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De revistazunai/traducoes/todos.htm, muita coisa boa: NORTH LABRADOR Uma terra de gelo inclinado, Por arcos de gesso celeste abraçada, Se lança, calada, À eternidade. “Não veio viva alma a fim de te ganhar Ou deixar sequer o menor rubor Sobre teus seios brilhantes? Acaso não tens lembranças, Ó Brilho Sombrio?” Congelada a palavra, só há a alternância das horas Jornada sem Primavera – Sem nascimento, morte, tempo ou sol Em resposta. Hart Crane. Tradução: Anderson Lucarez. *** Tão calmo o ramo da laranjeira Observa o céu anoitecer Sem uma reza, sem carpideira, Sem desespero a aparecer. Quando chegar a escuridão O cume da vida terá Ido para sempre, e então A nova história começará Um conto não mais tão dourado Brumas e pó, em troca, em jogo, E no final, caule quebrado Em queda para o chão; e logo Um intercurso mal indicado Pra seres dum tipo dourado Cuja folhagem além se espraia Do amor corrupto, vulgar de Gaia. E ainda o fruto, laranja inteira, Observa o céu anoitecer Sem uma reza, sem carpideira, Sem desespero a aparecer. Ó Coragem, não quer achar Um outro pouso pra vir morar, Não só lá no ramo dourado Mas no meu peito assustado? Tenessee Williams. Tradução: José Ignacio Coelho Mendes *** Tambores soam rompem-se os caminhos fronteira o outono ao canto de um só ganso Desde esta noite vem orvalho branco mais clara lua brilha à terra antiga Os irmãos foram pelo mundo a fora notícia alguma que os segure vivos Nenhuma carta alcança seu destino e mais agora a guerra se demora Du Fu. Tradução: Ricardo Primo Portugal e Tan Xiao *** sombra d.uma agulha fluxo d.água uma libélula mergulha tesão de mulheres raízes profundas violetas selvagens Chyio-Ni. Tradução: Walter Vetor. *** Fala também tu, fala o extremo, diz tua sentença. Fala – porém não corte o não do sim. dê a tua sentença também o senso: dando-a à sombra. Paul Celan. Tradução: Piero Eyben *** FIGURA MÉTRICA Há um pássaro entre as árvores — É o sol! As folhas são pequenos peixes amarelos Nadando no rio; O pássaro plana rente a eles Com o dia nas asas. Fênix! É ele que está produzindo O intenso brilho entre os choupos. É o canto do pássaro Que ofusca o rumor Das folhas no vento. William Carlos Williams. Tradução: Bernardo Souto *** Ao entardecer as armas da morte Ressoam nas florestas outonais, as planícies douradas E os lagos azuis, por cima, o sol rola, sombrio; A noite abraça os guerreiros moribundos, O lamento selvagem de suas bocas quebradas. Mas o sossego concentra nuvens vermelhas Entre os salgueiros, onde mora um deus feroz, O sangue derramado, a frescura lunar; Todos os caminhos acabam em podridão. Sob as ramagens douradas da noite e das estrelas A sombra da irmã cambaleia , através Do silencioso arvoredo , para saudar os espíritos dos heróis, As cabeças ensanguentadas; E, silenciosas, as escuras flautas do outono ressoam no juncal. Ó orgulhosa tristeza! E vós altares de bronze, A chama quente do espírito alimenta hoje uma grande Dor – os netos não nascidos. Georg Trakl. Traduções: Luís Costa *** Brilham as nuvens quando se sacodem em luta, 160 com muitos grãos de fogo; pedra contra pedra e ferro, o céu percute; o relâmpago, então, surge, e dissipa ígneas cintilações. Mas o trovão só é ouvido após os olhos verem relampejar: o som chega às orelhas 165 mais tarde que a visão das coisas que se movem. Bem se vê quando cai ao longe a alta árvore cortada pelo duplo gume do machado, antes que se difira o ruído que o golpe fere no ouvido: vemos, assim, o relâmpago 170 antes de ouvir o som do trovão, emitido concomitante ao fogo, do choque de nuvens. Lucrécio. Tradução: Mário Dominguez *** Não entre tão depressa nessa noite escura; A velhice queima e estressa ao fim do dia: Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura. Entanto sábios ao final sancionem a tarde madura Porque suas palavras não lavraram luz, eles Não entram tão depressa nessa noite escura. Boa gente, ao último aceno, clama o quanto dura A chama de seus feitos vãos valsando na angra verde, Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura. Rufiões que colhem e cantam o sol que perfura, E aprendem, demais tarde, que o molestam em sua senda, Não entram tão depressa nessa noite escura. Homens graves, à morte, que vêem às escuras Olhos cegos a chamejar meteoros e ser felizes, Ira, ira de encontro ao fenecer da alvura. Dylan Thomas. Tradução: Ruy Vasconcelos *** Explosão de pássaros Aurora O sol acaricia os muros Um velho sai do Cassino Um jovem lendo para A caminho do jardim Jim Morrison. Traduções: Rodrigo Garcia Lopes *** ... foi-se a turma da apanha... ... amadura a maçã... ... chegando-se ao doce... .... vermelho... ... naquele ramo lá... ... deslembrada... ...ou... .... fora do alcance? Safo. Tradução: Décio Pignatari *** mo n ot ono de sso nhar espe rar o cu sp e)(e s t as f igur as es túpidas ttotostosstossin do com hom ens mais d o que nele s e.e. cummings. Tradução: Paulo de Toledo *** O mar violento - a Via Láctea se deitando sobre a ilha de Sado Matsuo Bashô. Tradução: Goga Matsuda *** Fui submetido à Regência do Signo de Outono Portanto amo as frutas e detesto as flores Lamento todos os beijos de que fui dono Igual à nogueira colhida diz ao vento suas dores Meu outono eterno ó minha estação mental Mãos dos amantes de outrora em teu solo agarradas Uma esposa me segue, é minha sombra fatal As pombas à tarde batem suas últimas asas Apollinaire. Tradução: André Dick &tc.
Posted on: Thu, 27 Jun 2013 17:17:18 +0000

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