Emocionante Muitíssimo emocionante o poema popular declamado - TopicsExpress



          

Emocionante Muitíssimo emocionante o poema popular declamado pelo cantor sertanejo para a propaganda do governo de Minas de seu respeito pelos idosos. Respeito? Que respeito é esse? O governo de Minas subtraiu dos professores aposentados, diga-se, dos idosos todas as conquistas em 25 anos de trabalho: quinquênios, biênios, pó de giz, trintenário, ou seja, toda a carreira do magistério. Quando foi instituído o Piso Salarial por Lei Federal, a obrigação do Estado era somar os índices da carreira ao piso. No entanto o governador transformou o piso em teto, furtando assim, os idosos aposentados. Essa gente de salto alto pensa que somos imbecis, que a propaganda, obra de marqueteiros, engana a todos. Vejam um trecho da Assembléia do SIND-UTE em Pirapora: ............................................ O SIND-UTE vem seguindo A linha do São Francisco... Imita os pescadores Pescando, assim, seu sustento, Com luta, perseverança E grande sabedoria... Estamos no mesmo barco De todo trabalhador... Sigam nossa trajetória Por essa simples amostra, Parte de nossa história Aqui representada: DRAMATIZAÇÃO Cenário Num barco, encontram-se cinco pescadores. Há uma rede ao fundo..Sob o barco, movem-se panos verdes, imitando a água do rio. Cada pescador tem uma vara de pesca com anzol para segurar os peixes que são cartazes colocados por uma pessoa escondida sob o pano. Zeca (jogando o anzol no pano verde e trazendo o cartaz do Estatuto do Magistério que leva ao fundo do palco e prende na rede) O Estatuto do Magistério era letra morta e, com muita luta, lhe demos alguma vida. A ditadura militar pulou que nem sapo no brejo, mas teve que cumprir muitos de seus artigos. Como diz Guimarães Rosa: “Sapo não pula por boniteza, pula por percisão.”(*) Com uma grande greve fizemos o sapo pular. Joana (jogando o anzol e trazendo um cartaz com o salário de Cr$ 6000,00 , o mesmo movimento de prender na rede) Sofremos com as bombas de gás lacrimogênio, e jatos dágua sobre nós por ordem da ditadura militar, mas pescamos um salário maior que o mínimo. “A cacunda do bobo é o poleiro do esperto”(*). Com quarenta dias de greve, tiramos o governo espertalhão da nossa cacunda e o derrubamos no chão. Tereza (jogando o anzol, trazendo o cartaz com o qüinqüênio e prendendo-o na rede ) O qüinqüênio foi e voltou, assim como o salário, negaceou, foi lhe dada linha, até ser fisgado o seu cumprimento regular. O Magistério Mineiro pôs fim “ à resignação,calma, renúncia e força não usada”(*) Lutou e fez boa pescaria. Maria (jogando o anzol e trazendo o cartaz com o 13º salário, prendendo-o na rede) O 13º salário – esse foi difícil de fisgar. A luta foi contra um valentão. Mas “pra cavalo ruim, Deus bambeia a rédea”(*) e ele encontrou brava gente brasileira disposta a lutar. João (jogando o anzol, trazendo uma fieira de cartazes e prendendo-a na rede) Fisgamos o Pó de Giz, o Biênio, o cumprimento do Trintenário – quanta greve custou essa fieira toda contra muitos “valentões valentes mesmo”(*). Zeca (jogando o anzol, trazendo outra fieira e prendendo-a na rede) Fisgamos nossa organização: reconhecimento do SIND-UTE, a eleição pra diretoria de escola, o funcionamento do colegiado – toda conquista teve um alto custo para os professores, estudantes e famílias dos alunos – enfim, para toda sociedade.Para nós do SIND-UTE não há “possível à toa.”(*) Joana (jogando o anzol, dando linha que o peixe é muito grande, pedindo ajuda aos outros pescadores para ajudá-la a fisgar o peixe tão importante. João, Maria, Tereza e Zeca pegam na vara juntos e trazem o cartaz com a Lei Federal do Piso Salarial, mas não conseguem prendê-lo na rede, porque aparece o Rei de Araque e toma-o para si.) Rei de Araque Esse peixe vocês não fisgam que eu não deixo. Vejam o que faço com ele (joga-o no chão e sapateia em cima). E ainda furto essa pescaria: Furto o quinquênio, biênio, pó de giz, trintenário e avilto os salários – Piso salarial nem pensar! Carranca Sou a carranca do São Francisco, vou espantar esse Rei de Araque (ameaçador): Xô mau espírito! Xô,valentão! Xô Rei de Araque! Como ousa roubar a história dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais? Você não subtrai apenas os salários e o tempo de serviço, Você subtrai a saga, a trajetória dessa brava gente brasileira. Você trai a Educação, o Estado e o País. Trai os estudantes e suas famílias. Trai a si mesmo como ser humano.Sua política é a tortura pela fome.Os trabalhadores em Educação sentem fome de Justiça, sentem fome intelectual, sentem fome de alimentos para si e sua família. Têm dificuldade financeira para ir e vir até mesmo ao trabalho; para criar seus filhos com a dignidade que seu cargo impõe; para estudar e se desenvolver; para adquirir material e livros necessários à atualização a fim de desempenhar bem tão difícil profissão; para freqüentar espaços culturais condizentes com seu status; para se vestir e calçar adequadamente ao desempenho de suas funções. Acorde, Rei de Araque, Minas está vivendo de propaganda, enquanto acumula perdas na Siderurgia e na extração de minério de ferro – seus carros-chefe da economia. Invista em Educação que é a base do desenvolvimento, trace uma política educacional que garanta a valorização dos trabalhadores e a permanência do aluno numa escola que objetive a apropriação da ciência universal, da cultura de nosso povo, das artes, das leis de convivência social, e o conhecimento das práticas do mundo do trabalho... Rei de Araque À breca a Educação, Minas e o Brasil. Vou-me escondendo atrás da lei de responsabilidade fiscal e vou empurrando o governo com a barriga. A propaganda engana o povo que pensa que tudo vai bem, enquanto a vaca vai pro brejo. Quando a verdade vier à tona, já estarei longe – viva a impunidade! E não se esqueçam que tenho uma aliança espúrea com o Ministério Público e a Polícia Militar, portanto estou acima da lei. Ninguém me pega. Carranca Vamos minha gente, vamos expulsar o Rei de Araque enganador. Todos (correndo atrás do Rei de Araque que corre em volta do palco até sair de cena) Todos juntos somos fortes. Xô, valentão! Xô, Rei de Araque! Nunca mais volte a esse barco que a sua política faz o barco virar. Xô! Todos que estão no mesmo barco gritem comigo: “Xô, Rei de Araque! Fora com sua política predatória! Xô!” Fim Texto da Profa. Celeste Semião, do Núcleo de Aposentados do SIND-UTE – BH e do Departamento Cultural do SIND-UTE
Posted on: Mon, 01 Jul 2013 19:22:41 +0000

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