Escrever é uma arte? Um dom? Ou uma das extraordinárias formas de comunicação desenvolvidas pelo homem? Enquanto um objeto de arte, a escrita pode representar a pintura em letras sobre o branco do papel ou, modernamente, uma alternativa eficiente sobre as telas de cristal dos computadores. Por outro lado, não podemos negar a importância da escrita ao longo da história da humanidade. Desde os seus inventores, na antiguidade, até os dias de hoje, ainda não descobrimos outra forma tão simples e eficiente de transmitir as nossas idéias e pensamentos de maneira tão precisa. Dizer que a boa escrita requer um dom seria um exagero. A palavra não é domínio de privilegiados. Contudo, a boa gramática requer o conhecimento de algumas regras. Se considerássemos, por exemplo, a aplicação correta do uso do “S” e, via de regra, fossemos condenar o sujeito pela falta de concordância, através da supressão do uso do plural, não haveria lugar para abrigar o incontável numero de relapsos, criminosos e assassinos da língua pátria. Mas, não satisfeito com a boa concordância do texto sobre o papel, ainda temos o desprazer de conviver com os “nois fomo” ou “nois vai”. Penso que temos, sim, obrigação de corrigir esses absurdos. Afinal, se todos nós devemos respeitar as leis para não terminarmos os nossos dias no “xilindró”, por que não empregarmos de forma esperada e coerente a boa e velha língua portuguesa?
Posted on: Sat, 12 Oct 2013 03:04:40 +0000
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