E agora? A partir do momento em que a Mídia Ninja deixa de - TopicsExpress



          

E agora? A partir do momento em que a Mídia Ninja deixa de filmar as manifestações a fim de levar a público a realidade do que acontece nas ruas, livre de distorções ou meias verdades, como acontece na imprensa tradicional (não que eu acredite nisso), e passa a ver nestas coberturas uma oportunidade de negócio, em muito pouco ela se difere dos veículos de comunicação que tanto critica, guardadas as devidas proporções, é claro. No fim das contas, ainda que seus idealizadores se neguem a utilizar este termo, a Mídia Ninja está sim a caminho de se tornar uma EMPRESA. Sinceramente, eu não vejo problema nenhum nisso. O projeto tomou grandes proporções e tem exigido que os envolvidos se dediquem exclusivamente a mantê-lo em pleno vapor. Nada mais justo do que serem remunerados por isso de alguma forma. Só é contraditório, pelo fato de tanto Bruno Torturra quanto Pablo Capilé, se declararem mais próximos de uma esquerda, este último flertando muito com o comunismo, inclusive. A minha dúvida é: será que a relação da MN com quem participa dos protestos vai se manter a mesma assim que os ninjas deixarem de ser manifestantes comuns com uma câmera na na mão e passarem a ser funcionários de uma empresa que visa lucrar com aquela transmissão? É meio difícil evitar que essas pessoas se sintam usadas. Este sentimento somado às polêmicas recentes envolvendo o Fora do Eixo pode resultar numa expressiva perda de popularidade do projeto, o que enterraria de vez qualquer expectativa sobre os rumos prósperos que o mesmo aparentava tomar.
Posted on: Mon, 12 Aug 2013 04:37:36 +0000

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