Edivaldo Vitorino Brunin Cruz Tathieli Carvalho Luan Henrique - TopicsExpress



          

Edivaldo Vitorino Brunin Cruz Tathieli Carvalho Luan Henrique DEMONIZAÇÃO DA GLOBO E DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA por Rafael Martho Fique claro, na primeira linha, que quem escreve este artigo não assiste sequer a um plim dos plins do canal aberto do Grupo Globo, conferindo-lhe zero de audiência. No entanto, é também alguém que vem fazer algo que não tem visto muito: questionar, sob o contexto sociopolítico prático, a demonização pela qual a emissora vem passando, proferida, em especial, pelos grupos esquerdistas que panfletam uma estatização populista geral ou majoritária da mídia televisiva no país, que é de concessão pública; e o faço ciente das manipulações e omissões presentes na cobertura jornalística da Globo sobre as recentes manifestações populares, além das acusações de sonegação fiscal e de tomar partidos em disputas eleitoreiras, manipulando material sob tais interesses; tudo será comentado. Neste vídeo do Youtube: https://youtube/watch?feature=player_embedded&v=wxg1kbhp4Eo , os entrevistados – escolhidos a dedo, o que não deixa de ser uma manipulação sob interesse próprio à la Coréia do Norte − dizem que as novelas da Globo são uma bobagem; há uma faixa com o texto “mulher não é mercadoria”; dizem que a emissora apoiou a Ditadura Militar; que manipula informações; que no geral seu conteúdo é fútil e nocivo; por fim, mandam-lhe, no ponto alto da dialética, “tomar no cu”. A seguir, portanto, irei segmentar a crítica das tais críticas: CONTEÚDO Novela é bobagem? Sem dúvida, eu detesto, mas defendo que haja e é para ser bobagem mesmo. Se não gosto, devo saber que, para muita gente, não há nada mais saudável do que bobagem depois de ralar, trabalhar e estudar nos meios CABÍVEIS que estão aí graças à parca liberdade econômica da qual gozamos, que, através de concorrência e do micro e médio empreendedorismo, dá acesso livre ou barateia todo tipo de informação e vias: e daí que novela não educa? Se quero uma macarronada em dado momento, não vou ao McDonald’s, nem por isso sou obrigado ou levado pela cantina ou pela lanchonete a deixar de comer salada de brócolis na próxima refeição; deu para os totalitários de plantão entenderem a analogia gastronômica? O dia tem 24 horas e uma novela 50 minutos, sendo que ela não faz de ninguém um alienado a não ser aquele que já é, por não saber que sua busca por informação, sobre qualquer coisa, não se dá em um programa de entretenimento televisivo, e isso não é culpa de tevê nenhuma, é de séculos de má cultura POPULAR, configurada por uma vasta ramificação integrada de circunstâncias sociológicas e antropológicas, ao longo de séculos, sem contar a péssima educação acadêmica e de base brasileiresca, com a ajuda do PT, que não fez nada nesses 10 anos para sua melhoria e ainda inseriu uma grotesca propaganda partidária nas provas do ENEM; a “família Marinho” é tão tendenciosa quanto, certo? E isso é só um exemplo de muitos. Antes de ficar nessas críticas quanto à profundidade e multilateralidade de conteúdo, não esqueçamos de que a Globo é um grupo gigantesco, formado também por jornal, editora e os canais da Globosat: o que vou dizer agora não é propaganda, não, mas se quero assistir a um filme artístico, de Chaplin a Wenders, sobre algum comunista histórico ou ícone capitalista, no Telecine Cult há vários. Humor e entretenimento com os melhores produtores, roteiristas e elenco, entre eles, talvez, a maioria de esquerdistas autodeclarados?: Multishow. Filmes nacionais de todos os gêneros e ideais?: Canal Brasil. Jornalismo quase sempre de alto nível, como no ótimo e cosmopolita Milênio, que entrevista grandes mentes internacionais, de esquerda à direita, religiosos, cientistas, judeus, muçulmanos e ateus?: Globo News. Documentários, cultura e arte em geral?: GNT e Futura; quem fez uma ótima entrevista com Paul Gilding, sobre seu livro anticonsumismo? Tv Cultura ou Globo News? Por aí vai. Portanto, como financiar a melhor e maior programação na tevê paga e aberta brasileira, sem o grosso da venda das porcarias das novelas e dos BBBs, que A MASSA DE EXPECTADORES exige e compra, impondo assim os rumos da indústria? Você ainda acredita que a correnteza sobe a cachoeira? “Mulher não é mercadoria”, berrava a tal faixa antiGlobo. Digam isso a Mao Tsé, que coletivizou garotinhas camponesas para formar um harém; não para empresas que contratam, sem colocar arma na cabeça de ninguém, mulheres que vão espontaneamente e quase peladas, em fila, ofertar seus traseiros atendendo a demandas POPULARES e não a imposições publicitárias; vamos parar de inverter as bolas, principalmente quando seus lugares são tão evidentes. Essa massa demandante é a mesma que, segundo pesquisas de janeiro para cá, elegeu Lula como o maior corrupto do Brasil no Algemas de Ouro e, ao mesmo tempo, sim, ao mesmo tempo, o seu presidente novamente, caso concorresse em 2014. Lula, que se arroga de sucessos que não são dele e, por outro lado, foi o grande responsável por tudo que foi “aparecer” só quando o colo era o da Dilma agora é alvo de protestos. Esse desvario popular é culpa da Globo? Diversos quadros da programação da emissora fornecem, salpicado em meio ao lixo, conteúdo íntegro de importância social, até em novelas, sim! Isso é na Band, no SBT, na Record; nem a Rede TV consegue ser 100% fútil. E todas tem sardinhas próprias a puxar. POLÍTICA E INTERESSES DO PAÍS É de interesse de uma sociedade democrática madura que empregados, patrões, autônomos, partidos políticos e empresas tenham interesses particulares e conflitantes e os exerçam, obviamente, dentro das fronteiras da legalidade constitucional. Nenhuma empresa é obrigada a ter os mesmos interesses meus, seus, do Zé da esquina ou do Abilio Diniz. A emissora editou o resumo do debate entre Lula e Collor de forma tendenciosa? Era seu direito, assim como o direito e dever do cidadão era de ter assistido ao debate na íntegra na noite anterior, ter pesquisado em todas as outras mídias – todas tendenciosas − sobre os candidatos e seus respectivos planos de governo, discutido suas impressões gerais nos botecos, desde o início das campanhas, fomentando, sob todas as vias acessíveis de informação, seus próprios julgamentos: essa seria a democracia de um povo que se respeita! Não a de um povo que elege um Tiririca alegando “voto de protesto”. Ora, voto de protesto contra a corrupção e ineficiência no serviço público seria levantar a bunda do sofá, antes, durante ou depois da novela da Globo − não importa − e inspecionar a ficha criminal, as referências, as propostas e a competência profissional de um bom candidato, apoiando-o; não elegendo qualquer palhaço de circo sem o menor currículo para o cargo, ou estou louco? A culpa é da Globo? Não existe democracia sem jogo de interesses, e um cenário de liberdade econômica, que expande a cultural, é o que disponibiliza mais e melhores meios de exposição, franco embate entre todas as partes, vigília e queixa criminal ou de qualquer outro tipo. Já no cenário socialista, inevitavelmente, a informação se vai e o jogo é de só um interesse, o da ditadura stalinista, matando a pluralidade da natureza social. Gente esquerda distorce o conceito de povo singularizando-o, quando se trata de um coletivo de multiplicidade humana em todos os níveis, não de um lote de pinos de boliche ambulantes. Quanto às recentes omissões e manipulações no jornalismo global, não há como não condenar sob princípios éticos e, se for o caso, criminais; não tenho a menor intenção ou motivos para defender a megacorporação nessa questão, é claro. Só que, pelo mínimo de consciência e conhecimento, me vem a questão: o que ou quem me garante que poderei fazer todas as críticas e ataques que estamos fazendo à Globo às emissoras estatais e comunitárias, num sistema público absoluto que muitos parecem estar sugerindo no tal vídeo do Youtube? Nenhum exemplo de tevê estatal de perfil populista na América Latina (e no resto do planeta) infunde essa confiança: fato. Não precisamos conjecturar o meio de comunicação nacional nas mãos dos garotos anarquistas de um Passe Livre, basta imaginar sob jugo de um Antônio Abujamra, apresentador do programa Provocações da TV Cultura, totalitário à esquerda, ou de um Emir Sader que seja... Eles serão melhores, no quesito imparcialidade e abertura de informação do que a “família Marinho”? Não é o que parece, certo? Não parece nem um pouquinho. Para que conste, o citado Provocações, de Abujamra, propaga insistentemente tudo o que eu, adepto da centro-direita, discordo, porém, o adoro e não perco uma edição, pois entendo o perfil dos produtores, filtro e processo as informações que recebo e pronto: estamos no século XXI, é hora formar cidadãos telespectadores com senso crítico e multiplicidade intelectual ou uma multidão uniformizada, vendada e com os ouvidos tapados por um estado-babá? O sistema de livre mercado possibilida todas as formas de negativa a qualquer prestadora de serviço como a Globo. Você pode criticar, xingar e simplesmente não consumi-la. Já os venezuelanos que não concordaram e rejeitaram, puderam deixar de consumir um Chávez, que fechou emissoras de tevê, estatizando-as? Nos conhecidos sistemas de comunicação de esquerda, hoje, poderíamos, como podemos vir aqui no Facebook ou Youtube, redes sociais gratuitas frutos do capitalismo, em contato instantâneo com milhares de pessoas de todas as classes sociais e dizer que, na nossa opinião, a Globo é uma bosta, o Lula é filho da puta e a Dilma a neta? Orlando Zapata Tamayo, pedreiro e encanador, foi preso em 2003 por CRIME DE OPINIÃO, depois torturado e morto pelo regime de Fidel Castro. CRIME DE OPINIÃO! É possivel uma imparcialidade midiática pública, como NÃO há nos estados canhotos que conhecemos, sustentando a liberdade de OPINIÃO e EXPRESSÃO que gozamos hoje e que nos está permitindo dialogar neste exato momento, sem medo de represárias de nenhum dos lados? Duvido muito. O que está sendo proposto por esses determinados manifestantes seriam apenas outras Globos, com menos qualidade, mais autoritarismo e inversas. Não? Então espero alguns motivos para equilibrar a balança das minhas expectaitvas, porque o outro lado está trincando o chão. Segundo o Ibope, 43% das pessoas usam tevê e internet ao mesmo tempo. Destes, 29% comentam programas nas redes sociais, e são mais de um bilhão de usuários que acessam regularmente o YouTube. Todos esses números crescem a todo vapor a cada dia. Já não há amplos e livres meios populares de comunicação audiovisual disponíveis e em crescimento? Hoje, há vlogueiros com mais poder de persuasão do que qualquer astro ou executivo de tevê. Aliás, tire o capitalismo dessa infraestrutura e veja se toda essa amplidão de vozes populares existiria; se você, da classe média baixa, estaria agora acessando o Facebook com seu smartphone, onde lê o que um socialista adolescente, um anarcocapitalista de meia-idade ainda mais utópico ou um velho jornalista social-democrata estão escrevendo sobre as faltas da Globo, se não fosse a privatização da telefonia no Brasil. Ainda me referindo aos tais militantes de esquerda, quero apenas que um desses, da minha lista de contatos aqui no Facebook, afirme nos comentários desta postagem que nenhum dos partidos canhotos jamais fez tudo e mais um pouco do que a Globo está sendo acusada: o PT do Dossiê Cayman, do mensalão, das tentativas de golpe bolivariano para se perpetuar no poder?; PPL, PSOL, PC do B, PSB, PCB, PCO? Prove aqui embaixo. “A verdade é dura, a Globo apoiou a Ditadura”? Qual ditadura? Quando as únicas opções eram Ditadura Stalinista ou Ditadura Militar do Milagre Econômico, também me uniria aos milicos, com quem iria lidar democraticamente a fim de derrubá-los no tempo necessário: foi o que aconteceu. Em suma: que a Globo arque com os revezes populares aos quais suas posições e atitudes levaram, e, cabendo penas judiciais, que as pague; não vamos, apenas, colocar pingos em is errados e embaralhar um alfabeto socioeconômico, ainda incompleto, que foi tão difícil para se conquistar no país. Vamos promover manutenção e não o retrocesso de extrema-esquerda, que só tem a expor o pior dos maus históricos. Vamos nos lembrar das palavras de Thomas Jefferson: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”. Continuemos sempre, então, a apontar e protestar contra tudo que nos fere vindo da Globo, dos políticos e, em primeiro lugar, daquele que os sustenta, o povo, sem esquecer que não é com decapitação que se trata um paciente com dor de cabeça.
Posted on: Sun, 04 Aug 2013 21:02:19 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015