Editora VEGA lança o livro “Bandeiras de Minas”, dia 19, na Leitura do Pátio Savassi Bandeiras. O que são bandeiras? Este é um tema que a cada dia se faz mais presente nas discussões relevantes das agendas públicas de todos os países. Por quê? Porque bandeiras integram alguns dos momentos mais importantes das vidas dos agrupamentos humanos reunidos em clubes, partidos políticos, municípios, estados e nações. São símbolos fortes da comunicação que representam paixões, ideias e ideais como se tem visto recorrentemente nas manifestações que tomaram as ruas do Brasil desde junho deste ano, ou nos estádios representando o amor dos brasileiros pelo futebol. É com base nessa abordagem que os jornalistas e escritores José Eustáquio de Oliveira ( Taquinho ) e Airton Guimarães lançam, pela Editora VEGA, o livro “Bandeiras de Minas”. Além de analisar a evolução do fenômeno como símbolo de comunicação, o livro estuda a história das bandeiras do Brasil – desde o descobrimento – e de Minas Gerais – desde a Inconfidência Mineira – e apresenta uma ampla pesquisa sobre as bandeiras da maioria dos municípios mineiros, com a logomarca de cada um e texto explicativo sobre a sua concepção. Segundo os autores, ainda é significativo o número de cidades que não têm sua bandeira como símbolo cívico. “Por não existir uma legislação que obrigue a criação desses símbolos, é comum observar municípios que não possuem bandeiras, brasões, ou hinos próprios”, afirmam. Em Minas, poucos são os municípios que criaram, simultaneamente, os três símbolos, ou seja, o brasão, a bandeira e o hino. Outra explicação: na história recente de Minas Gerais, ocorreu uma acelerada emancipação política de distritos que se desligavam da sede, tornando-se municípios. Isto levou Minas a ser o estado brasileiro com o maior número de municípios: 853, batendo de longe os outros estados que vêm a seguir: São Paulo (645), Rio Grande do Sul (497), Bahia (417), Paraná (399), Santa Catarina (295). O menor é Roraima (15). A edição que agora a Editora Vega apresenta ao público, e que recebeu o apoio da Assembleia Legislativa de Minas na pesquisa das informações junto às prefeituras, conta histórias interessantes de como as cidades criaram suas bandeiras e como foram modificando aqueles símbolos por causa da evolução política e comportamental do país. Um caso típico é o de Ouro Preto. Ao redor do triângulo situado no centro da bandeira da cidade havia, quando foi criada, a expressão “Proetisun Tamen Nigrum” cuja tradução é “Precioso, Embora Negro”, evidentemente uma prova de preconceito racial explicito, muito criticada pela sociedade. Somente em 2005 a expressão preconceituosa da bandeira de Ouro Preto foi retirada – e solenemente comemorada no dia da Consciência Negra – e modificada para “Proetiosun aurum nigrum” ou “Precioso Ouro Negro” e a antiga bandeira foi banida. “Bandeiras de Minas” – em edição de apurado projeto gráfico e ricamente ilustrada - é fruto de um projeto aprovado pelo Ministério da Cultura, que atestou sua importância pelo ineditismo do tema, ainda não existente no mercado editorial brasileiro, significando um trabalho de grande alcance cultural que proporcionará um amplo objeto para pesquisas sobretudo junto ao público estudantil. A obra apresenta organização, edição e texto dos jornalistas Airton Guimarães e José Eustáquio de Oliveira (Taquinho), pesquisa histórica de André Guimarães, projeto gráfico de José Afonso Cézar e patrocínio da Cemig e governo de Minas. O lançamento acompanha a temática do livro, ou seja, acontece na data comemorativa do Dia da Bandeira, 19 de novembro, a partir das 19 hs, na Livraria Leitura do Shopping Pátio Savassi.
Posted on: Mon, 11 Nov 2013 21:43:11 +0000
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