Despesa será maior Correio Braziliense - 23/11/2013 O governo aumentou em R$ 14 bilhões a previsão dos gastos federais neste ano, de acordo com relatório publicado ontem pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento. Com isso, foram desbloqueados mais R$ 2,2 bilhões para despesas - com a maior parte sendo destinada ao Bolsa Família. A elevação foi possível porque a equipe econômica mudou a previsão de receitas com os programas de refinanciamento das dívidas tributárias das empresas, como o Refis. Antes, a estimativa era de que seriam recuperados até R$ 12 bilhões com o parcelamento de débitos fiscais. No relatório divulgado ontem, porém, a projeção saltou para R$ 16,3 bilhões. Apesar da perspectiva de maior arrecadação de tributos, o documento não faz referência a eventual ajuste na meta de superávit primário, a economia que deve ser feita para garantir o pagamento dos juros da dívida e evitar o descontrole fiscal. Com os maus resultados que vem obtendo nas contas públicas, o governo corre sério risco de não cumprir a meta de R$ 110,9 bilhões, equivalente a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), válida para União, estados, municípios e empresas estatais. Nos 12 meses até setembro, a economia foi de apenas 1,58% do PIB. Nos nove primeiros meses do ano, o valor não passou de R$ 44,6 bilhões, praticamente enterrando a possibilidade de que a meta seja alcançada. A deterioração das contas públicas vem provocando duras críticas à gestão da presidente Dilma Rousseff, reforçando as apostas de que o Brasil será rebaixado, no próximo ano, pelas agências de classificação de risco.
Posted on: Sun, 24 Nov 2013 08:12:13 +0000