Enviado por um seguidor: ONDE ERRAMOS NA FORMAÇÃO DOS NOSSOS - TopicsExpress



          

Enviado por um seguidor: ONDE ERRAMOS NA FORMAÇÃO DOS NOSSOS MÉDICOS? Penso que erramos no endeusamento da categoria. Estou bem próximo do cinquentenário e me recordo que ter atendimento médico na década de 70 era tão sofrível ou pior que hoje. Filho de sergipano, criado no extremo sul da capital paulista, vivendo as limitações das famílias pobres, saia de casa na madrugada para chegar a um posto do INPS antes das 5h30, sob pena de voltar sem qualquer atendimento. Esse era o martírio das mães pobres que queriam ver os filhos minimamente atendidos e cuidados. Ainda bem pequeno, via mamãe insistir em chamar e ensinar a chamar médico de doutor. Como sempre foi, independente de conhecimento especifico e titulado, a sociedade convencionou chamar de doutor os considerados superiores, assim os mais endinheirados, os médicos, os advogados, todos poderosos aos olhos dos menos instruídos e pobres, são “doutores”. Já nos anos 70, assim como hoje, os “deuses” da saúde, na sua maioria, são incapazes de cumprir horário no atendimentos dos seus súditos. Mesmo nas clínicas particulares, planos de saúde, com horário marcado ou ordem de chegada, os literalmente pacientes precisam esperar a vontade dos doutores. Ao contrário de sugerir agendas lotadas, percebemos arrogância, prepotência e desrespeito flagrante aos simples mortais que dependem dos “deuses” de jaleco branco. Imaginem o absurdo: Existe legislação que obriga o profissional a preencher de forma legível com clareza e precisão as receitas de medicamentos. Historicamente a arrogância parece exigir que estes profissionais desrespeitem seus pacientes escrevendo de forma ilegível e criando mais uma atribuição ao atendentes e farmacêuticos, ler letra de médico. Absurdo! Depois das denúncias de dedos de silicone para registrar ponto, de médico esvaziando UTI acelerando óbito e tantos esquemas para receber dinheiro público sem prestar serviço, estou convencido que os “doutores” estão longe de se diferenciarem de outras categorias. São todos iguais, os que se diferenciam o fazem por mérito próprio, boa formação de caráter e base familiar sólida, e não acredito serem estes os opositores aos médicos estrangeiros que estão se dispondo a vir ocupar os postos de trabalho recusados pelos nossos. Estou otimista, espero que os que estão chegando para trabalhar sejam oriundos de países que não tenham cometido os mesmo erros na formação de seus médicos e que possam contribuir para a melhoria da saúde e da qualidade de vida, sobretudo dos mais pobres. E aí, a sincera e comprometida mobilização destes profissionais ecoará na sociedade recebendo apoio de todos. Que venham os mais médicos! Sydnei Ulisses foi conselheiro de saúde em Ribeirão Preto.
Posted on: Tue, 03 Sep 2013 01:50:18 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015