Enquanto aqui a indefinição é o regime, lá “bicha é bicha, - TopicsExpress



          

Enquanto aqui a indefinição é o regime, lá “bicha é bicha, macho é macho e dinheiro é dinheiro”. E esse, na verdade, é o nome do jogo: dinheiro. Não dá para aceitar ou acreditar que todo esse aparato humano e tecnológico tenha como único objetivo a luta contra o terror. Assim como não era aceitável a tese de que os navios de guerra estacionados na costa brasileira em 1964 nos defendiam contra o perigo comunista. Naquele tempo e agora a luta é por mercados. Os interesses giram em torno do pré-sal, das compras governamentais, das grandes obras de infraestrutura e do gás. Inclusive o gás de xisto, nova menina dos olhos dos EUA. Este, inclusive, seria um dos principais temas do encontro entre Dilma e Obama, em Washington, no final de outubro. Se é que ele vai mesmo acontecer. Os americanos esperam vender equipamentos e tecnologia para a exploração dessa polêmica fonte de energia no Brasil. Não foi por acaso que três secretários de Estado americanos, entre eles o de Energia, estiveram andando por aqui no mês passado. O gás de xisto tem sido um dos grandes responsáveis pela recuperação econômica dos EUA nos últimos anos. Ele é mais barato que o carvão e que o petróleo, e as reservas em solo americano são abundantes. Além disso, emite menos gases de efeito estufa que os outros dois combustíveis. No entanto, os danos ambientais que ele pode provocar ainda não estão suficientemente identificados. Esse tipo de gás fica impregnado nas rochas e a sua extração depende de uma técnica delicada, conhecida como “fracking”. Ela injeta, com alta pressão, grandes quantidades de água, explosivos e produtos químicos. Nesse processo podem ocorrer vazamentos, contaminação de aquíferos e até pequenos terremotos. Aliás, quem se interessar pelo tema deve ver o filme “Terra Prometida”, de Gus Van Sant, escrito e interpretado por Matt Damon. Ele estará no Festival do Rio. Os franceses já decidiram que não haverá exploração de gás de xisto no seu território. Eles aceitam invadir a Síria junto com os americanos, mas não querem correr o risco de contaminar as suas águas. Mas o maior problema deste gás não está nos danos que pode vir a causar, mas nos efeitos indiretos que já está causando. Como as emissões de CO2 são menores, essa exploração adia ou aborta qualquer discussão mais séria sobre modelos de produção, estilo de vida e consumismo. Há 20 anos, durante a Rio-92, o presidente George Bush, o pai, anunciou que “o estilo de vida norte-americano não estaria aberto a negociações”. Nada mudou. O novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) que será apresentado no final do mês virá com uma certeza ainda maior de que o aquecimento global está muito mais próximo de 3°C ou 4°C do que de 2°C. As consequências serão terríveis, principalmente para os países mais pobres. Imagine que o presidente Obama consiga provar para o mundo que o gás de xisto não causa mais danos do que benefícios. Imagine também que, com essa certeza, ele resolva trocar todas as suas usinas a carvão por modelos movidos a gás. Seria uma ótima notícia, certo? Certo. Mas ainda assim estaríamos longe de qualquer coisa parecida com uma economia de baixo carbono. Indispensável para que a humanidade tenha um futuro minimamente sustentável.
Posted on: Mon, 09 Sep 2013 02:55:32 +0000

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