Discordando das terapêuticas que Pacheco Pereira habitualmente recomenda, tenho que reconhecer que é um dos analistas mais lúcido que tem acesso aos mídia: «Um retorno sustentado aos mercados é irrealista sem protecção europeia e o preço a pagar para essa “protecção” implica a manutenção do regime de protectorado de Bruxelas e Berlim, mesmo sem as visitas regulares da troika. Em vez de ter periodicamente o espectáculo da submissão, com o espavento da chegada ao aeroporto, das idas aos partidos, à Assembleia, ao Presidente e às instituições, uma outra troika invisível nos inspeccionará na mesma de um ou vários gabinetes em Bruxelas e Frankfurt. Para isso, exige-se um governo de ocupação e partidos colaboracionistas, que aceitem o mesmo tipo de supervisão alheia sobre o Parlamento português, sobre a liberdade dos partidos e das eleições. Este é que é o problema do pós-troika e é eminentemente um problema político e de soberania.»
Posted on: Sun, 23 Jun 2013 21:26:57 +0000
Trending Topics
© 2015