Domingo, 9 de agosto de 1998 f DOMINGO • SOCIAL • 7 UM - TopicsExpress



          

Domingo, 9 de agosto de 1998 f DOMINGO • SOCIAL • 7 UM PAU-FERRENSE ADOTIVO SALES PAIVA Manoel Reginaldo da Rocha nasceu na Vila de Lucrécia, hoje cidade, na época pertencente ao município de Martins/ RN, no dia 19 dê janeiro do ano 1906 e faleceu no dia 17 de setembro de 1981, em Mossoró, deste Estado, deixando viúvaa senhora Alzira Gondim Rocha, que ainda sobrevive envolta na saudade dele. No ano de 1946, ainda jovem, veio fixar residência nesta cidade de Pau dos Ferros, adotando-a como seu segundo berço, trazendo na sua companhia a esposa e vários filhos. Sua primeira atividade aqui foi a que já trazia a incumbência de fazê-lo, ou seja, representar a firma "Alfredo Fernandes & Cia.", compradora de algodão, oiticica, cera de carnaúba e pele de carneiro. Homem inteligente, dotado de boas qualidades, se fez e cresceu no que tange o seu valor social perante a sociedade da região, destacando o seu trabalho entre o comércio e outras atividades sociais, o que fazia com verdadeiro amor lutando pela grandeza da terra que o adotou como filho. Era considerado um grande benfeitor, tanto é que, em parceria com outras pessoas de realce do convívio social pau ferrense, quais sejam: monsenhor Manoel Caminha Freire de Andrade, na época padre, António Soares de Holanda, comerciante, José Guedes do Rego, funcionário público, dr. José Fernandes de Melo (médico), José Eloy Filho (Dedeca), comercainte, José Paulino do Rego (Casusinha), coletor estadual e Vicente Fernandes de Queiroz, então gerente da firma "Tertuliano Fernandes & Cia." incentivaram os pau-ferrenses e juntos construíram o Patronato "Alfredo Fernandes", onde hoje funciona uma entidade filantrópica que tem o mesmo nome e que foi criada graças aos seus esforços. A terra pau-ferrense deve muito a Manoel Reginaldo, foi ele, aqui, representante de várias instituições (lucrativa e filantrópica), compreendendo- se: correspondente de três estabelecimentos de crédito Banco do Brasil S/A, Banco do Nordeste do Brasil S/A e Banco Mossoró -, tesoureiro do Círculo Operário, agente da Companhia de Seguros Sulamérica, fundador do Lions Clube nesta cidade, sendo o seu primeiro presidente, diretor do Clube Centenário Pauferrense (CCP) e presidente do Diretório Municipal da União Democrática Nacional (UDN). A vinda do Banco do Nordes te para esta cidade teve o seu total incentivo e colaboração, o que em reconhecimento a sua diretoria num preito de amor e gratidão ao ilustre pau-ferrense deu ao edifício onde está instalada a sua agência nesta cidade o nome de "Manoel Reginaldo da Rocha". Ainda sobre a figura de Manoel Reginaldo, é importante dizer-se sem acrescentar e sem diminuir a realidade dos fatos passados, quanto a sua pessoa: foi autodidata, orador portentoso, mediano latinista, renomado charadista, como prova colaborava para uma revista sulina, "Brasil Charadístico", o que fazia juntamente a outros colaboradores - Lindolfo Noronha (advogado), José Vidal (tabelião) e José Fernandes Dantas, na época promotor de Justiça, hoje ministro do Superior Tribunal de Justiça, e, acima de tudo, senhor de uma presença de espírito invejável. Cidadão de ilibada conduta. Dotado de espirito pacificador e equilíbrio moral, traço marcante na sua personalidade de nordestino forte. Líder maçônico a nível estadual, filiado ao quadro da Loja Maçônica "24 de Junho", grau 18, tendo ocupado o cargo de 1a Vigilante, e, por diversas vezes, interinamente, o Veneralato daquela operosa Oficina. Do seu consórcio com dona Alzira Gondim, resultou o nascimento de treze filhos, os quais onze sobrevivem e somente dois residem nesta cidade - dra. Terezinha Reginaldo (advogada), casada com o nosso conterrâneo dr. José Edmilson de Holanda (médico) e dr. Raimundo Nonato Reginaldo (advogado), casado com a sra. Marlúcia Vidal, pertencente a tradicionais famílias desta região. Os demais residem em outras plagas e têm posições de destaque no âmbito social que pertencem. Manoel Reginaldo foi um homem bom, foi um forte que viveu lutando, mas venceu mesmo num tempo em que tudo era difícil. Hoje podemos afirmar que o seu dinamismo, o seu sacrifício e a sua bondade só produziram benefícios para o progresso de nossa querida Pau dos Ferros, por isso os fundadores da Loja Maçônica Manoel Reginaldo da Rocha batizaram-na com o seu nome imortalizando o irmão maçônico pelo trabalho prestado a nossa gente e nossa terra. O inesquecível cidadão e grande benfeitor deixou no coração de cada pau-ferrense um amigo e um admirador. SALES PAIVA é escritor.
Posted on: Sun, 01 Sep 2013 11:04:55 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015