Desde o início das minhas reflexões políticas creditei boa - TopicsExpress

Desde o início das minhas reflexões políticas creditei boa parte das mazelas vividas pelo Pará à ação predatória (em todos os sentidos) das oligarquias políticas e econômicas que dominam e sempre dominaram o Estado. Com as devidas vênias e nuances trazidas pelo tempo, pela reflexão e autocríticas, continuo achando isso verdade. O que é verdade também, infelizmente, é baixíssima qualidade de todas as forças políticas que podiam constituir um projeto alternativo. A carta de desfiliação da Vereadora Meg Barros do PSOL (mas poderiam ser outros partidos) é emblemática para se perceber essa baixa qualidade, marcada pela falta de imaginação moral, pequeneza, estética pobrista e discussões lilliputianas, que sempre fizeram, aliás, naufragar as experiências alternativas que tivemos no Estado. Além do delírio ideológico, marcado por revoluções que estão na porta, clama aos céus a baixaria com que trataram a vereadora. Não tenho nada contra e nem a favor da Meg Barros, não a conheço a não ser pelas redes sociais. Mas o nível dos xingamentos que ela recebeu faz conhecer o partido. Essa esquerda é um prato cheio para aqueles que dizem é de esquerda, mas tem iphone, etc. justamente por alimentar a estética da pobreza e o messianismo que pode ser reconhecido em expressões como fora Barbie, burguesinha e outras, como se a cor do cabelo ou o gosto para roupas definisse a qualidade de um parlamentar. Nas últimas eleições, em parte por falta de opções em parte pelo crédito que tava ao Edmilson Rodrigues pelos programas sociais que implantou como prefeito, tiveram meu apoio. Nunca mais terão. Imagina uma horda de loucos dessa ocupando a burocracia municipal. Só um detalhe: pela carta, Meg não tem muito claras suas posições ideológicas, a não ser por suas intuições sociais e certos sentimentos, dando a entender que não conhecia o PSOL. Este ao contrário, conhecia Meg Barros. Por que então filiaram a moça? Se há algum oportunista nessa história não parece muito difícil saber quem é. Enfim, resta a tristeza de saber que o nosso problema, antes de ser um problema ideológico é um problema de burrice e cretinice política de todos os lados e todas as forças políticas. Só muita oração e penitência para nos salvar. Parece que precisamos começar tudo do zero mesmo. Não estranha que as oligarquias continuem dominando o Estado. Hoje, com raras exceções pessoais e não partidárias, só têm a mediocridade e a cretinice como adversárias. megbarros.blogspot.br/2013/10/porque-eu-sai-do-psol.html