Diretor da Ciretran de Juína desabafa e expõe precariedade dentro do órgão. Metropolitana FM O diretor da 25ª Circunscrição Regional de Trânsito – Ciretran, sediada em Juína, não suportou ver a precariedade que paira sobre o órgão e fez um desabafo à imprensa. Ele não aguenta mais ver tanta desordem e falta de ação do Governo do Estado. O descaso chega ao ponto da unidade correr o risco de fechar. Antonio Gomes Simão, popular Toninho, é diretor da Ciretran há mais de 15 anos e revelou à reportagem que o descaso não tem limites. Vai desde falta de servidores a infraestrutura interna. O resultado são filas e muito nervosismo por parte de quem depende do órgão. "Estamos carente de funcionários e não temos água, banheiro e ar condicionado para oferecer ao usuário. Se chegar uma criança pedindo água nós não temos, por mais que agente faz, muitos usuários não entendem e culpa a gente", revelou. Toninho disse ainda que muitos usuários reclamam do mal atendimento. "Mas não é que o funcionário atende mal, ele está sem condição, hoje a situação está assim, estou precisando no mínimo de três funcionários no atendimento e o estado não autoriza a contratação", comenta. A Ciretran de Juína chegou ao ponto de faltar papel para impressão de boletos. De acordo com Simão, a unidade ficou 60 dias sem papel e ele teve que correr atrás para resolver. "Eu tive que mendigar, tive que correr atrás porque senão tinha que fechar a Ciretran, estragou um aparelho do nosso computador eu fiquei 22 dias sem poder emitir um documento, um DUT, porque o estado não autorizava comprar essa peça. Tive que mandar alguém da nossa TI em Cuiabá comprar, remeter a peça pra gente e eu ter que pagar, senão não funcionava", dispara. Houve situações em que Toninho teve que contar com a solidariedade de diretores das Ciretrans de cidades vizinhas, como Castanheira e Brasnorte para impressão de documentos. "Muita gente tem que viajar, tem urgência, tipo carro financiado que precisa e nós parados por causa de uma peça de R$ 250,00. Tive que arcar com R$ 22,00 de frete". A Ciretabn de Juína atende em média 300 pessoas por dia e Toninho sempre cobrou um aparelho de senha, já que era difícil saber quem chegava primeiro e isso causava muita confusão entre os usuários. "Eu tive que correr atrás pra conseguir esse aparelho de senha. Nós temos um filtro de água doado por alguém, mas precisamos de água com galão, mas quem irá pagar essa água? Aqui são gastos no mínimo dois galões por dia. Precisamos também de café, açúcar e copo descartável. Não temos e cansamos de cobrar", desabafa. Ele frisa que muitos usuários chegam nervosos achando que eles são os culpados por tudo isso, "que não atendemos direito, fazemos o nosso possível, mas não conseguimos fazer melhor. Um usuário fica de 40 a 50 minutos na fila com a senha, na hora que chega a sua vez o funcionário olha pra ele diz que caiu o sistema. O usuário fica nervoso, o funcionário trabalha estressado e ninguém toma nenhum tipo de providência". Os problemas enfrentados pela Ciretran de Juína são senmelhantes em quase todas as unidades do estado, tanto é que várias aderiram a paralisação estadual cobrando melhorias. "Eles não estão reivindicando salário e sim atendimento ao público de qualidade. Temos funcionário que trabalha sem comer, porque agente fecha às 11h30 pra almoço e tem 50 pessoas pra serem atendidas. Na hora que termina de atender essas pessoas dá a hora de abrir e tem uma fila esperando do lado de fora e a pessoa não pode ir embora, tem que trabalhar, muitas vezes tem que comer marmitex ai dentro", disse. Devido ao calor dentro do órgão, muitos usuários preferem esperar do lado de fora a sua vez de ser atendido, o que pode levar horas. Ouvimos o sr. .Antonio de Oliveira que afirmou que precisou do Detrane teve que enfrentar longa fila. "Estou aqui há mais de uma hora pra pegar um documento, estive ontem e estava fechado. Toda vez que venho aqui o atendimento é demorado, tenho mais o que fazer, não posso ficar aguardando. Estamos sofrendo, os impostos são altíssimos e não tem desconto", lamenta. Pedro Pilón é outra pessoa que sofreu na fila do Detran. Ele estava com a senha 141 e a última a ser chamada era a 111. Isso foi por volta das 11 horas. "Eu acredito que serei atendido lá pelas 15 horas"., revelou. "Além de a gente vir aqui pra pagar o imposto e ainda perdemos o dia esperando na fila. Tem que melhorar,colocar mais funcionários" – concluiu. Em Juína estão cadastrados em torno de 23 mil veículos diversos, gerando grandes valores em impostos ao Governo de Mato Grosso. A 25ª CIRETRAN está entre as 10 que mais arrecadam, porém, está em lamúrias por socorro.
Posted on: Mon, 08 Jul 2013 02:35:51 +0000
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