Dissonância Cognitiva por Pablo Morethson Sabe quando uma pessoa acredita e defende algo e age de uma maneira totalmente contrária àquilo que prega. Sabe quando tomamos uma decisão a respeito de duas coisas e às vzs ficamos com aquela sensação de que a nossa escolha nos final das contas pode não ter sido a melhor? Pois é, sempre que se deparar com uma situação dessas saiba que existe ai uma dissonância cognitiva. Mas que raios seria isso? Talvez vc se pergunte. Basicamente em termos simples, a dissonância cognitiva é um descompasso, um desvio de percepção na qual a pessoa cria uma realidade dentro de sua cabeça que é totalmente contrária à realidade dos fatos. Para tentar amenizar o conflito gerado, o indivíduo cria dentro de sua cabeça justificativas para agir fora daquilo que a realidade bruta o apresenta. A dissonância cognitiva é uma incoerência na percepção. Por exemplo, um indivíduo sabe que fumar faz mal à saúde, mas mesmo assim insiste em fumar, para amenizar o conflito de sua atitude insensata, ele arruma justificativas para continuar fumando, justificativas estas que tentam anular o seu ato incoerente. A existência da dissonância, quando se torna psicologicamente conflitiva para a pessoa, a motivará tentar reduzi-la para adequá-la ao estado de tolerável e coerente com a realidade. Quando a dissonância está presente, o indivíduo tentará reduzi-la e evitará situações e informações suscetíveis que podem aumentar a dissonância. Existem inúmeras situações nas quais podem surgir a dissonância quase que inevitavelmente. Uma de nossas ações que podem resultar em dissonância são as nossas decisões. Para se entender como e por que uma dissonância decorre de uma decisão, temos que analisar o tipo de situação de decisão, ou seja, quando se tem que fazer uma escolha entre duas alternativas positivas. Imagine uma pessoa ter de escolher, entre duas opções, e essas duas opções lhe são atraentes. Um homem por exemplo, consegue despertar a atenção de uma mulher loira e outra morena, ambas estão interessadas nele. O homem que está interessado num compromisso sério, terá de escolher uma e rejeitar a outra. Mas antes de tomar a decisão, ele pondera e faz uma comparação entre as duas mulheres. Fará também uma pesquisa minuciosa entre as duas, tais como personalidade, familiares, amigos, emprego. Numa situação dessas, na cognição desse homem haverá um certo número de elementos que por si só o levarão a escolher a loira, e também um outro número de elementos que por si só o levarão a escolher entre a morena. Finalmente o homem escolhe a loira e rejeita a morena. Agora vamos analisar essa situação. Nesse caso aqui existem elementos cognitivos correspondentes à ação tomada e elementos correspondentes que se acumularam até a tomada da decisão. Todos os elementos cognitivos que por si só o levaram a escolher a loira, são consonantes, ou seja, estão de acordo com a decisão tomada. Mas também existem elementos cognitivos que por si só o levariam a escolher a morena, mas ele a rejeitou, assim esses elementos estão em dissonância, em desacordo com a decisão tomada. Portanto, a dissonância surge do simples fato de uma tomada de decisão. Dessa forma quase que instantaneamente surgirão manifestações de pressões para tentar reduzir a dissonância após a escolha tomada. Por exemplo se tivesse escolhido a morena teria em sua companhia uma mulher bem sucedida financeiramente e de personalidade amável, mas em sua cabeça a loira é bem mais bonita e tem um corpão. A morena não tem filhos, a loira tem, mas para tentar reduzir essa dissonância, esse conflito, ele diz que a loira é mais focada na família, é mais companheira. Enfim a morena possui muitas qualidades desejáveis para despertar a atenção de um homem, mas como escolheu a outra, sempre tentará reduzir a pressão de que talvez fez a escolha errada criando justificativas para abalizar a sua decisão. A dissonância cognitiva é inerente à alma humana, sempre nas situações ou decisões que tomar a dissonância sempre estará presente.
Posted on: Thu, 05 Sep 2013 21:26:37 +0000
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