Enquanto isso na sessão espírita... - Zunceis dá as mão em volta da mesa: pincel de barba pro barrigudinho, barrigudinho pra Samantha, Samantha dá mão pra eu. Pincel de barba me dá a outra. Samantha ao pé d’ouvido: - Pai Zoildo, esses aí é gente graúda. Essa do cabelinho que parece pincel de barba é presidente do Brasil, o barrigudinho é o Lula. Lembra? - Aquele que enriqueceu a turminha dele? Ajudô os pobre, é verdade, mas feiz do poder a maior roubalheira jamais vista da história desse país! Num é isso, Don Mensalão? - Sei de nada... - Sô pobre, mas num só burro, seu Lula, leio jornal, viu?. Quando zunceis num tá lá em cima, no topo, mete a boca em tudo, reclama e quitica. Mais quando chega lá, faz igualzinho. Aliás, pior. Aumenta os ministério, desvia as verba, detona a economia. Que país de merda zunceis construiu nesses 10 anos de poder, hein? - Não me leve a mal, Pai Zoildo, mas é que eu queria falar de outra coisa, sabe? Queria falar desse negócio que o povo antes não tinha e agora tem. - É, Pai Zoildo, ele tá falando do ódio pela nossa causa – Dilma intervém – uma coisa descabida que não reconhece a suprescência das instituições democráticas! - Tô falando é de consciência, filha de Deus, o povo criou foi consciência! - E zunceis tá preocupado, né fio? Pode preocupá memo, a hora dosceis chegô. - Tá feia a coisa, pai Zoildo? - Põe feia nisso, barrigudinho. Tá tão feia que... Pai Zoildo é interrompido por um estremelique e passa a se chacoalhar na cadeira. Dilma e Lula se entreolham surpresos. - Calma, gente, tá chegando coisa aí... – Samantha adverte. Pai Zoildo balança a cabeça, solta uns gemidos e então congela, fixando o olhar em Dilma. - Por Dios, donde estoy?! - Na sua casa, pai Zoildo – ela responde. - Ô, Dilma, tu não percebeu que não é ele que taí? O homem tá incorporado! - Incorporado, padrinho? Hummm... Sei, fechou negócio com alguma grande construtora, né? Aí incorporou, esse pai de santo fajuto nunca me enganou. - Cala a boca, filha de Deus, tô falando que um espírito baixou no homem! E pelo visto é... Hugo? É tu, Hugo? - Donde carajo estoy yo? Que muquifo és este? - Fica frio, Hugo. Acá soy yo, Lula, el hermano brasileiro. - Y acá yo, Huguito, Dilma. Capiche? Pai Zoildo se apoia na mesa com os punhos cerrados e levanta a voz: - Ustedes son la verguenza de la revolucion bolivariana! Que estan fazendo en Brasil? Dejando o povo hablar? Protestar? - Calma, logo logo eles esquecem e tudo volta ao normal (se é que já não voltou), hermano... - Fracos... Donde está la mano de fierro?! - Olha, Hugo, aqui a gente tem o Mano Menezes, o Mano Brown, mas Mano de Fierro... esse eu não me lembro. - Dilma do céu, deixa que eu conduzo a conversa aqui, tá? Sossega, Hugo, a gente vai acertar as coisas e pintar o continente de vermelho, pode deixar. - Por supuesto... – ele parece mais calmo – o povo e suas migalhas, o governo e sus privilégios. Asi és! - Isso, asi és, tamo junto! - Ah, bien lembrado, Lula, es sobre eso que queria hablar contigo. Em realidade tengo duas noticias a darte, una buena e outra mala. Qual quieres primero? - Pô, Chavez, que sinuca. Manda a buena. - A buena és que em breve vamo a tener una reunion ilustre acá abajo – yo, Lenin, Mao, Bin Laden, Sadam Hussein – uma troca de ideias mui rica. - Ô, Hugo, que bacana. E a ruim? - A ruim é que tu tá convidado también, Lula. Te aguardamos, tamo junto!
Posted on: Sun, 14 Jul 2013 18:28:49 +0000
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