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Essa vai pra aqueles que acham que são os fodões!!! E na realidade não tem água de batata na cabeça!!! Sempre que falamos de “Sacrifício de Animais”, nos vem à cabeça a imagem de satanistas malignos torturando e matando gatos ou então macumbeiros bebendo cachaça e fumando charutos, torturando e matando bodes e galinhas à torto e à direito sem critério nenhum… pastores evangélicos e a mídia católica usam e abusam de mentiras e estereótipos para jogar a opinião pública contra as religiões afros, tentando ligar rituais de magia negra a seus cultos. No caso de animaizinhos, é pior ainda, porque usa da boa fé das pessoas que se comovem com o “sofrimento animal” para usá-las como massa de manobra religiosa. A questão é muito ampla e seria bom separar todas as variáveis, para que você não seja manipulado pela mídia e pelas igrejas pseudo-evangélicas da próxima vez que assistir a um noticiário na Rede Record a respeito de algum “ritual satânico”. Em primeiro lugar, vamos separar todos os nomes e todas as possíveis variáveis: 1) Umbanda – Na Umbanda, não há sacrifícios de NENHUM tipo de animal em NENHUMA circunstância. Se a matéria jornalistica menciona qualquer morte, então NÃO É UMBANDA. Entendeu? Foi difícil? Quer que eu desenhe? 2) Candomblé – No Candomblé existem as Obrigações, nos quais os animais são “sacro-oficiados” para um Orixá. No candomblé, esta parte do ritual, denominada de sacrifício, não é propriamente secreta; porém não se realiza senão diante de um reduzido número de pessoas, todos fiéis da religião ou convidados. Quem faz o sacrifício é um sacerdote treinado e especializado, chamado Axogun, ou Azogun ou Azogue (da onde vem nossa palavra “Açougue”) que tem uma função extremamente importante na hierarquia do templo. O Axogun não pode deixar o animal sentir dor ou sofrer de maneira nenhuma, porque senão a oferenda não seria aceita pelo Orixá. O objeto do sacrifício, que é sempre um animal, muda conforme o Orixá ao qual é oferecido; trata-se, conforme a terminologia tradicional, ora de um animal de duas patas, ora de um animal de quatro patas (galinha, pombo, bode, carneiro, pato…) Esse sacrifício não é apenas uma oferenda aos Orixás. Todas as partes do animal vão servir de alimento, nada é jogado fora. O couro do animal é usado para encourar os atabaques, o animal inteiro é limpo e cortado em partes; algumas partes são preparadas para os Orixás e o restante é destinado aos demais. Normalmente há uma festa no dia seguinte (o sacrifício é feito durante a madrugada e as carnes preparadas durante a manhã para serem servidas no almoço – COZINHADAS (tem de explicar tudo, porque vai que algum tosco acha que servem as carnes cruas?)). TUDO é aproveitado: até a porção oferecida aos Orixás é posteriormente distribuída entre os filhos da casa como o inché do Orixá. É usada para confraternização: unem-se os filhos a comer com o pai ou mãe, havendo repartição do Axé gerado pelo Orixá. (após algum tempo que a comida esteja no Peji ela fica impregnada pela energia do Orixá que está imantando aquela festividade). O sacrifício no candomblé é a renovação do Axé, feito uma vez por ano para cada Orixá da casa ou em circunstâncias especiais. Os animais usados nestas festas geralmente são criados em granjas e fazendas próprias, livres e com cuidados especiais. Neste aspecto, não há absolutamente NENHUMA diferença entre um fazendeiro mandar matar um boi para alimentar sua família em um churrasco de alguma celebração e o ato do Sacrifício no Candomblé. Na realidade, AMBAS as cerimônias possuem uma raiz ancestral comum. 3) Quimbanda – A Quimbanda é a ramificação da Umbanda na qual atuam predominantemente os exus e pombagiras, também chamados de “Guardiões” ou “povos de rua”. Eles fazem uso das chamadas “forças de Esquerda”, a Coluna do Rigor na Árvore da Vida, o que não significa que sejam malignos. Como os Exus precisam desfazer trabalhos de magia negra que muitas vezes envolvem ameaças de mortes, doenças e ataques astrais graves, pode ser necessário, em alguns casos mais extremos, o sacrifício de algum animal, para que a energia vital seja usada como fio condutor daquele trabalho. Normalmente, é a própria entidade quem faz o sacrifício e é cuidado para que o animal não tenha dor. 4) Kiumbanda ou Magia Negra – São grupos muito pequenos e, por razões óbvias, se mantém escondidos. Leis vindas de evangélicos e ateus não vão detê-los. É tão ridículo quanto achar que criminosos vão entregar suas armas em campanhas de desarmamento. Na Kiumbanda, os magos usam sacrifício de animais em magia negra, utilizando-se da energia e da dor (carga emocional primitiva) para ativar os rituais. Funciona da seguinte maneira. Nos terreiros deste tipo estão os chamados Eguns, ou “fora-da-lei” que trabalham como mercenários, vampirizando a energia vital dos seguidores dos cultos. Ai existe uma espécie de “troca”. Dão algum poder para o chefe (que, na verdade, é só o escravo que arruma mais escravos para a seita) como amarrações, feitiços de proteção, ataques astrais e poderes mínimos enquanto sugam o que conseguem da energia. Os “pais-de-santo” fazem essas macumbas para terceiros e ganham um dinheiro com isso… são basicamente o lixo do lixo astral. Como estas entidades não têm muito poder, precisam de sacrifícios para usar o poder das outras criaturas em seus feitiços e também pedem sacrifícios para usarem a energia para sobreviverem mais. Estes são os responsáveis pelos restos de animais que vocês vêem nas encruzilhadas, resultados de magias de separação, amarrações ou ataques a outras pessoas. Normalmente são utilizados para alimentar kiumbas que, depois, vão fazer a separação do casal vítima dos feitiços.
Posted on: Sun, 01 Dec 2013 11:06:17 +0000

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