, e não os manifestantes pacíficos que, sozinhos, tentavam conter os vândalos? Foram estes tipos de perguntas, agressivas, questionando sobretudo sua politica de segurança pública, que o governador gaúcho teve que ouvir, olho na cara, na tarde de ontem, quando se expôs, em cadeia transmitida pela internet, para ouvir a indignação de alguns manifestantes que tem ocupado as ruas de Porto Alegre e se espalham por outras cidades gaúchas espelhando o que acontece em todo o país. ---------------------- O diálogo foi transmitido pela página do governo, por canais de televisão e por diversos sites e blogs do Brasil. Entre as pautas de reivindicação apontadas pelos participantes, estão os gastos com a Copa do Mundo de 2014, o custo de vida da população mais pobre, a democratização da mídia, a reforma política. "Estamos lutando por dignidade, direitos e participação direta nas decisões do Estado", afirmou Rodrigo Barcelos (Briza), do Bloco de Luta pelo Transporte Público. O jornalista Gabriel Gali se emocionou ao relatar a agressão sofrida por policiais militares na última segunda-feira (17), quando foi preso e mantido algemado por sete horas após gravar um vídeo da atuação policial. "Uma das coisas que mais me emocionou foi ver uma menina de 15 anos dizer que foi agredida e que, quando ela disse aos policiais que eles não podiam fazer isso, a resposta foi que no Brasil vivemos em uma ditadura, que o comando era da polícia e que ela devia ficar calada", contou. Situação semelhante foi vivenciada por Briza, que apontou excessos no tratamento recebido da BM. O governador também refletiu sobre a conjuntura atual da sociedade, apontando a crise de representação e do modo de vida dentro do "sistema capitalista consumista e predatório" como causas para o povo ir às ruas. Tarso fez uma crítica ao Parlamento, por sua incapacidade de diálogo com a população e de conexão com a realidade, à sujeição do Estado pelo capital financeiro e aos partidos políticos, que não conseguem mais, segundo ele, agir diante da nova conformação social. ----------------------------------------- A atitude do governante de ouvir as vozes das ruas foi inédita e imagino que deve ser seguida por outros governantes e políticos, se entenderem pelo menos uma das razões dos protestos que pode nem ser a principal mas é essencial: a falta de participação das pessoas no processo decisório que implica no seu próprio seu futuro, seu bem estar, sua qualidade de vida. Participando dos atos, fiquei tão confuso a respeito da falta de organização da mobilização como a Camila (que não pude encontrar pessoalmente na frente da prefeitura, com capa de chuva de plástico transparente comprada a cinco pilas). Sequer se sabia para onde iriamos caminhar e o movimento se dividiu em três passeatas. (Os mais radicais tomaram o rumo da avenida Ipiranga, onde fica o prédio sede da Zero Hora e da Rádio Gaúcha. Contidos pela polícia militar, descambaram para a Azenha). Mas é assim mesmo e temos que tentar entender o novo e apreender o desconhecido movimento de milhões sem líderes autoungidos. E isto só se consegue ouvindo, se interessando, participando, sem nos basear apenas na versão da mídia que atende a outros interesses específicos contrários a qualquer mudança nos privilégios.
Posted on: Fri, 21 Jun 2013 18:11:07 +0000

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