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E O POVO A VER ... E O POVO A PAGAR, E O POVO A GOSTAR!!! E AINDA HÁ QUEM ELOGIE CAVACO, POR ALCUNHA O «EU BEM OS AVISEI» 22 de Julho de 2013 Por Alfredo Barroso Cavaco Silva, por alcunha o «Eu bem os avisei», foi o único primeiro-ministro que teve nas mãos a possibilidade de modernizar profundamente o País, beneficiando das catadupas de ajudas da CEE que se seguiram à integração europeia, entre 1985 e 1995, mas a sua sede de popularidade e de votos fê-lo perder o pé na gestão dessas ajudas colossais, e acabou por não fazer reformas indispensáveis, criando o famoso «monstro», que ele próprio viria a criticar, e legando aos seus sucessores um País já em crise e em declínio acentuado. Poucos se lembram mas esta é a verdade. Desde que saiu do governo, passou o tempo a fazer avisos, a criticar os governos que lhe sucederam, sobretudo os do seu próprio partido, e, depois de ter perdido uma eleição presidencial, lá conseguiu, à segunda tentativa, ser eleito Presidente da República, com a promessa de que, com um «grande economista» como ele no Palácio de Belém, Portugal nunca seria confrontado com a crise que já então se adivinhava - e que veio a tomar, precisamente com ele em Belém, as proporções que se conhecem. Foi ele - não se esqueçam - que derrubou o governo do PS chefiado por José Sócrates, e tudo fez para que se instalasse no poder o actual governo de direita PPD-CDS. Ao longo de oito anos, Cavaco Silva, por alcunha o «Eu bem os avisei», tem acumulado erros de palmatória, atitudes indignas de um Chefe de Estado, de uma parcialidade política como não há memória, e exemplos de falta de coragem e falta de capacidade para decidir atempadamente. A gestão desta crise política desencadeada no princípio de Julho, com as demissões de Vitor Gaspar e de Paulo Portas (esta, «irrevogável» mas já revogada), tem sido um exemplo de cinismo, hipocrisia e cobardia políticas por parte de Cavaco. E o resultado foi o que se sabe: mais do mesmo ou ainda pior; tudo como dantes, quartéis-generais na S. Caetano à Lapa e no Largo do Caldas. É por isso espantoso que ainda haja, entre os politólogos e comentadores de serviço (à direita), o descaramento de afirmar que Cavaco «teve razão antes de tempo», com a lamentável farsa ultra-reaccionária do «compromisso de salvação nacional», típico das ditaduras. Quem o afirma é, aliás, contraditório: por um lado, diz que Cavaco resolveu intervir demasiado tarde; mas, por outro lado, acha que teve razão demasiado cedo. Isto é, recorrendo ao velho chavão que nada quer dizer: «teve razão antes de tempo». Quem assim fala está, obviamente, conotado com os incríveis apelos à «união nacional» em torno dos ditames da «troika» e da execução do brutal «programa de ajustamento financeiro» contido no famoso Memorando. Por outro lado, a invocação dos exemplos de outros países democráticos é, no mínimo, uma desonestidade e uma vergonhosa falsificação. O sabor amargo e salazarento desses apelos indecentes é totalmente contrário à pluraridade de opiniões e alternativas, ao debate e confronto de ideias, que caracterizam os regimes democráticos. São estes politólogos da treta e comentadores avençados que inundam jornais e televisões a inocular o veneno que a direita não se cansa de produzir. Raios os partam.
Posted on: Wed, 24 Jul 2013 17:30:33 +0000

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